Naturalidade: Sapé – PB
Nascimento: 31 de agosto de 1996
Atividade exercício-profissional: DJ
Formação: Graduado em Enfermagem
Instagram: https://www.instagram.com/djmaxabreu/
Maylton de Abreu Santos, nasceu em Sapé-PB em 31 de agosto de 1996, foi morar em Recife com 3 anos de idade e lá ficou até os 18/19 anos. Retornou à Paraíba para fazer faculdade de Enfermagem e aqui permanece até hoje dividindo moradia entre Sapé e João Pessoa.
Sua história com a música começou na pré-adolescência, na época ele era evangélico e começou a notar o poder que a música, voz e instrumentos tinham sobre as vidas das pessoas, sobretudo na sua, visto que ele usava a música como recurso para fugir do bullying (por ser gordinho e extremamente tímido) e homofobia que sofria na escola. Em casa era proibido de ouvir músicas que não fossem evangélicas, mas como bom adolescente, ouvia escondido, na adolescência depois de passar por algumas mudanças, sair da igreja e se tornar um pouco mais seguro sobre si mesmo, teve a sua primeira experiência sendo dj de uma festa de Halloween, que sua turma organizou na escola no segundo ano do ensino médio, mesmo usando somente o notebook, não tendo técnica alguma e não sabendo tocar, para ele foi algo surreal.
“É inexplicável o sentimento que é você guiar um momento bom e ter a responsabilidade de criar e desenvolver uma vibe que conecte as pessoas presentes, que faça elas terem sensações, lembranças e principalmente sair um pouco dos problemas e realidades fora daquele momento de descontração. Isso é surreal. Além de tudo eu percebi que tocar também me fazia bem de outras formas, me ajudava a lidar com minha timidez enfrentando ela de frente e também ajudava a me expressar e falar através da música coisas que muitas vezes eu não conseguia verbalizar.”
Depois dessa experiência ele começou a mexer bastante nos softwares para DJs pelo computador e ver videoaulas no youtube, mas a sua primeira apresentação oficial só veio em 2017 quando se mudou para João Pessoa e teve a oportunidade de tocar num Pub do centro histórico, o Hera Bárbara. Na época seu apelido era Max, e o seu primeiro nome artístico foi ‘Mr. Max’. Pouco tempo depois ele teve a oportunidade de se tornar residente de uma boate em João Pessoa, que se chamava Seven Club, na época também começou a fazer parte da produção de eventos temáticos e o seu nome artístico mudou novamente, dessa vez para ‘Max Blanco’.
“Brincadeiras à parte eu acho que essas mudanças de nome refletiam minha mente bastante conturbada e indecisa na época, eu tive meu processo de formação pessoal um pouco atrasado por ter passado muito tempo me reprimido por questões que envolviam sexualidade, religião, aceitação e família, então passei um bom tempo tentando desconstruir barreiras em mim e tentando me conectar com a minha essência para assim então ter minha identidade e minha força de expressão de acordo com o que realmente sinto, gosto e sou. Eu passei a entender que inconscientemente eu usava outros sobrenomes porque na verdade eu já tinha sido tão rejeitado que eu queria tentar ser outra pessoa na esperança de ser aceito, e a partir do momento que eu comecei minha jornada de auto aceitação e amor próprio, eu passei a ter orgulho do meu nome de nascença e assim então surgiu o meu nome artístico definitivo, o ‘Max Abreu’.”
Seu caminho musical começou no Open Format (Formato Aberto), que é a categoria para DJs que tocam de tudo, pop, funk, eletrônica, axé, forró e outros. Tudo depende do estilo, tema e público da festa, pouco tempo depois conheceu e se apaixonou por Tribal House, que é uma vertente de música eletrônica onde as principais características são, o uso de muita percussão e o uso de vocais pops, daí para frente começou a aprender mais técnicas de mixagem e o manuseio de equipamentos mais modernos e profissionais com ajuda de pessoas que passaram pela sua vida.
Durante alguns anos tocou em alguns lugares e selos de festas por João Pessoa, mas não conseguia se doar 100% para a carreira como DJ, por ter que se dividir para dar conta da faculdade de enfermagem e o trabalho como barman/garçom que era necessário para se sustentar.
“Confesso que eu tinha muito medo de largar o emprego e viver só da música porque às vezes o mercado se mostra muito variante, mas teve um dia que um bom amigo puxou a minha orelha e disse, ‘Max você é artista, tem muito talento e ama tocar, você pode trabalhar e evoluir o seu lado artístico à um ponto que não irá te faltar trabalhos, foque e corra atrás que você consegue’. Então eu abri meus olhos e comecei a investir mais o meu tempo e dinheiro na minha carreira, parcelei meu notebook e minha controladora nos cartões da minha família, durante a pandemia entrei num curso e treinei bastante e quando a pandemia estava chegando ao fim, começaram a voltar os eventos e aos poucos eu fui percebendo que eu conseguiria me manter com as tocadas e conciliar meu tempo com a faculdade.”
Em 2022 se formou e começou a focar mais na carreira como DJ, além de voltar a produzir eventos temáticos, criou juntamente com uma parceira Dois Selos de festas, a Gloss em João Pessoa e a festa Rolê em Sapé-PB, 2022 definitivamente foi um divisor de águas na sua vida, surgiram oportunidades muito boas como tocar em boates e pubs por diversos lugares do nordeste como Natal, Maceió, Recife além de diversas cidades pelo interior da Paraíba, teve o privilégio de abrir o aniversário de 97 da sua cidade Natal, Sapé-PB, com um público de mais de 6 mil pessoas, ampliou seus horizontes e campo de atuação e atualmente toca em festas privadas, boates, bares, casamentos, festivais e confraternizações.
Em 2022 também lançou seu primeiro pack/EP com Mash Up’s exclusivos de nome ‘SAVAGE’ onde tem versões suas que são tocadas por diversos DJs do Brasil, lançou o INSTINTO SETMIX que já tem mais de 7 mil plays no Soundcloud e é seu xodozinho, deu início ao seu novo projeto que consiste em mostrar ao público e contratantes de sua identidade Sonora, surgindo então o Projeto ‘Activate yourself’ (Ative-se), esse projeto se divide em 4 Set’s, dois deles já foram lançados em 2022, o Modo Fervido (Tribal House) e o Modo Inteso (Funk e Pop).
“Já deixo uma informação em primeira mão, que o próximo lançamento desse projeto será em março com o ‘Modo Caliente’ (Reggaeton e Latinidades).”
E ele continua:
“Atualmente eu continuo minha jornada de auto aprimoramento, estudando, correndo atrás e me dedicando, tenho muito chão pela frente ainda, muita coisa que preciso aprender e muita coisa que preciso evoluir. Mas eu tenho observado e refletido que tudo acontece por um motivo, as vezes a gente não percebe, mas quando olhamos para trás e vemos o tanto de coisas que já superamos e o tanto que evoluímos com as experiências, tanto boas, quanto ruins, dá cada vez mais vontade de lutar e prosseguir. Eu só tenho a agradecer por tudo que vivi e tenho vivido, agradeço pelos meus amigos que estão do meu lado e me apoiam imensamente, a minha família que me apoia e torce por mim, as pessoas que me admiram e gostam do meu trabalho, aos meus amigos/parceiros de profissão, e principalmente a Deus/universo por sempre me surpreender e conspirar para que eu cresça como ser humano e como profissional. Uma palavra que resume minha jornada até aqui é Gratidão.”
Euclides Nunes
Fonte: Dados obtidos em entrevistas a Max Abreu por Euclides Nunes.
