Naturalidade: Portugal/radicado na antiga província da Paraíba
Nascimento: 1840
Atividades: Guarda-livros, abolicionista, poeta e jornalista.
Guarda-livros, abolicionista, poeta e jornalista. Nasceu em Portugal mais ou menos em 1840, chegando à antiga província da Paraíba, quando tinha cerca de 30 anos. Nessa, se casou, defendeu com afinco o abolicionismo. Participou ativamente da vida literária e jornalística da Paraíba, principalmente através da publicação de sua prosa poética, crônicas, poesias e contos, além da transcrição dos escritos de Heine, durante todo o ano de 1895, na Gazeta do Comércio.
Segundo descrição de Liberato Bittencourt, o jornalista era médio na estatura e bastante afável. Seu grau de generosidade teria o levado à pobreza na sua velhice, vivendo-a em “verdadeira penúria”. Como homem de letras, conhecia o português e dominava o inglês e francês. No ano de 1891, publicou sistematicamente sua prosa poética no jornal O Estado da Paraíba.
Entre essas citamos “Sem Ventura”, de 06 de setembro de 1891, “Nostalgia”, em 31 de maio de 1892; “Ritmos”, em 10 de abril de 1892; “Threnos”, em 21 de junho de 1892. Neste período, o jornal O Estado da Paraíba se constituía como grande divulgador da literatura, com publicações sistemáticas de Coelho Neto, Eça de Queiroz, Luiz Guimarães Junior.
Em 1903, com cerca de sessenta anos, publicou pela tipografia de Manoel Henrique de Sá o Livro de Branca, em homenagem à Branca Dias, paraibana queimada pela inquisição. O livro é escrito em prosa e verso. Horácio de Almeida lhe atribui as seguintes publicações: Carta aberta ao Exmº. Sr. D. Adauto, Bispo da Paraíba, s/ed, 1899; Carta aberta às paraibanas, 1899; Da praia ao monte, Paraíba: Torre Eiffel, 1909; Folha soltas, Paraíba: Imprensa Oficial, 1904.
Ivanhia Kelly
Fontes:
http://www.cchla.ufpb.br/jornaisefolhetins/acervo/pequeno_d.pdf
Referência:
ALMEIDA, Horácio. Contribuição para uma bibliografia paraibana. João Pessoa: A União, 1994.
BITTENCOURT, Liberato. Homens do Brasil; vol. II (Parahybanos ilustres). Rio de Janeiro: Gomes Editora, 1949.