Naturalidade: Pocinhos-PB
Nascimento: 15 de dezembro de 1843 / Falecimento: 08 de fevereiro de 1902
Atividades – Exercício profissional: Foi jornalista, redator, advogado, político, geógrafo, juiz e promotor de justiça.
Patrono da cadeira número 2 do IHGP (Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba) que tem como fundador Celso Mariz e Diana Soares de Galiza como atual ocupante.
Irineu Ceciliano Pereira Jóffily, conhecido por Irineu Jóffily, nasceu na Fazenda Lajedo, no município de Pocinhos. Filho do segundo matrimônio do tenente-coronel José Luis Pereira da Costa com dona Isabel Americana. Iniciou seus estudos na Cidade de Cajazeiras onde, na sua linha ascendente paterna havia Bárbara Maria da Pobreza – proprietária de terras no Sítio Gravatazinho em Esperança e metade do Sítio Oriá (Areial), nas testadas do olho d’água do Brabo -, de onde surge Manoel do Brabo – vaqueiro de confiança de Zé Luiz e responsável por levar o pequeno Irineu à escola do Padre Rolim, em Cajazeiras.
Esta viagem fez brotar no garoto o seu amor pela geografia paraibana, onde de acordo com a seguinte nota:
“A afirmar essa sua vocação exótica ou inesperada pela geografia está aquela sua primeira viagem, que, por oito dias, fez, a cavalo de Esperança a Cajazeiras, quando, ainda menino de 12 anos, ou seja, em 1885, foi, sob a guarda de Manuel do Brabo, internar-se no colégio do Padre Rolim” (PB-Letras: 2003).
Irineu seguiu para Recife para concluir o secundário e o bacharel em ciências políticas e sociais, nesse período da faculdade fundou o jornal “O acadêmico parahybano”, tinha como intuito publicar pequenas biografias dos seus conterrâneos e reivindicava os benefícios que a Paraíba precisava; exemplo a demarcação dos limites entre Pernambuco e Paraíba, uma associação comercial e a navegação do rio Mamanguape. O Estado da Paraíba deve o seu contorno geográfico atual graças aos trabalhos deste incansável pesquisador.
Já formado, voltou para a Paraíba, casa-se em Alagoa Nova com Rachel Olegária, filha do Capitão João Martins Torres, criador de gado e proprietário das terras no Sítio Riacho Amarelo, em Esperança. Segundo os mais antigos vinha sempre a Esperança visitar o seu cunhado Bento Olímpio Torres, que residia no casarão construído no final da rua Banabuyé (atual Silvino Olavo).
Na política, foi nomeado Promotor público de São João do Cariri e Juiz de direito de Campina Grande. Aperfeiçoou-se nas Ciências Jurídicas, na História, Geografia e Paleontologia e tornou-se um grande historiador. Enveredando na política partidária elegeu-se vereador em Campina Grande e em 1868 foi eleito deputado provincial em várias legislaturas. Em 1888, fundou o jornal A Gazeta do Sertão, em Campina Grande. Era sócio correspondente do Instituto Histórico e Arqueológico Pernambucano e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Escreveu: “Notas sobre a Parayba” e “Sinopsis das Sesmarias”, publicados em 1892 e 1894.
Já em 1889 foi eleito deputado geral, mas por causa do advento da republica não assumiu a cadeira voltando à Paraíba e em sociedade com Francisco Soares Retumba instalou uma tipografia em Campina Grande, nela circulava as primeiras edições do “A Gazeta do Sertão”.
Irineu Jóffily faleceu em sua residência, na Praça Municipal, atualmente Av. Marechal Floriano Peixoto em Campina Grande, no dia 7 de fevereiro de 1902.
Fontes:
Raul Ferreira Blog História Esperancense (http://memoep.tk)
http://cgretalhos.blogspot.com.br/2012/03/irineu-joffily-e-suas-raizes.html#.VVuJhflViko
http://ihgp.net/memorial2.htm#CADEIRA Nº. 01
http://martinhoalves.blogspot.com.br/2013/03/o-historiador-paraibano-irineu-joffily.html
http://retalhoshistoricosdepocinhos.blogspot.com.br/2012/11/postagem-teste.html
Uma resposta
Boas informações. Encontrei, a partir daqui, referências sobre o trabalho de Irineu Joffily, autor de “Notas sobre a Paraíba”, que encontrei, lendo o livro “A Paraíba e seus Problemas”, de Jose Americo de Almeida. Só não pude saber o número de páginas do livro, para fazer a citação de forma completa.