Gilmar Leite

Naturalidade: São José do Egito- PE / Radicado em João Pessoa – PB

Formação acadêmica: Doutor em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Atividades artístico-culturais: Poeta, escritor, compositor, palestrante e declamador.

Atividades Exercício – profissional: Professor da Arte e Educação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB); Professor pesquisador em Literatura, Filosofia e Educação.

Publicações: Os livros “Libertação” e “Êxtase”, editados pela Companhia Editora de Pernambuco (CEPE) e a obra “Nascimento”, publicado pela Editora Seven System International, com sede em São Paulo. O poeta também participa das antologias: “Amores Perfeitos na Beira do Ma”r (2007) e “Retratos do Sertão” (2009), ambas, organizadas pelo poeta Marcos Passos.

Gilmar Leite Ferreira começou a ter interesse pela poesia na adolescência, período em que começou a ouvir cantorias de violas. Foi vivendo, ouvindo e lendo grandes poetas repentistas como, Rogaciano Leite, os irmãos Batista (Lourival, Dimas e Otacílio), Job Patriota, João Batista de Siqueira (Cancão), Pinto do Monteiro e uma infinidade de outros poetas, que Gilmar cresceu e se fez poeta.

Na poesia de Gilmar Leite estão presentes diversos estilos literários, entre eles o soneto, o galope à beira-mar (versos de onze sílabas, hendecassílabos) e os decassílabos. Os temas abordados na sua poética vão desde as questões da existência humana, passando pelo lirismo, pela visão poética do corpo, até desembocar no mundo bucólico do Sertão.

O artista também se destaca como um notável declamador. Quem já ouviu e assistiu o poeta nos palcos e em saraus fica emocionado com a sua força interpretativa ao declamar. Gilmar Leite já participou de vários recitais pelo Nordeste afora, e já fez parte de comissão julgadora nos festivais de poetas repentistas várias vezes, sendo que em algumas ocasiões como presidente da comissão julgadora.

A sua atividade de declamador já o levou a fazer apresentações em shows de cantores como Maciel Melo, abertura de espetáculo da banda pernambucana “Cordel do Fogo Encantado” e outros eventos promovidos pelas escolas públicas, particulares, universidades e outros espaços onde acontecem eventos culturais.

Gilmar Leite é parceiro de alguns compositores, entre eles Sales Rocha (conterrâneo) e Galvão Filho (potiguar). Com Sales Rocha, Gilmar fez a composição “Coração Corsário”, defendida por Sales Rocha no Festival de Música Popular no Pajeú, ocasião em que ficou em terceiro lugar classificado pela comissão julgadora e em primeiro lugar por meio do voto popular. Com o compositor Galvão Filho tem várias parcerias. No ano de 2008, Gilmar Leite e Galvão Filho escreveram a música Saudade de Marcolino em homenagem ao compositor Zé Marcolino. A música foi gravada no CD “Forró de Abraçar” no mesmo ano pelo Cantador Santana. Em 2009, o cantor e compositor potiguar Galvão Filho gravou em seu CD, Achados e Perdidos, as músicas O Ser Poeta, Alma Sertaneja e Canto Vital, todas elas feitas em parceria com Gilmar Leite.

Como pesquisador na área da Educação e Filosofia, Gilmar Leite concluiu no ano de 2010, na UFRN, a Dissertação “Corpo e Poesia: para uma Educação dos Sentidos”. Em 2013, na mesma universidade, Gilmar Leite Ferreira defendeu a Tese de Doutorado “O Sertão Educa”, trabalho este envolvendo Educação, Filosofia, Literatura, Antropologia, Poesia, Geografia e Biologia.

Gilmar Leite desenvolve pesquisas no âmbito da poesia, Corpo e Educação, enquanto fenômenos entrelaçados do conhecimento.

Atualmente Gilmar Leite Ferreira, reside em João Pessoa, e ministra aulas como professor de Arte e Educação da UFPB, campus IV, Litoral Norte sem se distanciar dos seus projetos como: a publicação dos seus trabalhos de pesquisa (Dissertação e Tese), livros de poesias e um CD intitulado: “Águas do Pajeú”, com poemas declamados e participações de cantores interpretando algumas parcerias com Galvão Filho. De forma a conciliar, perfeitamente, sua vida acadêmica com a vida poética.

A seguir, uma poesia de autoria de Gilmar Leite:

Teu Corpo

À Raquel Duarte Santana

O teu corpo tem mistérios das flores,

Os segredos dos grandes oceanos,

A beleza dos pássaros ufanos,

E a ternura dos plácidos amores.

Vejo nele as auroras em fulgores

Com reflexos de desejos arcanos,

Enfeitando os delírios soberanos

Dando voos como os lépidos condores.

Lindas curvas são os traços da natura