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Data de publicação do verbete: 18/03/2016

Félix de Souza Araújo

Poeta, orador, ensaísta, jornalista, cronista literário, escriturário, radialista, conferencista, humanista, livreiro e político. Um líder que ficou conhecido como o “Tribuno do Povo”.
Data de publicação: março 18, 2016

Naturalidade: Cabaceiras – PB.

Nascimento: 22 de dezembro de 1922 / Falecimento: 27 de julho de 1953

Formação: Cursou o primário em Cabaceiras e prosseguiu seus estudos no Colégio Diocesano Pio XI (Campina Grande) e no Liceu Paraibano (em João Pessoa). Concluiu o curso clássico em 1949. Foi aluno da Faculdade de Direito do Recife, escolhido orador de sua turma, porém foi assassinado por razões políticas pouco antes de concluir o curso.

Atividades artístico-culturais: Poeta, orador, ensaísta, jornalista, cronista literário, escriturário, radialista, conferencista e humanista.

Obras escritas: Tamar, Dor, Fraternidade e Folhas Soltas e significativo cronicário. Estes poemas inéditos foram escritos durante o combate da Segunda Guerra Mundial.

Félix de Souza Araújo era filho de Francisco Virgolino de Souza e Nautília Pereira de Araújo, ambos também nascidos em Cabaceiras. Casado com de Maria do Socorro Douettes, com quem teve dois filhos: Maria do Socorro Tamar Araújo Celino e Félix Araújo Filho.

Foi um homem de múltiplas atividades, além de exercer a arte da poesia, crítica literária, livreiro, entre outros ofícios, ele também foi um político, secretário de governo, um líder social, conhecido por sua oratória. É lembrado como o “Tribuno do Povo”.

Aos dezesseis anos, Félix já publicava artigos em jornais. Ainda no ano de 1938, Alceu Amoroso Lima reconheceu importante vertente de sua personalidade: a sua erudição. É autor do poema em prosa “Tamar” – escrito em 1940, publicado em 1945, e também das obras “Dor”, “Fraternidade”, “Poemas Soltos” e “Carrossel da Vida”. O poema em prosa “TAMAR” mereceu destaque do jornal “O Globo”, em 17 de julho de 1945, mediante elogiosa crítica do romancista Eloy Pontes.

Félix de Souza Araújo criou o programa “A Voz dos Municípios” na Rádio Borborema de Campina Grande. Também, durante muito tempo, manteve o programa “Carrossel da Vida”, com leitura de crônica diária na Rádio Caturité.

Após regressar da II Guerra Mundial, o poeta Félix Araújo tentou encontrar uma atividade identificada com sua vocação e personalidade, que também lhe permitisse o sustento familiar e a manutenção de seus estudos. Decidiu, portanto, instalar no ano de 1946, a “Livraria do Povo” localizada no saguão do Edifício do Banco do Comércio, no centro da cidade de Campina Grande a qual foi incendiada criminosamente, por adversários ideológicos de extrema direita.

Filiou-se ao PCB, disputando, por este partido, duas eleições: em 1946, para deputado federal e 1947 para deputado estadual. Deixou o PCB em 1948. Foi secretário de Educação e Cultura do seu governo, introduziu o “Cinema Educativo”. Coordenou a campanha eleitoral de José Américo de Almeida a governador da Paraíba (1950).

Vereador de Campina Grande, no estado da Paraíba eleito o mais votado em 1951, pelo PL (Partido Libertador). Integrou as comissões de Justiça, Legislação e Redação e de Educação e Cultura (1951 a 1953). Denunciou a corrupção na Administração Municipal. Rompeu com o prefeito Plínio Lemos e com o governador José Américo de Almeida. Em 13 de julho de 1953, foi baleado, pelas costas, por João Madeira, guarda-costas do então prefeito de Campina Grande, Plínio Lemos.

Félix Araújo faleceu, em 27 de julho de 1953 (14 dias após o atentado), aos 30 anos de idade em decorrência dos ferimentos, na Casa de Saúde Dr. Francisco Brasileiro, em Campina Grande-PB.

A trajetória de Vida de Felix foi rememorada, no ano de 2003, quando completou o cinquentenário de sua morte. Vários livros sobre Fèlix foram lançados, assim como uma agenda de eventos foi cumprida. As atividades foram lideradas pelo historiador e professor José Octávio de Arruda Melo, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (IPHAEP).

Recentemente a Academia Brasileira de Letras publicou, na “Revista Brasileira” da Academia Brasileira de Letras, trabalho intitulado “Félix Araújo: o cronista, o poeta e o político”, de autoria do ensaísta e professor de Teoria da Literatura da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), José Mário da Silva, que retrata o legado cultural construído por Felix Araújo.

Frase Célebre do poeta Félix Araújo grafada na Praça Clementino Procópio, em Campina Grande.

“Esta terra de bravos

Não será terra de escravos,

Nem reinado de opressão”

 

Fontes:

http://cgretalhos.blogspot.com.br/2015_05_01_archive.html#.VtCbwlQrJkg

http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20110712112147&cat=paraiba&keys=felix-araujo-convidado-disputar-cmcg

https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A9lix_Ara%C3%BAjo

http://www.blogdopedromarinho.com/?p=post&id=50485

http://dicionario.sensagent.com/felix+araujo/pt-pt/

http://www.machadodeassis.org.br/abl/media/RB52%20-%20PROSA-02.pdf

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