Pesquisa e texto: Jonas do Nascimento dos Santos
Naturalidade: João Pessoa-PB
Atividade artístico-cultural: cantora e produtora cultural
Atividade Profissional: jornalista
Formação Acadêmica: Bacharelado em Jornalismo na UFPB (2016)
Projetos Musicais: AfroNordestinas; Sinta A Liga Crew
Facebook: https://www.facebook.com/AfroKalyneLima
Instagram: https://www.instagram.com/kalynelimamc/
Kalyne Lima é jornalista de formação, e criadora de conteúdo para mídias, é produtora cultural e atua na área da educação de jovens e adultos. Fora os trabalhos formais e constantes, Kalyne atribui outros hobbies e funções na sua rotina, como artista de graffiti, palestrante e promotora de projetos socioculturais. Em 2008 foi convidada por Celso Athayde, fundador da CUFA (Central única de Favelas) para representar o projeto na Paraíba. Ela fundou, foi coordenadora estadual e vice-presidente da CUFA Nacional até 2012. Promoveu inúmeros projetos como produtora cultural e produtora de projetos sociais. Atuava na frente cultural, artística e social. Em 2012, ingressou no jornalismo e parou com a música para se dedicar aos estudos, mas por apenas 2 anos, voltando com o projeto AfroNordestinas em 2016. Já nesse ano, também surgiu a Sinta A Liga Crew.
Em 2016, com a volta do AfroNordestinas, já faziam parte do grupo Camila Rocha, uma rapper de Campina Grande que estava morando em João Pessoa e Preta Langy, rapper local, que cantava em um grupo misto mas estava começando seu trabalho solo também. Kalyne percebeu que esse era o momento que mais tinham mulheres no Rap local. Para se ter uma ideia de como era escasso o movimento feminino na época, Kalyne contabilizou quatro cantoras e ainda assim foi o momento mais feminino do cenário local em 2016. Observando o comportamento dos produtores de eventos daquela época, era muito difícil um grupo de Rap feminino. Já que o número de rappers femininas em João Pessoa era baixo, o número de rappers femininas e ainda freestylers (praticante de freestyle) era quase inexistente. Então ela entrou em contato com os produtores locais e expôs seu trabalho que tinha com as AfroNordestinas, mesmo não sendo rappers de estilo livre, eram rappers femininas. Antes disso tudo acontecer, houve uma tentativa de montar um coletivo feminista de mulheres produtoras e artistas. Para dar visibilidade à cadeia produtiva encabeçada por mulheres, mas que por conta de outros projetos em prioridade e terminou não indo para frente. Segundo Kalyne, Sinta A Liga Crew já nasceu grande, pois foi uma sucessão de fatos para que fosse criado esse coletivo, que abalou as estruturas em 2016 e até hoje dá muito o que falar. De lá pra cá, a banda se estruturou e se estabeleceu na cena de uma forma muito poderosa. O que é mais importante para Kalyne foi ter conquistado esse espaço sem precisar ter se moldado ao que possivelmente o mercado gostaria de consumir. Elas foram defendendo aquilo que acreditavam, as músicas tratam sobre as dores, as trajetórias e os ideais de como o mundo deveria ser. Em 2023, Kallyne foi empossada como presidente nacional da CUFA, em cerimônia no Teatro Santa Roza, em João Pessoa. A cerimônia contou com a presença e fala de membros da CUFA e autoridades e também com apresentações musicais dos grupos Maracatu Nação Pé de Elefante, Trio Kalmjazz, Banda Tracundum e DJ Lanne Frontt.
Fontes:
https://cufa.org.br/kalyne-lima-e-empossada-como-presidente-nacional-da-cufa-em-teatro-na-paraiba/
https://blogparaibaartes.wordpress.com/2019/09/13/kalyne-lima-girl-power-made-in-paraiba/