Ano de Realização: 1973
Local: Patos-PB
Equipe de Coordenação: Adalmira Marques da Silva Cajuaz (Presidente), Terezinha Gloriete Pimentel (Vice-Presidente), Maria do Socorro de Almeida Nóbrega (1° Secretária), Maria de Lourdes Medeiros (2° Secretária), LienTywatnNio (1° Tesoureira), Josemar de Brito (2° Tesoureiro), Manoel Clementino de Sousa (Orador), Clévia Porto Coelho (Diretora Social), Els Guedes (Representante dos Estudantes), Sebastião Firmino da Costa-Bastinho( Diretor de Esportes), Membros da Associação dos Professores do Colégio Estadual de Patos.
No período de 21 a 25 de agosto de 1973 a cidade de Patos, no Sertão Paraibano, vivenciou a sua “1ª Festa Folclórica”, com uma diversidade de características nordestinas e apresentações com personagens, tendo inclusive repercussão nacional, a exemplo do escritor paraibano Ariano Suassuna, responsável por uma das palestras versando sobre “ Literatura de Cordel e Romanceiro Brasileiro “ para um grande público que lotou as dependências do Cine Eldorado.
A programação teve início em um desfile, com a participação de escolas e instituições locais, trazendo, entre outras atrações, carros alegóricos relacionados às tradições dos estados nordestinos. Outros destaques foram as figuras de romeiros, vaqueiros, negros dos pontões além das apresentações das cavalhadas, reisados, congados e banda de pífanos. Paralelo aos eventos móveis, aconteceram exposições de tipos nordestinos e arte popular, sediadas no salão do Centro Cívico do Educandário.
Várias danças folclóricas foram apresentadas no Patos Tênis Club. O evento foi precedido de um grande pesquisa, através da qual os alunos mergulharam nas minúcias de nossas manifestações artísticas, compreendendo a grande importância da cultura nordestina oportunizando-se de suas práticas mais peculiares um fato inusitado que acabou perpetuando nos anais do evento aconteceu com o Ariano Suassuna que após a palestra que proferiu fora agraciado com vários produtos sertanejos como queijo de coalho, chouriço, manteiga da terra, doce de leite, feijão verde e um cabrito.
Para levá-lo de volta a sua cidade de morada com todas as doações já não dava certo de carro pequeno, como o fizeram na vinda. Providenciaram então a caminhonete do agropecuarista e político Arlindo Wanderley que, na subida da Serra da Teixeira, quebrou criando atraso e constrangimento para o convidado. O mais interessante residiu no argumento de algumas pessoas, que afirmavam ter sido castigo pela maldade segundo as referidas línguas, que o dramaturgo havia feito com o Padre Assis que ficou. Incomodado com seus versos picantes tudo contornável é claro.
Ressaltar ainda o grande destaque dado aos saudosos e históricos poetas: Inácio da Catingueira e Romano da Mãe D’água que protagonizaram uma cantoria (peleja) por volta de 1870, com duração de oito dias, no largo da Igreja Velha hoje dedicada à Nossa Senhora da Conceição, situada na praça Edivaldo Motta, no Centro de Patos.
Jonas do Nascimento
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