Pesquisa e texto: Jonas do Nascimento dos Santos
Naturalidade: Campina Grande-PB
Nascimento: 12 fevereiro de 1946
Atividade artístico-cultural: cantor, compositor e violonista
Formação Acadêmica: Graduação em Engenharia Agrônoma pela UFRPE; Pós -Graduação na Universidade Católica de Louvain (Bélgica); Sorbonne (França)
Grupo Musical: Quinteto Violado
O cantor, compositor e violonista paraibano Marcelo Melo é filho de uma família com cinco filhos, foi o terceiro e todos tiveram iniciação musical particular e com o apoio de um piano na sala de casa. Manteve esses estudos musicais dos seis aos oito anos, mudou-se para o Recife nos anos 1950, onde durante por quatro anos participou de um conservatório de música, teoria e prática em piano. Encantado com a sonoridade dos instrumentos de corda, buscou o violão como meta para dedicar sua musicalidade intuitiva. Começou seu relacionamento apaixonado pelo Violão, do qual não mais se separou. Encontrou alguns professores práticos, e com métodos não acadêmicos foi descobrindo caminhos, sempre interessado pela música popular.
Durante seus estudos acadêmicos, manteve sempre paralelamente atividades musicais amadoras, na área de teatro musical e Cultura popular. Como violonista e cantor gravou com Geraldo Vandré, Nara Leão, Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jair Rodrigues, entre outros. No Recife fez parte de alguns grupos de pesquisa de pesquisa musical com montagens e produções e participando em festivais de música, em 1971, retornando da Europa, idealizou e fundou com o parceiro musical Toinho Alves um grupo musical dedicado à música popular regional que foi denominado Quinteto Violado, grupo que já ganhou vários prêmios e fez várias turnês nacionais e internacionais, uma obra com mais de mais de 60 álbuns entre LPs, 60 álbuns entre LPs, CDs, DVDs, três livros CDs, DVDs, dois livros biográficos, um de autoria de Gilvandro Filho e o outro de de autoria de José Teles.
Marcelo Melo é o único remanescente original do grupo, onde continua ativo em suas produções e composições musicais. Suas influências musicais do passado, sempre foram descobertas na música brasileira, no choro, na sonoridade dos grupos regionais, os sambas de Noel Rosas, Augusto Calheiros, Nelson Gonçalves, Miltinho, Elizete Cardoso, etc. Até chegarmos à Dolores Duran e finalmente Elis Regina, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Luiz Gonzaga, Sérgio Ricardo, Geraldo Vandré, Elomar, Gonzaguinha, Dominguinhos, entre outros.
Em seu processo de compor, normalmente tendo poucas composições com letra e melodia, quando lê um poema já imagina um desenho melódico e começa a trabalhar com o violão e dessa forma surgem as suas ideias de ritmos e levadas. Algumas vezes, vêm de letristas que se identificam como seu parceiro Gilvandro Filho, onde possuem boa afinidade de ideias, o que traz bons resultados. Observando o que vem acontecendo com os artistas brasileiros, na qualidade onde se identifica, Marcelo sente que está ficando difícil conseguir que sua produção artística, coerente com a linguagem do grupo Quinteto Violado, faça boa presença na grande mídia tradicional, vendo as redes sociais como estratégia, buscando seu espaço nas plataformas digitais atuais.
Marcelo acompanha a cobertura feita pela grande mídia da cena musical com bastante cuidado e preocupação, para ele de modo geral essa chamada “grande mídia” nunca está isenta, onde o capital fala mais alto, a educação é muito limitada e, como consequência, a cultura musical.
Fontes: