Naturalidade: Sousa-PB
Nascimento: 22 de junho de 1827
Atividades: General paraibano colaborador do movimento republicano
General José de Almeida Barreto, nasceu em 22 de junho de 1827, em Sousa-PB, foi elemento decisivo na hora da Proclamação da República, sendo um dos primeiros a se unirem com sua brigada ao general Deodoro da Fonseca, responsável pela efetiva proclamação e primeiro Presidente da República do Brasil.
José de Almeida Barreto ingressou no Exército em junho de 1849, e foi promovido a alferes em dezembro de 1855. Lutou na Guerra do Paraguai (1865-1870), sendo promovido a tenente em janeiro de 1866, e a capitão em fevereiro de 1869. Ao final do conflito, recebeu as condecorações de Aviz e da Rosa e as medalhas do Mérito Militar e da Campanha do Paraguai conferidas pelo Brasil e a Argentina. Prosseguindo na carreira militar, foi promovido a major em dezembro de 1871, a tenente-coronel em junho de 1876, a coronel em julho de 1881 e a brigadeiro em julho de 1887.
Almeida Barreto se tornou um colaborador útil e privilegiado do movimento republicano. Em 15 de novembro de 1889, foi um dos militares que estiveram ao lado do marechal Deodoro da Fonseca quando este depôs o gabinete de ministros do Império chefiado pelo visconde de Ouro Preto e instituiu o governo provisório da República. No dia da Proclamação, esteve no comando de uma brigada de mais de mil homens, incluindo praças, marinheiros, fuzileiros navais, policiais e bombeiros, com a qual deveria combater o destacamento dos revoltosos. Ele não cumpriu a missão que lhe foi designada e apenas circulou pelo Campo de Santana com a brigada, fingindo que iria atacar. Ao invés de atacar, passou para o lado do marechal Deodoro da Fonseca, ajudando-o a comandar as forças revoltosas.
Em setembro de 1890, foi eleito senador constituinte pelo estado da Paraíba. Assumiu sua cadeira em 15 de novembro seguinte, quando foi instalada a Assembleia Nacional Constituinte no Rio de Janeiro, agora Distrito Federal, e em 21 de dezembro foi promovido a marechal de campo. Durante os trabalhos de elaboração da primeira Constituição republicana do país, defendeu o presidente Deodoro da Fonseca (1889-1891).
Promulgada a nova Carta constitucional em 24 de fevereiro de 1891, em junho seguinte passou a cumprir o mandato ordinário no Senado Federal. Ainda em 1891 tornou-se conselheiro de guerra do Conselho de Superior Militar, mas afastou-se do cargo por divergências com o então vice-presidente marechal Floriano Peixoto. Foi perseguido e exilou-se, mas foi anistiado e, em 11 de janeiro de 1892, reformou-se como marechal por Floriano Peixoto, após ter assinado o Manifesto dos 13 generais.
Em 1899, foi reeleito senador pelo estado da Paraíba e em 1901 tornou-se ministro do Supremo Tribunal Militar, cargo que ocupou até falecer, na cidade do Rio de Janeiro, no dia 3 de maio de 1905.
Foi também comandante de Armas de Pernambuco e comandante superior da Guarda Nacional da capital.
Israela Ramos
Fontes: