Naturalidade: João Pessoa – PB
Nascimento: 11 de setembro de 1937 / Falecimento: 2 de julho de 2016
Atividades artístico-culturais: Cantor e compositor
Discografia: Uma Noite no Rio / Sussu (1956); Helena / Minha Desilusão (1956); Por Toda a Eternidade (1957); Sonhando Contigo / Minha Oração (1957); Caprichos do Amor / Checamba-me (1957); Garotas de Portugal / Festa do Sol (1957); Não Se Apaixone / Salve a Morena (1957); Baladas e Boleros (1958); Enxugue a Lágrima / Eu Sou Assim… (1958); Embala, Embala Vovó / Último Encontro (1958); Ausência / Noites Cruéis (1958); Lamento / Devoção (1958); 4.500 Cruzeiros / Não Vá (1958); Show de Jairo Aguiar (1959); Ficou na Arca / Enxugue a Lágrima (1959); Cantiga de Natal / Vinde Pastores (1959); O Herói de Lambreta / Tambaú (1959); Triste Recordação / Na Escada da Vida (1959); Veneno / Amor de Índia (1959); Até o Céu Te Daria (1960); Meia-Noite / Lanterna Mágica (1960); Serenata / Minha Estrela é Você (1960); Vida Vazia / Juca Feio (1960); Lamento do Triste Adeus / Lábios Vermelhos de Amor (1960); Segredo (1961); O Tempo / Magia do Amor (1961); Favelas do Brasil / Enganei-me (1961); Jairo Aguiar Canta Para os Namorados (1962); Marcha do Trocadilho / Mulher Pequena (1962); Porque Choras Tanto / Pranto de Mulher (1962); Sonho de Amor / Amor Com Amor Se Paga (1962); Presente do Céu / Saudade, Vá Embora (1962); Samba da Paz / O Homem do Bombo (1962); Caprichos de Amor (1963); Estou Voltando / Ainda Espero Por Ti (1963); Índia do Bananal / Espelho de Brasília (1963); Emoção Maior (1990); Jairo Aguiar Reconquista Sucessos (2001).
Jairo Alves de Souza Aguiar alcançou grande sucesso na carreira musical durante a década de 1950. Começou cantando na Rádio Clube Pernambuco, quando tinha apenas 13 anos de idade. Em 1954, participou do concurso “Primeiro Campeonato de Cantores Novos”, promovido pela Rádio Nacional e apresentado por César de Alencar. Com um timbre muito peculiar e grande paixão pelo canto, ficou em primeiro lugar, cantando músicas do repertório de Jorge Goulart e Carlos Galhardo.
Tal conquista lhe rendeu um contrato de dois anos com a Rádio Nacional, o que deu ao artista grande destaque na mídia nacional e a oportunidade de participar de programas de auditório, especialmente o apresentado por Paulo Gracindo, que foi seu grande incentivador. Na contracapa de um dos discos do cantor, Gracindo o elogiou escrevendo que “joia não sai de moda nunca”.
Para impulsionar a carreira, Jairo se mudou para o estado do Rio de Janeiro. Em 1956, foi contratado pela gravadora Copacabana, pela qual estreou com sucesso cantando o samba “Uma Noite no Rio”, escrito em parceria com Aôr Ribeiro e Mário Mascarenhas. O lado B do disco trazia a valsa “Sussu”, da autoria de Joubert de Carvalho.
No ano seguinte, Jairo Aguiar fez sucesso com as gravações da canção “Caprichos do Amor”, também feita em parceria com Mário Mascarenhas, e com a balada lenta “Checamba-me”, de J. Alea, Jocelino e Nelinho.
Em 1958, o artista gravou o samba “Devoção”, escrito junto com Benil Santos; “Lamento”, de Assis Valente e o bolero “Noites Cruéis”, de autoria da dupla Raul Sampaio e Benil Santos. A canção “Lamento”, dada por Assis Valente, foi a última música composta por ele antes de cometer suicídio naquele mesmo ano. Entretanto, o produto não emplacou.
No ano de 1959, gravou as composições “Veneno”, de Poly e Henrique Lobo, a “Amor de Índia”, de Augusto Mesquita e Muraro, além do bolero “Triste Recordação”, escrito por Rossini Pacheco, entre outras músicas.
Após uma série de sucessos, como “Amor de Índia”, “Triste Recordação”, diversos boleros, baladas e sambas-canções, tais como “Twist do Amor” e “Eternamente Teu”, o cantor alcançou o ápice de sua carreira artística, com destaque nas rádios de todo o país e até no exterior. Atuou no Teatro de Revista e em filmes produzidos por Carlos Imperial.
Em 1960 gravou a melancólica canção “Lamento do Triste Adeus”, o bolero “Minha Estrela é Você”, de Nássara e Jair Amorim e se apresentou na Argentina e no Uruguai. De volta ao Brasil, passou a cantar principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Voltou a produzir discos em 1990, lançando “Emoção Maior”, pela gravadora SOMARJ.
No ano seguinte lançou “O Despertar da Montanha”, música de Eduardo Souto com letra de Francisco Pimentel. No lado B do disco, a música foi interpretada pela Orquestra Copacabana. Em 1962, para acompanhar os ritmos de sucesso do momento, gravou o cha-cha-cha “O Homem do Bombô”, de Getúlio Macedo.
Com o passar do tempo, porém, o cantor foi perdendo destaque, apesar das tentativas de se relançar no mercado fonográfico. Seu último CD, “Jairo Aguiar Reconquista Sucessos”, foi lançado em 2001.
A carreira de Jairo foi prodigiosa. Somente pela gravadora Copacabana lançou 20 discos de 78 rpms, 10 compactos e 12 LPs, registrando quase 200 músicas, muitas delas de sua autoria. Entre seus grandes sucessos estão “Enxugue a Lágrima”, “Serenata de Schubert” e “Ainda Espero Por Ti”.
Dentre as canções de sua autoria estão “Caprichos do Amor”, escrita com Mário Mascarenhas; “Juca Feio”, “Marcha do Trocadilho”, feita junto com Paulo Pedreira e Roberto Muniz; “O Herói de Lambreta”, da coautoria de Mário Mascarenhas; “O Tempo”; “Presente do céu”, escrita com José Geraldo; “Tambaú”; “Último Encontro”, com letra de Fausto Guimarães; “Um Noite no Rio”, em parceria com Aôr Ribeiro e Mário Mascarenhas; e “Vida Vazia”.
Durante seus últimos anos de carreira, se apresentava anualmente no Baile Carnaval da Cinelândia, no Rio de Janeiro, cantando marchinhas de carnaval e frevos famosos. Faleceu no ano de 2016, na cidade de Niterói no estado carioca. Poucas foram as entrevistas concedidas pelo cantor e é restrito o conhecimento sobre sua biografia.
Fontes: