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Data de publicação do verbete: 18/11/2024

Humberto de Campos

Crítico de cinema, Jornalista, Radialista, Advogado e Professor Universitário.                         
Data de publicação: novembro 18, 2024

Pesquisa e texto: Jonas do Nascimento dos Santos

Naturalidade: Cuité-PB                                                       

Falecimento: 22 de outubro de 2006                            

Atividade artístico-cultural: Crítico de cinema                                          

Atividade profissional: Jornalista, Radialista, Advogado e Professor Universitário                                             

Títulos e Homenagens: título de cidadão campinense, no dia 07 de agosto de 1981

Humberto de Campos foi um dos mais importantes nomes da radiofonia campinense, um senhor e perfeito comentarista esportivo do rádio paraibano, além de ter um grande valor, também como comentarista, escrevendo diariamente nas páginas do extinto jornal Diário da Borborema. Nasceu na cidade de Cuité, na região do Curimataú paraibano e foi, ainda criança, morar em Campina Grande. Sempre afirmou ser apaixonado pela Rainha da Borborema, por esse amor dedicado à cidade, a qual defendia com muito ardor, como jornalista atuante, veio a receber o título de cidadão campinense, no dia 07 de agosto de 1981. O interessante: o autor da propositura para a outorga do título, foi o seu colega de trabalho, jornalista/comentarista esportivo e advogado, na época vereador, Ari Ribeiro.

O “Moça Velha”, como os amigos o chamavam, era leitura obrigatória para todos aqueles que acompanhavam o futebol paraibano.  Sua coluna no Diário da Borborema, intitulada “Jogo Duro”, marcou toda uma geração de “boleiros”, tendo até, uma versão sonora na Rádio Borborema. Sua definição para o Campeonato Paraibano, era chamá-lo de “O Extra”, seguido do ano da edição do torneio, sempre lembrando que o campeonato era “nivelado por baixo”, em suas próprias e ferinas palavras. Era de conhecimento que sua preferência local era o Campinense Clube. Esse fato, talvez, explique a desconfiança de boa parte da torcida do Treze com relação às suas colunas. Em 1983, por exemplo, após o Treze comemorar uma vitória que daria o título estadual, a FPF voltou atrás em sua decisão e marcou uma melhor de três contra o Campinense. 

Humberto de Campos, jornalista, radialista e advogado, foi professor do curso de Comunicação Social da UEPB e do quadro de Assessores Jurídicos da antiga CELB – Companhia de Eletricidade da Borborema. Além de um bom analista esportivo, Humberto de Campos ainda se destacou como um excelente crítico cinematográfico. Na Rádio Borborema, comandou durante muitos anos o programa “Falando de Cinema”, uma das maiores audiências do rádio campinense. Comentava sobre cinema com muita segurança e conhecimento. Os seus comentários, sobre cinema ou futebol, eram capazes de chamar a atenção para o que dizia, de tal forma, ao ponto de fazer levar aos estádios um bom público, caso ele afirmasse ser a partida merecedora para tal, ou de fazer lotar as poltronas das salas de exibição, fosse o filme uma boa pedida. 

Quem viveu os bons momentos da radiofonia campinense, jamais vai esquecer o Humberto de Campos, das grandes jornadas esportivas à frente dos microfones da Borborema, Tabajara ou Caturité; das suas observações fortes e verdadeiras, sobre um jogo qualquer e sobre os erros ou acertos de dirigentes de clubes e da Federação. No seu espaço, “Jogo Duro”, no rádio ou jornal – Diário da Borborema ou Jornal da Paraíba – e nos dias de jogos, a cidade parava, o torcedor ficava atento para ouví-lo, pois sabia que eram posições corretas, palavras bem colocadas e sábias, verdadeiras e sem a pretensão de agradar a ninguém. Considerado  um homem da palavra fácil, às vezes contundente, mas, verdadeira. 

Para seus colegas de profissão, trabalhar com ele foi um prazer imenso, e, com ele, formar equipes esportivas das mais respeitadas, nas emissoras. A Paraíba esportiva conheceu e ouviu, na Borborema, Caturité e Tabajara, nomes extraordinários, como, Joselito Lucena, Ari Ribeiro, Edmilson Antônio, Alberto de Queiroz, Eudes Toscano, Levy e Clelio Soares, Flauberto Elias, Almeida Rodrigues, Francisco de Assis Nascimento, Edivaldo Gouveia, Ernany Norat, João de Sousa, Ivan Bezerra, entre outros. O seu último emprego foi no jornal “A União”. A seguir, a última coluna publicada no site do jornal, Humberto veio a falecer no dia 22 de outubro de 2006. 

Fontes:

https://gilsonsoutomaior.blogspot.com/2018/03/humberto-de-camposo-mais-discutido.html

https://cgretalhos.blogspot.com/2010/02/relembrando-o-cronista-esportivo.html

https://museudoesportedecampinagrande.blogspot.com/2011/10/cantinho-da-saudade-humberto-de-campos.html

 

                                                   

 

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