Naturalidade: Brejo do Cruz – PB
Nascimento: 1 de março de 1914 / Falecimento: 6 de fevereiro de 1988
Formação: Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais (1937) pela Faculdade de Direito do Recife.
Atividades exercício-profissionais: Professor, advogado, promotor de justiça, diretor de jornalismo e político.
João Agripino de Vasconcelos Maia Filho veio de uma família de forte influência política no interior paraibano. Filho do advogado, fazendeiro e ex-deputado estadual João Agripino de Vasconcelos Maia e da senhora Angelina Mariz Maia, teve outros parentes que ingressaram na vida pública, como o seu avô, o ex-deputado federal Antônio Marques da Silva Mariz, além do tio José Mariz, o primo Antônio Marques da Silva Mariz, que foi governador do estado e o seu irmão, Tarcísio Maia, que ocupou o mesmo cargo no Rio Grande do Norte.
O ilustre paraibano estudou na Escola D. Higina, no Ginásio Santa Luzia, localizado na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte e, posteriormente, foi aluno no Liceu Paraibano, em João Pessoa. Ainda no colegial, foi Procurador da Prefeitura de Brejo do Cruz e militou como líder estudantil, fazendo parte do grupo de oposição ao integralismo e ao nazismo. Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais.
Iniciou sua carreira como professor primário e advogado de pequenos camponeses. Foi também promotor público do Jardim do Seridó e um dos fundadores da União Democrática Nacional (UDN), que se opunha ao integralismo e ao nazismo, além de advogado da prefeitura de sua cidade natal e diretor do jornal Tribuna do Povo.
Sua trajetória política o tornou umas das personalidades mais importantes do estado. Em 1945, candidatou-se pela primeira vez a deputado federal, pela União Democrática Nacional (UDN), cumprindo sucessivos mandatos até 1961. Nesse ano, se licenciou para ser o primeiro ministro titular do Ministério de Minas e Energia, cargo que ocupou durante o governo Jânio Quadros, de 31 de janeiro a 25 de agosto de 1961, voltando depois para a Câmara Federal. Também passou pelo Tribunal de Contas da União, como presidente da entidade.
Em 1962, João Agripino assumiu o mandato de senador, mas não o concluiu por conta de sua posse como governador da Paraíba, cargo que ocupou de 31 de janeiro de 1966 a 15 de março de 1971. Foi o último a ocupar esse posto no estado através de eleição direta, antes do fim do voto popular ocorrido após o golpe militar.
O político apoiou o regime que, em 1964, depôs o presidente João Goulart e se filiou à Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Foi diretor do Banco Industrial de Campina Grande e ministro do Tribunal de Contas da União, órgão que presidiu no ano de 1973. Na volta do multipartidarismo em 1981, filiou-se ao Partido Popular (PP), consolidado no Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), e se elegeu mais uma vez a deputado federal em 1982.
João Agripino Filho morreu em 6 de fevereiro de 1988, aos 74 anos. Em 2014, sua família organizou uma programação em memória ao centenário do seu nascimento. As solenidades foram promovidas em parceria com o Governo do Estado, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o Instituto Histórico e Geográfico (IHGB) e a Arquidiocese da Paraíba, e ocorreram nas cidades de Brejo do Cruz, João Pessoa e em Brasília. Muitas foram as homenagens prestadas à ilustre figura pública. Entre elas houve um concurso realizado pela UFPB, que elegeu a melhor monografia sobre sua vida e uma sessão solene no Congresso Nacional, que reuniu alguns de seus familiares e políticos paraibanos.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Agripino
http://coisasdecajazeiras.com.br/solenidades-marcam-centenario-do-ex-governador-joao-agripino/
