Pesquisa e texto: Ana Vitória Medeiros
Edição: 2024
Unidade Proponente: CT – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA / UFPB
Fonte de Financiamento: Financiamento interno (EDITAL PROEX 13/2024 – PROBEX 2024/2025)
Coordenador (a): Sharline Florentino de Melo Santos
A Expedição Rio Paraíba tem como objetivo construir um plano para a criação de uma unidade de conservação nos estuários dos rios Sanhauá e Paraíba, em resposta à demanda da sociedade paraibana por desenvolvimento sustentável e preservação ambiental. O projeto teve sua origem em uma reunião realizada no IFPB, campus Cabedelo, organizada pelo procurador do Ministério Público Federal, José Godoy, com a presença de diversas entidades, líderes comunitários e ambientalistas. O encontro estruturou um plano de trabalho conjunto, que prioriza a participação das comunidades ribeirinhas e promove a formação cidadã dos estudantes.
O objetivo central da iniciativa é contribuir para a criação de uma unidade de conservação na área dos estuários, envolvendo as comunidades e promovendo educação socioambiental. A meta é sensibilizar a população ribeirinha para a proteção dos recursos naturais e incentivar políticas públicas que sustentem o desenvolvimento regional sustentável, com forte foco na formação crítica dos estudantes. A metodologia do projeto inclui a formação de redes de colaboração e grupos de trabalho, viabilizada por meio de um grupo de comunicação online, que reúne atualmente 38 membros de diversas instituições, incluindo universidades, ONGs e colônias de pescadores.
A equipe usará a técnica do Diagnóstico Rural Participativo (DRP), que possibilita que os próprios participantes realizem uma autoanálise de suas necessidades, capacidades e desafios, fomentando uma reflexão coletiva e colaborativa sobre suas condições. A expedição será realizada em etapas, desde o estuário até a nascente do Rio Paraíba, com visitas que promoverão reuniões, oficinas e rodas de conversa com os moradores locais, discutindo a conservação e as necessidades de desenvolvimento. Para fortalecer essa interação, os alunos terão um papel ativo em atividades de educação ambiental, organizadas em parceria com escolas e centros comunitários locais, e as redes sociais serão usadas para divulgar as ações e sensibilizar um público mais amplo.
Além disso, as comunidades receberão oficinas e minicursos voltados ao uso sustentável dos recursos naturais e à geração de renda, com foco nas mulheres e no desenvolvimento de alternativas econômicas sustentáveis. O projeto contará também com parcerias das prefeituras e das gestões municipais para organizar eventos que promovam essa integração entre universidade, municípios e comunidades. A avaliação das atividades será contínua, com pesquisas de satisfação realizadas após cada visita e reuniões mensais para ajustar o progresso das ações conforme o feedback recebido.
Como resultados esperados, estão incluídos a conscientização das comunidades ribeirinhas sobre a importância da unidade de conservação, o fortalecimento das políticas públicas de desenvolvimento sustentável e a disseminação de conhecimento através de publicações acadêmicas e nas redes sociais. Os estudantes, por sua vez, terão a oportunidade de aplicar na prática o conhecimento adquirido e formar-se como cidadãos críticos e conscientes. Além disso, o projeto visa apoiar o desenvolvimento de alternativas de renda para as comunidades, principalmente para as mulheres, incentivando atividades sustentáveis de produção e comercialização de produtos locais.
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