Naturalidade: João Pessoa – PB
Nascimento: 13 de dezembro de 1901 // Falecimento: 21 de outubro de 1981
Atividades artísticos-culturais: pianista, educador musical, professor
Gazzi Galvão de Sá pode ser considerado um dos maiores nomes da música paraibana, brasileira ou até do mundo, com a criação do método de musicalização alçou seu nome no mundo musical.
Nascido em João Pessoa, no mês de dezembro veio de um berço artístico audiovisual, seu pai Manoel Henriques de Sá Filho é um dos fundadores do Cinema na Paraíba e até das linhas telefônicas, seu avô tem como feitio a criação da primeira casa de fotografia da Paraíba como também comerciante de utensílios de pouco uso. Segundo filho de oito que o casal Manoel e Maria Leopoldina Galvão de Sá teve, estudou nas melhores escolas do estado como por exemplo: Nossa Senhora das Neves e Colégio Pio X administrado por padres e exclusivamente masculino.
Seu pai ambicionava para o jovem Gazzi o universo da medicina enviando dinheiro para estudar em Salvador, o que ele e sua família não contava era a habilidade e sensibilidade do rapaz, o dinheiro destinado ao mundo do corpo e suas mazelas foi utilizado para o instrumento como o piano e a teoria musical, seu pai reprovou tal atitude, sua mãe compreendeu qual o caminho o rapaz queria seguir destinava sempre uma quantia para que ele pagasse suas aulas particulares. Percebendo a música seu maior talento resolve ir ao Rio de Janeiro tomar aulas com o pianista e crítico musical Oscar Guanabarino.
Aos 24 anos, no dia 26 de maio de 1926 casou-se com Ambrosina Soares, o casal teve quatro filhos: Fernando, Ermano, Marcelo e Geruza, a posteriori, e dez netos. A sua casa era recheada de música, no ano de 1929, um ano conturbado para a população mundial ouvia da casa dos Soares de Sá a melodia musical produzida por eles, assim eles fundaram uma escola na sua residência, cuja atividade eram distribuídas pelo casal na seguinte forma: Gazzi ficaria responsável pela parte de teoria musical, piano e canto e Ambrosina com canto, dança e piano, a escola cresceu e hoje faz parte do Espaço Cultural Lins do Rêgo, atualmente essa é a instalação da Escola Anthenor Navarro, amigo íntimo de Gazzi morto num acidente aéreo.
Se filho de peixe peixinho é, Ermano Soares de Sá levou a risca esse termo ao ser o único filho do casal a seguir a carreira musical como pianista. Desde os quatro anos tocava piano com o pai, adulto estudou no Conservatório Nacional de Canto Orfeônico, ou melhor canto coral, aluno de um dos gênios musicais ao lado de Carlos Gomes, Chiquinha Gonzaga o pianista , arranjador e maestro Villas Lobos, amigo íntimo de Gazzi este um dia fora seu mestre durante o aperfeiçoamento no canto coral.
Na Paraíba na década de 30 iria revolucionar a educação no estado, quando por meio de um decreto estadual as aulas passaram a ter canto orfeônico nas suas grades curriculares, logo após essa conquista uma outra chegaria para fortalecer o canto coral no estado com a criação da Superintendência de Educação Artística (SEA) aos moldes da SEMA serviria para orientar todos aqueles ligados ao trabalho orfeônico. A atividade de canto coral começou ainda nas competições escolares, estas no período da semana da pátria em setembro organizava cantos como: o hino, músicas folclóricas dentre outras, notando-se uma grande influência do Gazzi de Sá como pioneiro na sua terra.
Nos anos 40 mudou-se para o Rio de Janeiro para lecionar como professor de Apreciação Musical no Conservatório a convite do Villas- Lobo. No ano de 1981, ele faleceu em decorrência de problemas cardíacos.
Gazzi entra na história também quando falamos em uma revolução no ensino musical, com uma técnica que seria conhecida como método de musicalização a partir do canto coral, seu legado se estende nas escolas de música como na graduação. A Universidade Federal da Paraíba em 1963 homenageia o músico batizando o coral universitário federal em sua homenagem.
Rayanne Melo
Fontes:
Gazzi de Sá – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)