Pesquisa e texto: Jonas do Nascimento dos Santos
Naturalidade: Campina Grande-PB
Nascimento: 6 de fevereiro de 1959 // Falecimento: 14 de julho de 2020
Atividade artístico-cultural: cantora
Atividade profissional: jornalista e radialista
Inaudete Amorim faz parte da história do São João de Campina Grande, da cultura paraibana e do rádio campinense. Ela iniciou sua carreira artística com quatro anos de idade ao cantar no grupo infantil denominado de “Os mirins”, na Rádio Borborema. Com três discos de vinil, cinco CDs e três coletâneas gravadas, a cantora se tornou, ao longo de sua vida musical, uma expressiva representante da cultura regional, sempre com um jeito charmoso de cantar e encantar. Dentre seus grandes sucessos podemos citar “Flor de Maracujá”, de autoria de seu pai, Luiz Amorim, inclusive, seu primeiro sucesso; “Jeito de Amar”, com musicalidade de Edmar Miguel; “Chega de Promessa”, também de autoria de seu pai; “Na Corrente do Amor”, de Antônio Barros e “Jeito Dengoso”, música feita especialmente para ela por Nando Cordel.
Além de cantora, Inaudete era também jornalista e radialista. Para ela, o rádio era mágico e fascinante, confessou que a música era sua maior paixão e a rádio era a segunda. A cantora também comentou sobre a amizade que cultivou com a saudosa Inês Caetano de Oliveira ou, simplesmente, Marinês: “a rainha do Forró”, nas palavras de Inaudete, Marinês representa uma pessoa inigualável, sinônimo de humanidade e sensibilidade. Inaudete Amorim também declarava a importância de Luiz Gonzaga para a cultura nordestina e para o cancioneiro nacional, ressaltava que sua influência musical está alicerçada nos ensinamentos que deixou: “ensinamentos de arte, de cultura e de vida”.
No que se refere à escolha de repertório, a cantora mencionava que suas preferências eram por músicas que falem de gente, de amor. É justamente por amar a vida, bem como o que faz, que a artista atribuía o sucesso de sua carreira. Para a cantora, a retribuição de todo o investimento dado está no carinho do público e no reconhecimento de instâncias que valorizam os artistas, sobretudo, da terra, como é o caso do Troféu Gonzagão, prêmio duas vezes já concedido a Inaudete Amorim, que ainda fazia questão de frisar que todo o resultado positivo alcançado em sua trajetória artística deve e precisa ser compartilhado com parcerias que, ao longo da história, vem se fazendo presentes.
Ver e ouvir a essência das coisas era o lema de vida da cantora, jornalista e radialista Inaudete Amorim que também destacava o prazer de cantar para o público de Campina Grande, sua terra natal. A cantora chamava a atenção para a necessidade de valorizar os cantores, músicos, poetas e ativistas da cultura local, reconhecendo seus valores e estimulando, com isso, a propagação de nossa memória cultural que é, por natureza, rica e sublime. Inaudete veio a falecer no dia 14 de julho de 2020, aos 61 anos de idade em decorrência de complicações causadas por um câncer. Durante anos esteve na Chefia do Departamento Comercial da Rádio Campina FM e trabalhava numa emissora de Televisão Campinense. Com uma carreira marcada pelo resgate da cultura popular nordestina, ela por várias vezes esteve presente na programação do Maior São João do Mundo.
Fontes:
https://reporterjunino.com.br/2020/07/14/programa-gente-nossa-homenageia-inaudete-amorim/
https://espacopb.com.br/v/cantora-e-radialista-inaudete-amorim-morre-em-campina-grande
https://wscom.com.br/morre-em-campina-grande-a-radialista-e-cantora-inaudete-amorim/
