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Data de publicação do verbete: 10/08/2016

Manoel d´Almeida Filho

Foi como poeta de bancada que edificou sua monumental obra literária. Tornou-se membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, no Rio de Janeiro.
Data de publicação: agosto 10, 2016

Naturalidade: Alagoa Grande – PB

Nascimento: 13 de outubro de 1914 / Falecimento: 08 de junho de 1995

Atividades artístico-culturais: Poeta popular e cantador.

Folhetos de sua autoria: A Menina que Nasceu Pintada com as Sobrancelhas Raspadas (1936); Vicente o Rei dos Ladrões (1957); A Luta de Zé do Caixão com o Diabo (1972); A Briga de São Pedro com Jesus por Causa do Inverno (1986); Vida, Vingança e Morte de Corisco (1986); O Milagre de Apolo (1986); Como Ser Feliz no Casamento (1988); Os Amigos do Barulho, e o Bandido Carne Frita (1991); A afilhada da Virgem da Conceição (1995); Rufino o Rei do Barulho; Padre Cícero o Santo do Juazeiro; Jesus Cristo e o Mestre dos Mestres; A Mulher que Enganou o Diabo; Os Três Conselhos da Sorte; Josafá e Marieta; Gabriela, Jesus e o Homem do Surrão Misterioso; A Troca das Esposas e Os Cabras de Lampião (considerado a sua obra prima – foi publicado em primeira edição em 1965) e  “O Direito de Nascer”, com 719 estrofes, o mais longo poema em versos de cordel já escrito, a sua obra é a mais extensa da poesia popular brasileira.

Filho dos agricultores Manuel Joaquim de Almeida e Josefa Pastora da Conceição, viveu exclusivamente no campo até por volta dos oito anos, quando foi levado pela primeira vez à cidade, quando entrou em contato a literatura de cordel. Quis aprender o ABC para decifrar as palavras nos folhetos, tornando-se um leitor habitual do gênero.

Por volta de 1936, vivendo como operário na capital paraibana publicou seu primeiro folheto: “A moça que nasceu pintada, com unhas de ponta e sobrancelhas raspadas”, que versava sobre um caso polêmico ocorrido no interior do estado; o sucesso do primeiro poema animou o jovem Manoel que resolveu dedicar-se inteiramente à poesia popular e ao ofício de editor e vendedor dos livretos de cordel. Assim, passou a escrever febrilmente e a editar folhetos (imprimindo em papel barato e em pequenas tipografias manuais) e vendia suas produções em feiras do interior da Paraíba e de Pernambuco.

Como folheteiro ambulante, teve contato com violeiros e cantadores sertanejos, dos quais buscou inspiração para suas obras escritas e, por algum tempo, tornou-se também um deles. Mas, foi como poeta de bancada que edificou sua monumental obra literária.

Em 1965 começou a trabalhar em São Paulo como selecionador de folhetos de cordel para a Editora Luzeiro, onde atuou até 1995; neste mesmo ano tornou-se membro da  Academia Brasileira de Literatura de Cordel, no Rio de Janeiro.

Confira um trecho do cordel “Os Cabras de Lampião”  (1965):

Entre os fatos mais falados

Pelas plagas do sertão,

Temos as grandes façanhas

Dos cabras de Lampião

Mostrando quadras da vida

Do famoso capitão.

 

Em diversas reportagens

De revistas e jornais

Com testemunhas idôneas,

Contando fatos reais,

Coligimos neste livro

Lances sensacionais.

 

Desde quando começaram

Os bandidos mais famosos

Que por várias injustiças

Tornaram-se criminosos,

Vingativos, deslmados,

Assaltantes, perigosos.

[…]

Folheto Vitual Cordel – Manoel d´Almeida Filho/Fonte:

http://docvirt.com/docreader.net/docreader.aspx?bib=CordelFCRB&pasta=Manuel%20d%27%27Almeida%20Filho&pesq=

Fontes:

http://www.casaruibarbosa.gov.br/cordel/ManuelDalmeida/manuelDalmeida_biografia.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_d%27Almeida_Filho

http://www.jornaldodiase.com.br/noticias_ler.php?id=13411

Uma resposta

  1. Conheci tio Manoel, como o chamava,muitas conversas,era casado com tia Lourdes, irmã da avó de minha esposa,visitava constantemente sua banca no mercado municipal de Aracaju! Estive no seu funeral em 1995! Muito triste!

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