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Data de publicação do verbete: 23/02/2016

Margarete Aurélio

O figurativismo da artista produz obras cativantes. Ela realiza incursões pelo interior da Paraíba, captando imagens inocentes da infância e traduzindo-as em admiráveis obras de arte.
Data de publicação: fevereiro 23, 2016

Naturalidade: Campina Grande – PB

Nascimento: 1967

Formação artístico-educacional: Oficina Desenho, desenho – com Gil Vicente, XII Fenart, Funesc (João Pessoa, 2008); Oficina Tudo é desenho, com Chico Dantas, Usina Cultural Energisa (João Pessoa, 2008), e graduanda em Sociologia (UFPB).

Atividades artístico-culturais: Artista plástica (pintura e desenho).

Exposições Individuais: As meninas, Centro Cultural BNB (Fortaleza CE, 2008/Sousa-PB, 2012); Zarinha Centro de Cultura (João Pessoa, 2008); Energisa Sede (João Pessoa, 2008); Festa do Brasil, Begegnungszentrum (Erlangen/ Alemanha, 2008); Crianças do Porto do Capim, Galeria de Arte Archidy Picado/ Funesc (João Pessoa, 2007); Crianças do Brasil, Galerie Tanzerei-Fürt (Nuremberg/ Alemanha, 2006); Images de lumière, Galerie Renoir, Le Latina (Paris/ França, 2005); Gente do Sertão, Galerie Tanzerei-Fürt (Nuremberg/ Alemanha, 2004); As meninas do sobrado, Aliança Francesa João Pessoa (2000); Cores da vida, Galeria Funjope (João Pessoa, 1999); Cores do Maracatu/ XXIII Festival de Inverno de Campina Grande, Teatro Municipal (Campina Grande-PB, 1998); Personagens da Feira/ XII Congresso Brasileiro de Teoria e Crítica Literária, Teatro Municipal (Campina Grande, 1995); XIX Festival de Inverno de Campina Grande, Teatro Municipal (Campina Grande, 1994); Pinturas, Galeria Arte Nossa (João Pessoa, 1994).

Exposições Coletivas: Obra inventário, Espaço Cultural Marcantônio Vilaça (Brasília-DF, 2011); 12º Salão Nacional de Artes de Itajaí (Itajaí-SC, 2010); As cores da arte paraibana, Usina Cultural Energisa (João Pessoa, 2010); Desenho: tudo é desenho!, Centro Cultural BNB (Sousa-PB, 2009), Galeria de Arte Archidy Picado/ Funesc (João Pessoa, 2009); Universo feminino, Casarão 34 (João Pessoa, 2008); IX Bienal do Recôncavo – Menção Honrosa, Centro Cultural Dannemann (São Félix-BA, 2008);Terra ignota – Homem do Norte, Centro Cultural BNB (Sousa, 2007); Retratos, Centro Cultural Oboé (Fortaleza CE, 2001); Da tradição e da gente, Galeria Arte Nossa (João Pessoa, 2001); Regionalismo brasileiro (Ovar/ Portugal, 1998).

Participação em projetos: Construção e vivência marcando livros, Fundo Municipal de Cultura, João Pessoa (ministrante/2011); Fabricação artesanal de tintas e outros materiais, Programa BNB de Cultura, Sousa, João Pessoa e Cabedelo (monitoria/2009); XIII Fenart, Funesc, Oficina de criatividade, João Pessoa (ministrante/2010); Fabricação artesanal de tintas e outros materiais, Programa BNB de Cultura, Sousa, João Pessoa e Cabedelo (assistente/2009); Memória das artes visuais na Paraíba – do século XIX à contemporaneidade, Usina Cultural Energisa, João Pessoa (monitora/2008); Pequenos Ensaios, Programa BNB de Cultura, Lucena, Cuité de Mamanguape e Monteiro (ministrante/2008); Semana da Criança, Funesc, Oficina de criatividade, João Pessoa (ministrante/2007); Gravura para todos – da escola à galeria, FIC Augusto dos Anjos, João Pessoa, Areia e Pombal (assistente/2006); Mercado de arte, Funesc, Oficina de criatividade, João Pessoa (ministrante/2006).

