Origem: Portugal
Extensão: Bahia, Pernambuco, Ceará, Paraíba, dentre outros.
Região da Paraíba dominada: Uiraúna, São João do Rio do Peixe e Sousa
A família D’ávila é um dos grandes nomes do latifundiário brasileiro, principalmente quando se remete à exploração e desbravamento dos bandeirantes, mascateiros no sertão nordestino. Aponta-se também, que a quantidade das terras pertencentes a essa família chega ser equivalente à soma dos países europeus: Holanda, Itália, Suíça, Espanha e Portugal.
Originais da cidade de Ávila de domínio portugues. A história da família começa com Garcia D’ávila,
O grande patriarca desse ramo familiar serviu por um bom tempo na Índia, começou a criar raízes em 1549 chegando junto ao primeiro governador geral do Brasil, Tomé de Sousa. Em 1 de Junho deste mesmo ano Garcia D’ávila tornou-se “feitor e almoxarife da cidade do Salvador e da Alfândega”. O trabalho não era um dos bem pagos, pois seu capital vinha mais de mercadorias a pagamentos em dinheiro. O que seria motivo do Garcia ser apenas mais um na multidão, porém com seu primeiro “salário”- duas vacas por um valor de quatro réis, ele resolveu investir na expansão pecuarista.
Por ser próximo ao governador geral, recebe deste como doação 14 léguas de uma sesmaria que pertencia a este.Suas terras iam de Itapuã, até o Rio Real e até Tatuapara. Ao vencer os indígenas, que encontravam-se ao norte de Salvador ergueu a Casa da Torre – graças a essa construção seus descendentes seriam conhecidos a posteriori com essa dominação. Logo, a expansão territorialista seria uma das marcas registradas dos D’ávila, tornado-se um dos grandes representantes dos bandeirantes do Norte, expandido o seu território para quase o Nordeste, principalmente no sertão nordestino e as margens do Rio São Francisco nas mãos do Francisco Dias D’ávila, neto de Garcia.
Ao desbravar o norte, ao conquistar as terras eram concedidas junto ao governos certas concessões, em Olinda as sesmarias tinham como denominação se encontra-se à margem esquerda do Rio São Francisco “Sertão de fora” enquanto à margem direita de “Sertão de dentro”, um outro ponto interessante sobre o desbravamento da Casa da Torre, está em sua comitiva que agregava, tanto aventureiros, soldados e índios já conquistados pelos colonizadores.
Como qualquer expansão promovida pela coroa portuguesa ou pelos habitantes da colônia,foram responsáveis por dizimar e desapropriar os grupos de nativos dessas regiões, logo tornando-se vulneráveis. Aos que discordavam era comum além de caçar animais silvestres saquear os que eram de consumo dos fazendeiros. Essa retaliação traria consequências negativas para os nativos que tinham suas aldeias invadidas, com a desculpa de catequizá-los com o apoio dos religiosos.
Apesar de sua grande influência se concentrar em Pernambuco, na Paraíba encontramos vestígios da família D’ávila na região banhada pelo Rio do Peixe (Como São João do Rio do Peixe, Uiraúna e Sousa), principalmente em um período onde a expansão pecuária acontecia nas regiões afastadas na zona da mata para abastecê-las, já que no litoral encontrava-se a cultura canavieira.
Por meio de procurações, enviados pela família D’ávila para assumir os locais desbravados, aqui na Paraíba, principalmente no sertão, encontramos a figura de Antônio José da Cunha, vindo de Pernambuco, estabeleceu moradia no município de Uiraúna, a partir da criação de gado para abastecimento da capital e adjacências, possuindo tempos depois uma relação amistosa entre os índios Icós pequenos faziam parte da tribo Tapuias- Cariris.
Rayanne Melo
Fontes:
Garcia d’Ávila – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)
Uiraúna – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)
Biografia de Francisco Dias d’Ávila – eBiografia
FAMÍLIAS QUE COLONIZARAM O ALTO SERTÃO DE PERNAMBUCO (webartigos.com)
Ávila (apelido) – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)