Lucas Queiroga

Naturalidade: João Pessoa-PB

Nascimento: 10 de outubro de 1990

Atividades artístico-culturais: Ator, cantor, compositor e poeta

Instagram: https://www.instagram.com/lukete00/ 

Lucas Queiroga Vieira de Melo, de nome artístico Lucas Queiroga, também conhecido como Lukete (apelido de infância), é ator, compositor, cantor e poeta. O artista nasceu em 10 de outubro de 1990, em João Pessoa-PB, onde reside desde então.

“Vim morar no Bessa com três anos de idade e até hoje moro no mesmo lugar. Tive uma infância de rua de barro, de tomar banho de mar, de surfar, de jogar bola, soltar pipa… pega-pega, criávamos muitas brincadeiras, tive uma infância muito sadia, de muitas amizades que permanecem fortes até hoje. Foi incrível! Desejo uma infância como a minha para todo mundo”, relata Lucas sobre suas vivências durante a infância.

Lucas Queiroga formou-se em Engenharia Ambiental pela Faculdade Internacional da Paraíba, em 2013, chegou a abrir uma empresa, trabalhou como autônomo, “me virei visando a sobrevivência mesmo, de arrumar uma grana e pagar as contas, não me sentia colaborador do mundo sendo engenheiro, mesmo amando e achando incrível a função da profissão. Não era para mim e dei um ‘coice’ depois que eu conheci o teatro (risos) ”, disse.

Filho de Natália Maria Seixas de Queiroga, natural de Campina Grande-PB e de Luiz Augusto Vieira de Melo, natural de São Miguel de Taipu-PB, o artista enfatiza que sua mãe foi quem mais inseriu cultura em sua vida, “desde pequeno, ela colocava vinil para que eu escutasse, só coisa boa, de qualidade. Mas quando decidi fazer teatro rolou aquela imposição social né?! Rolou dela chegar pra mim e dizer: meu filho, não perca tempo vá fazer um concurso! Mas, com pouco tempo, ela já teve a confirmação de que era aquilo mesmo que eu queria. Atualmente, me incentiva pra caramba, canta as minhas músicas, têm as minhas poesias favoritas, pede pra eu fazer para os amigos dela, confia em mim e me critica de forma construtiva. Quando quero saber se o que fiz está bom, mostro para ela, se ela gostar, o mundo vai gostar porque ela é bem cricri (risos).”

Desde cedo apresentou vocação para a arte, iniciando a vida artística na igreja.

“Sempre fui extrovertido, herdei isso da família do meu pai, na família dele todo mundo é assim. As pessoas sempre me disseram: tu deverias ser artista! Eu me imaginava fazendo um milhão de coisas, dando entrevistas, fazendo filmes e novelas. Me imaginava em cima de um palco, mas, ao mesmo tempo, achava tudo isso muito distante, impossível. Meus primeiros passos na vida artística foram em encontros de jovens com Cristo, foi onde me destaquei e passaram a me conhecer, por isso, eu gostava mais que todo mundo e acabava me dedicando mais. Então, me recorriam para escrever músicas, fazer paródias e peças de teatro. Sempre estava fazendo peças, dirigindo. A arte foi uma das coisas que me seguraram na igreja, lá foi meu ponta pé inicial. ”

“Em 2015, participei de uma oficina no Centro Cultural Piollin com Marcelo Marques Teixeira, que foi finalizada com uma apresentação. Eu não estava ali de corpo e alma, não entendia bem o universo. Mas, vivi aquele processo e me acrescentou demais, abriu a minha cabeça. Foi o meu primeiro trabalho como ator, de fato aberto ao público”, disse.

Lucas cita a influência da família e das amizades em sua arte, “fui encontrando muitos artistas incríveis no caminho, convivo com pessoas que foram me influenciando, professores de teatro, músicos, compositores, poetas, essa galera que vive arte é que de fato me inspiraram. ” 

Quando perguntado sobre suas inspirações artísticas Lucas cita nomes como Jessier Quirino, “sou fã doente, é um extraterrestre, ser humano incrível (risos). Assim como, Marcelo Piancó (in memoria) que era poeta, humorista e tive o privilégio de conhecer através dos meus pais, já que eram amigos. Zé Neto, poeta, cantor, temos uma banda juntos, conheço de perto, sei como é o processo criativo dele, ele respira arte, além de Suzy Lopes, atriz que já me dirigiu em projetos. Essas pessoas além de artistas incríveis são meus amigos, estão próximas a mim, respiram arte e são as minhas maiores inspirações com toda certeza”, disse Lucas. 

 “Em 2018, abri o evento do Tedx também foi uma experiência marcante, só entendi o tamanho dele quando cheguei lá, tinha 600 pessoas num auditório, gaguejei no palco (risos), foi logo no começo, tudo aconteceu muito rápido para mim, fui indo sem medo de ser feliz, me expondo ao ridículo, mas fui. O Tedx foi uma coisa grande para mim, tomei gosto ali, assisti as palestras, escrevi outra poesia e cheguei na organizadora e disse: deixa eu encerrar, é rápido. Ela permitiu e encerrei já um pouco mais solto, foi um grande marco pra mim na poesia. ”

“Outro grande marco foi conhecer Jessier Quirino, em 2020, entrei na casa dele, tomamos uma lapadinha de cachaça juntos, conversamos e pude mostrar uma poesia que fiz para homenageá-lo, no programa dele. Foi um grande momento. ” 

Na atuação, “na minha primeira peça, na Funesc pós curso, tive direção de Roberto Cartaxo, foi a última peça que Roberto dirigiu na vida, pude conviver, ser dirigido e escutar, foi marcante. Em outubro de 2018, fiz uma participação em “Malhação”, foram 3 episódios, foi uma grande oportunidade, não gostei da minha performance, mas aquilo ali abriu muito minha cabeça, pensei: é possível ter oportunidades de fazer grandes trabalhos! É isso que quero fazer! ”

Lucas Queiroga além de ator e poeta integra a Banda Artéria, junto com Lucas Dantas e Zé Neto, amigos que o acolheram e o incentivaram na música, a banda foi lançada em novembro de 2020, todas as composições são autorais.

Israela Ramos

Fonte:

Entrevista com Lucas Queiroga feita por Israela Ramos