Entrevista e texto: Laura Moura
Ano de Criação: 2023
Local de Origem: João Pessoa – Paraíba
Gênero: Death Metal
Integrantes: Wiliane de França (Vocais); Kaio Felipe (Guitarra); Daniel Araújo (Bateria)
Instagram: @halwaydeadband
Youtube: Halfway Dead
Formada em 2023, Halfway Dead é mais uma banda em ascensão no Death Metal paraibano. Com um estilo musical ousado e já característico do subgênero, o grupo se reinventa através de três integrantes: Wiliane de França (Vocais), Kaio Felipe (Guitarra) e Daniel Araújo (Bateria). Em parceria, eles trabalham juntos na criação do seu som enquanto lutam pela arte que acreditam por meio de letras reflexivas e fortes.
Antiga vocalista da Rotten Flies, uma banda de Hardcore, Wiliane explica que, há muito tempo, já queria formar uma banda de Death Metal, seu subgênero favorito dentro do Metal. Com o tempo e a vontade crescendo ainda mais, seus caminhos se cruzaram com os de Kaio e Daniel. Juntos eles criaram um projeto para tocar no Pôr do Som da UFPB. Após o repentino sucesso além da sintonia do grupo, eles decidiram partir para um projeto solo e assim surgiu a banda.
A vocalista comenta que sempre esteve ligada com o universo musical: “Já gostava de cantar desde muito nova e com o tempo, e a internet também, fui tendo mais gosto por isso até por fim, de fato me tornar vocalista”. Quanto à Kaio, o guitarrista, compartilha o mesmo sentimento da integrante: “Eu comecei a tocar desde criança na escola e continuei me aperfeiçoando até decidir cursar e me formar em Música Popular pela UFPB”. Assim como seus “amigos de palco”, Daniel não é nenhuma exceção e confirma: “Sempre toquei desde criança, inicialmente como autodidata mesmo. Na adolescência participei de projetos autorais e além desses projetos comecei tocar em diversos ambientes musicais até decidir me dedicar totalmente à música”. Com vivências semelhantes e paixão pelo gênero, o grupo segue firme em suas produções.
Com grandes referências no Death Metal, a banda também busca incorporar influências da música brasileira e paraibana à sua sonoridade. Seu som é fluido e procura não se restringir somente a uma concepção, sendo resultado do meio que estão inseridos, gostos pessoais, entre outros aspectos.
“Acredito que as nossas obras podem ser descritas como algo pesado, sombrio, que parece que saiu de um filme ou conto de terror. As letras do nosso primeiro trabalho focam justamente nesse universo do terror, puxando um pouco para o que podemos sentir e viver na realidade, desde o sofrimento até o nossos maiores medos”, descreve Wiliane.
A vocalista ainda explica que cada membro da banda teve uma trajetória musical diferente. Embora tivessem influências em comum, ele explica que “cada um traz um pouco de si na hora de construir as músicas e isso se mostra em muitos detalhes do nosso som, seja nas letras, nos riffs de guitarra ou grooves da bateria”.
Quanto ao processo de criação das letras, Wiliane fala que sempre escreve seus pensamentos com base em referências do que consome, além das suas vivências. Já a produção instrumental, ela diz que eles sempre partem de uma ideia inicial que, através da influência de cada um, pouco a pouco vai tomando forma. Quando eles finalizam a estrutura da música, começam a ver mais possibilidades: “como se chegasse num resultado bruto e fosse lapidando até tomar uma forma interessante”, explica. Atualmente eles estão trabalhando em um EP de lançamento da banda, autointitulado de “Halfway Dead” e que irá contar com, em média, 4 músicas.
Apesar das dificuldades, eles explicam que o que mais os inspiram a continuar “é o gosto por fazer música, por expressar pensamentos e sentimentos, criar histórias e compartilhar com quem se interessa pelas mesmas temáticas que abordamos e pela sonoridade que fazemos”. Além disso, para eles resistir no Underground desperta um sentimento de pertencimento, de comunidade com quem tá na mesma luta de criar música autoral, seja no metal ou qualquer outro gênero aqui na Paraíba.
O grupo expressa seu desejo pelo desenvolvimento constante do cenário musical paraibano, além aumento de oportunidades para artistas e bandas de todos os gêneros, inclusive aqueles que são considerados menos “regionais”: “Porque se é feito por paraibanos ou na Paraíba, é regional!”, relata. Por fim, eles finalizam com seus agradecimentos e altas expectativas para breve: “Gostaríamos de agradecer a todos que nos acompanham, que dão força e apoiam esse projeto que ainda está no seu começo, que acreditam no que fazemos. E dizer que, em breve, vem coisa massa por aí!”
Fontes:
Entrevista cedida à Laura Moura em 28/10/2024