Localização: Praça Matriz Nossa Senhora de Fátima, Cajazeiras – PB
Data de Fundação: 5 de abril de 2018
Fundadores: Lenilson Oliveira, Linaldo Guedes, Carlos Gildemar Pontes, Fernando Inácio da Silva, Wanderley Figueredo, Ronielle de Oliveira, José Paulino Bento Ferreira, Haldemy da Silva Lins, Suelli Dias de Freitas, Francisco Ernandes e Ana Cleuda.
Primeiro Sarau Temático: 3 de maio de 2018
Um grupo que nasce com o objetivo de intervir de forma decisiva nas políticas culturais e literárias de Cajazeiras. Assim é o “Poesia no Coreto”, que reúne poetas já consolidados no cenário literário, como Lenilson Oliveira, Carlos Gildemar Pontes e Linaldo Guedes, e outros mais jovens. O grupo se reúne em torno do Coreto da Igreja Matriz da cidade. A agitação literária em Cajazeiras sempre foi carregada de história e amadurecimento. Isso porque, em meio a muitas e tantas experiências no campo da produção das letras na cidade, foram frenéticos os movimentos alternativos que surgiram, manifestando o enaltecimento da poesia como vitrine principal dessa produção.
Mesmo sendo frutificada por poetas anônimos, a poesia em Cajazeiras seguiu numa incubadora lírica, a espera de momentos para se mostrar, se revelar. Foi assim mais altiva nos anos 70 e 80, com os recitais do Grutac e na afirmação dos festivais de poesias do Gimc, do Centro Cívico Olavo Bilac e depois com as esporádicas mostra da AUC, durante as realizações de suas semanas culturais. Esse período, talvez, tenha sido o mais efervescente momento da poesia cajazeirense, no qual se destacaram vários novos poetas, entre eles, o poeta e escritor Irismar di Lyra, autor de consagrados livros, como: “Cantata Para o Agora” e “Reflexos”.
Idealizador do projeto, Lenilson Oliveira explica que o Poesia no Coreto nasceu da ideia de um grupo de WhatsApp, inicialmente batizado de “Cajazeiras de Poesia”, com a intenção de aproximar poetas da cidade através da postagem de poemas próprios para leitura e discussão internas por parte dos membros. Pouco tempo depois, viram a necessidade de sair da comodidade virtual e partir para encontros reais, tendo o primeiro acontecido em 5 de abril de 2018, considerada a data oficial de criação do movimento. A partir deste primeiro encontro, começaram a definir o que pretendiam com o Poesia no Coreto, sabendo ser um processo contínuo, sem nada muito ‘amarrado”. A primeira definição foi dos encontros sempre na primeira quinta-feira de cada mês no Coreto da Praça da Matriz, com uma reunião prévia da organização em locais alternados. Um dos passos principais a partir deste início será envolver mais e mais fazedores e leitores de poesia.
Recentemente criado em Cajazeiras, o grupo realizou no dia 3 de maio de 2018, o seu primeiro sarau temático, tendo convidado o poeta Constantino Cartaxo, filho de Cristiano Cartaxo, autor dos livros “Quarenta Sonetos” Grupo Poesia no Coreto e “A musa quase toda”, o principal nome da poesia da cidade, e por esta razão, escolhido para ser o primeiro homenageado.
Na sua participação, além de recitar alguns poemas, Constantino Cartaxo fez um breve relato da vida do seu pai, revelando fatos pitorescos e até alguns processos de criação do poeta cajazeirense, nascido em agosto de 1887 e falecido em agosto de 1975. Ainda como parte do sarau, que teve como tema “Coreto”, numa alusão direta ao espaço utilizado e que dá nome ao próprio Grupo, os poetas Lenilson Oliveira e Gildemar Pontes recitaram, respectivamente, os seus poemas “No coreto” e “O coreto na tarde”, escritos especialmente para o evento.
Além dos saraus e homenagens a poetas e escritores da terra, o Poesia no Coreto pretende, também, organizar uma antologia dos poemas temáticos do grupo, realizar oficinas literárias e, ainda, ter vez e voz nas discussões sobre os espaços para a literatura em Cajazeiras. Os fundadores do Poesia no Coreto: Lenilson Oliveira, Linaldo Guedes, Carlos Gildemar Pontes, Fernando Inácio da Silva, Wanderley Figueredo, Ronielle de Oliveira, José Paulino Bento Ferreira, Haldemy da Silva Lins, Suelli Dias de Freitas, Francisco Ernandes e Ana Cleuda.
Jonas dos Santos
Fontes: