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Data de publicação do verbete: 28/02/2025

Flávio Ribeiro Coutinho

Político.
Data de publicação: fevereiro 28, 2025

Pesquisa e texto: Sandra da Costa Vasconcelos

Naturalidade: Pilar-PB

Nascimento: 20 de julho de 1882 // Falecimento: 26 de maio de 1963

Atividade profissional: político

Flávio Ribeiro Coutinho presidiu a Associação Comercial da Paraíba e o Sindicato do Açúcar. Foi Deputado estadual, Deputado federal, vice-governador e Governador da Paraíba, tendo integrado, ao longo de sua carreira política, o PRP, a UDN e o PSD. Foi acionista do Banco Comércio e Indústria da Paraíba e proprietário da Usina Santa Rita.

Após seus estudos de primeiras letras, Flávio foi levado ao internato no Instituto Bananeirense, sob a direção de Sizenando de Miranda Henriques, onde concluiu o primário. Em seguida, cursou o secundário no Colégio Diocesano Pio X, na capital da Paraíba. Em 1901, desembarcou no cais do porto de Salvador, capital da Bahia, onde se matriculou, após a aprovação no vestibular, na Faculdade de Medicina da Bahia. Seu tio materno, que também se chamava Flávio, seguiu o mesmo roteiro na década de 1880. Casou com Berenice Mindêllo, com quem teve 6 filhos: Francisco Leocádio, Ana Rita, Berenice Maria, Francisca Ninosa, José Painho e João Crisóstomo Ribeiro Coutinho.

Novamente na Paraíba, Flávio Ribeiro associou-se aos irmãos na compra da Usina S. João, integrando a firma João Úrsulo & Irmãos, até quando, em 1922, adquiriu por conta própria a Usina Cumbe, a que deu o nome de Santa Rita. De firma individual passou a Sociedade Anônima a 27 de março de 1933.

Homem empreendedor, lidando com as classes produtoras do Estado, compreendeu que o emprego da economia paraibana, muito dependia da restrição de crédito, eterno pesadelo para o comerciante, o agricultor e o industrial. Tentando amenizar tal situação, fundou e instalou a 29 de março de 1947, o Banco Comércio e Indústria da Paraíba S/A, com  relevância desta casa bancária em favor da Paraíba, ressalta, principalmente, do princípio de que, maior parte de seus capitais seriam empregados em prol das iniciativas locais. 

Líder político em Itabaiana, Flávio elegeu-se Deputado estadual para a legislatura de 1924/1927, sendo reconduzido em 1947, quando presidiu a Assembleia Legislativa em pleno Processo Constituinte estadual. Foi vice-governador do Estado, Deputado federal eleito em 1930, presidente efetivo da UDN na Paraíba em 1945, 1946, 1950 e 1953, e Governador eleito do Estado da Paraíba em 1956.

Graças às articulações de José Américo de Almeida visando a sua sucessão, os grandes partidos realizaram um acordo em torno do nome de Flávio Coutinho ao Palácio da Redenção. Correligionário de Epitácio Pessoa, foi prefeito de Itabaiana por breve período. Em 1924 foi eleito deputado estadual, porém renunciou ao ser escolhido segundo vice-presidente do estado no governo João Suassuna. Eleito deputado federal, teve o mandato extinto por causa da Revolução de 1930. A seguir militou em partidos de âmbito estadual e durante o Estado Novo integrou órgãos como o Conselho de Administração e presidiu o Departamento Administrativo da Paraíba, além de presidir a Associação Comercial do respectivo estado e o Sindicato da Indústria do Açúcar, o qual fundou.

Eleito governador em 1955 para um mandato de cinco anos, licenciou-se do cargo para tratamento de saúde e por fim renunciou. Ressalte-se que o percentual obtido por Flávio Coutinho jamais foi superado na história paraibana.

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Fl%C3%A1vio_Ribeiro_Coutinho

https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/COUTINHO,%20Fl%C3%A1vio%20Ribeiro.pdf 

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