Naturalidade: Campina Grande – PB
Nascimento: 22 de junho de 1999
Atividade exercício-profissional: Jornalista
Formação: Graduanda em Jornalismo – UFPB
Instagram: https://www.instagram.com/r_jaq/
A paraibana Jaqueline Rodrigues é natural de Campina Grande, mas viveu toda a vida na cidade de Santa Rita. Nasceu no dia 22 de junho de 1999.
Desde a infância sempre gostou de ler e escrever poesias e histórias. No Ensino Fundamental, a professora de Língua Portuguesa sugeriu que fizessem um jornal sobre a escola e, então, Jaqueline se tornou editora-chefe do projeto. Gostou muito da experiência, mas não imaginava que no futuro faria Jornalismo. Até que, durante o Ensino Médio, não se identificava com os cursos de exatas e viu que a comunicação lhe atraía.
A estudante sempre gostou da ideia de poder contar histórias e, principalmente, ouvir e dar voz àqueles que, muitas vezes, são invisibilizados. Além disso, Jaqueline também se sente atraída pelo fato de a profissão ser ampla, o que lhe proporciona muito aprendizado e diversas possibilidades de criar conteúdos. “Ao longo do curso a gente começa a produzir muitas coisas. Dentre as que eu mais gostei foram as produções do início da graduação que me fizeram entender a escrita jornalística e como eu poderia aplicar a teoria”, conta.
Integrante do projeto Moderna Parahyba, Jaqueline conta que algumas de suas produções foram marcantes, como a entrevista com a jornalista Thaís Vital, a reportagem sobre saúde mental no âmbito acadêmico, a produção sobre o coletivo Acorda Várzea Nova (sobre o bairro que eu morei boa parte da minha vida) e por fim, uma reportagem mais recente sobre as ganhadeiras de Itapuã.
Todas essas produções trazem o desenvolvimento da sua escrita, podendo ver como é interessante se propor a fazer conteúdos e ir se adequando no decorrer do tempo com mais bagagem.
A entrada de Jaqueline no mundo do podcast foi muito orgânica. No primeiro semestre de 2022, ela cursou a disciplina de Radiojornalismo e teve o primeiro contato com a rotina corrida de uma redação; com adaptação de escrita, formatos, etc. E, segundo Jaqueline, tudo isso foi muito atrativo. No decorrer da disciplina, teve a oportunidade de fazer a produção de dois episódios para o podcast da disciplina, o Espaço Experimental.
No final de 2022, o Spotify abriu as incrições para o programa Sound Up Brasil que é direcionado para jovens negros, LGBTQIAP+ e indígenas, e Jaqueline foi selecionada. “Eu fiquei muito feliz, porque fiz a inscrição sem nenhuma expectativa e ver que fui selecionada foi algo muito instigante para que eu continuasse na comunicação e na produção de conteúdo”, comemora.
A primeira fase do SoundUp foi presencial, em São Paulo. Jaqueline e os demais selecionados foram apresentados à equipe do Spotify, à indústria do podcast e a algumas noções de equipamentos e edição de áudio. Depois, cada um trabalhou na construção do episódio piloto de seu projeto, que será apresentado ao time criativo do Spotify presencialmente em maio de 2023. Na última etapa, em maio, o programa será finalizado e a sociedade conhecerá os cinco vencedores desta edição do projeto.
“O tema escolhido já era algo que eu queria trabalhar, era a principal ideia para o meu TCC, então quando surgiu essa oportunidade, vi como uma opção de fazer com que isso pudesse chegar a mais pessoas”, relata Jaqueline.
O projeto
O podcast de Jaqueline Rodrigues trata sobre as histórias de mulheres que são diaristas e faxineiras. Ela buscou trazer diversas histórias e também trazer informações para esse público. O foco, no entanto, será nas histórias dessas mulheres, em quem elas são e o que elas pensam sobre a vida. A ideia é dar voz a essa parcela que é esquecida no Brasil.
“A história que mais me inspira é a da minha mãe. Ela é diarista, faxineira e sempre sustentou a família através dessa renda e eu sempre via o esforço e as humilhações que ela passou. Ela sempre será minha referência para ir atrás dos meus objetivos”. A futura jornalista conta que sua intenção é trazer ela e tantas outras mulheres para o holofote, lugar a elas preterido.
Fonte: Dados coletados em entrevista a Jaqueline Rodrigues por Euclides Nunes.