Naturalidade: João Pessoa-PB
Nascimento: 10 de outubro de 1850 // Falecimento: 31 de janeiro de 1903
Atividade profissional: médico e professor
Filho do Comendador Felizardo Toscano de Brito e D. Eugênia Accioli Toscano de Brito, em sua vida acadêmica, fez parte de uma revista mensal de ciências, letras e artes, denominada A Idéia, cujo primeiro número apareceu no Rio de Janeiro em 1 de julho de 1874. O seu grande campo de ação era a imprensa, adaptando à Paraíba aos primeiros moldes de jornal moderno, criando e dirigindo a Gazeta da Parahyba.
Casado com D. Josefina Roy Toscano de Brito, fez o curso primário e os preparatórios na Parahyba, capital do Estado, seguindo, depois, para o Rio de Janeiro em 1879, onde formou-se em Medicina, defendendo a tese sobre o beribéri. Durante o curso colaborou com a revista acadêmica de ciências, letras e artes A Idéia, ao lado de Teixeira de Sousa e Miguel Lemos. Depois de formado, retornou à Paraíba e exerceu os cargos de inspetor de Saúde Pública, inspetor do Porto, vacinador provincial, médico da Santa Casa de Misericórdia e cirurgião-mor da província. Em 1883 tornou-se diretor de Instrução Pública e em 1884, diretor da Escola Normal. No ano seguinte passou a lecionar geometria e trigonometria no Liceu Paraibano e pedagogia na Escola Normal. Posteriormente foi professor de ciências físicas e naturais, aritmética, álgebra, biologia e história natural nesses estabelecimentos. Iniciou sua vida política ainda durante o Império, quando foi eleito deputado provincial na legenda do Partido Liberal para a legislatura de 1880 a 1881. Em 1888 fundou o jornal Gazeta da Paraíba e nesse periódico, ao lado de Geminiano da Franca, Rodolfo Galvão, Cordeiro Júnior e Artur Aquiles, criticou intensamente o Partido Conservador. Depois que o Marechal Deodoro da Fonseca, sustentado por setores do Exército e por civis, depôs o gabinete de ministros do Império chefiado pelo visconde de Ouro Preto e instalou o regime republicano, em 15 de novembro de 1889, atuou na instalação do novo regime em seu estado e apoiou o governo de Venâncio Neiva (1889-1891).
Se diplomou em Medicina, no ano de 1879, defendendo tese sobre o beribéri, voltando a residir na Paraíba, dedicou-se à medicina, ao magistério e ao jornalismo. Foi nomeado Inspetor da Saúde Pública e do Porto; exerceu as funções de Vacinador Provincial, Diretor do Serviço Médico da Santa Casa de Misericórdia, Cirurgião-Mor da Província; Médico Legista da Polícia da Estrada de Ferro Conde D’Eu. Era sócio correspondente da Sociedade de Medicina Cirúrgica do Rio de Janeiro; Professor de Trigonometria, Pedagogia, Ciências Físicas e Naturais, Geografia, Álgebra, Biologia e História Natural. Foi, também, Diretor da Instrução Pública, Diretor da Escola Normal e do Lyceu. Era considerado o terror dos estudantes que não gostavam de estudar. A sua participação em bancas de exames era um sucesso pelo número de reprovações. Era o carrasco da mocidade que não gostava de estudar, possuindo sólido conhecimento nas matérias que lecionava no Lyceu, álgebra, latim, inglês e geografia, além de outras em que se considerava preparado. Revelou-se competente em pedagogia. Filho do chefe do partido Liberal, Eugênio foi abordando temas polêmicos, revolucionando toda a técnica conservadora da época, o que não agradou aos chefes políticos que preferiam o regime antigo, a orientação oficial. A Gazeta estava no apogeu, quando foi proclamada a República. Nas Revistas do Instituto Histórico, encontram-se artigos da autoria de Eugênio Toscano de Brito.
Sandra da Costa Vasconcelos
Fontes:
https://novo.aplpb.com.br/n-15-fundador-eugenio-toscano/
https://www.geni.com/people/Dr-Eug%C3%AAnio-Toscano-de-Britto/6000000196181372539