Margarete Aurélio é natural de Campina Grande-PB, porém vive e trabalha em João Pessoa. Reúne experiência em ações didáticas e oficinas de criatividade para crianças. Um dos seus projetos que foi realizado no ano de 2008, o Projeto Pequenos Ensaios (Programa BNB de Cultura) envolvendo crianças das cidades paraibanas: Lucena (Litoral), Cuité de Mamanguape (Brejo) e Monteiro (Sertão), demonstra a sua sensibilidade.

A artista tem realizado exposições no Brasil e exterior, com destaque para as individuais no centro cultural BNB (Fortaleza, Brasil), na Galerie Tanzerei (Nurnberg, Alemanha), La Latina (Paris, França) e Galeria Louro&Canela (João Pessoa, Brasil).

Ela participa do grupo “As Meninas”, que se constitui como um grupo de artistas plásticos da cidade de João Pessoa – formado por Alena Sá, Diógenes Chaves e Margarete.

O nome surgiu de um projeto homônimo da artesã e desenvolvido com crianças do Sítio Tungão, nos arredores de Monteiro, cidade distante 450 km da capital João Pessoa. Sua convivência com estas crianças vem há dez anos, quando passou a frequentar a comunidade e descobriu a ternura e simplicidade daquela gente. Na verdade, seu primeiro interesse no sítio Tungão foi conhecer a pifanista Zabé da Loca, 87 anos, que vivia numa loca (espécie de gruta ou caverna) no alto da serra. A ideia do grupo é produzir múltiplos artigos como bolsas, azulejos, camiseta, entre outros, a partir da obra de cada um dos artistas.

Em Agosto de 2015, ela fez uma exposição individual na Usina Cultural Energisa em João Pessoa, “Mesmas Meninas. Outras Meninas”, selecionada no Edital de Ocupação 2015/2016. As obras trazem trabalhos de resina aplicada sobre desenhos, pinturas e colagens em vários suportes, como tela, cartão, madeira, papel, etc.

A exposição “Mesmas Meninas. Outras Meninas” retrata uma nova leitura de crianças do Sítio Turgão, que fica nos arredores de Monteiro, Cariri Paraibano, que se tornaram amigas e “modelos” da artista, desde seu primeiro encontro com elas, em 1999. Com o passar do tempo, as meninas cresceram e se tornaram outras meninas. Com isso, na tentativa de criar uma nova série de obras sobre as meninas, Margarete deixou de lado fotografias e imagens e foi buscar na memória uma nova forma de mostrá-las.

Neste trabalho, a artista experimentou papéis e materiais, resina e outras texturas que, naturalmente, resultou em ‘outras meninas’. “Tatuadas, coladas, camufladas, quase invisíveis… Mas minha memória teima em preservá-la. E a aplicação de resina também dá ideia de permanência, como as mesmas meninas: simples, alegres, tristes”, revela Margarete.

Para o artista plástico e curador Dyógenes Chaves, a série de trabalhos que compõe a exposição “Mesmas Meninas. Outras Meninas” trazem o melhor momento da artista paraibana. “Quando me apresentou, há pouco tempo, uma série inédita de obras, com aplicação de resina na superfície; fruto de imensa prática para dominar o tempo certo de cura, comecei a crer que se tratava do momento mais amadurecido do seu fazer artístico e conceitual. A resina sobre a obra iria garantir, segundo ela, a permanência do tempo. Ou seja, essas meninas, que hoje já estão adultas, continuariam para sempre as mesmas meninas”, declara.

O figurativismo da artista produz obras cativantes. Ela realiza incursões pelo interior da Paraíba, captando imagens inocentes da infância e traduzindo-as em admiráveis obras de arte. Margarete Aurélio é um raro talento no desenho à pastel.

Fontes:

http://ocadernoartesvisuais.blogspot.com.br/p/a-artista-margarete-aurelio.html

https://asmeninas.wordpress.com/margarete-aurelio/

http://www.maispb.com.br/119998/margarete-aurelio-faz-exposicao-na-usina-cultural-energisa.html

https://asmeninas.wordpress.com/margarete-aurelio/

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