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Data de publicação do verbete: 26/06/2024

Natália Luna

Poeta, produtora cultural e criadora.
Data de publicação: junho 26, 2024

Pesquisa e texto: Sandra da Costa Vasconcelos

Naturalidade: João Pessoa – PB

Atividade artístico-cultural: poeta e escritora

Atividade Profissional: produtora cultural e criadora, historiadora da filosofia 

Instagram: @_natalia.luna_

Natália Luna é pessoense. Bacharela em Filosofia pela Unicamp, é historiadora da filosofia. Além disso, é bacharelanda em Direito.

Dedica-se todo dia aos desatinos da linguagem, explorando a escrita automática como forma de acessar o inconsciente que se esconde nos subterrâneos da linguagem para encontrar a palavra liberada, dando passagem ao que antes desconhecido. Seu primeiro livro foi “Íntimo Exílio” publicado pela editora Urutau (2019). Seu segundo livro foi “Rumina” (2023), também lançado pela editora Urutau.

No primeiro livro, o quarteto composto por “A hora fundamental”, “da vileza do pouco”, “poema dos suplicantes” e “vapor cancioneira”, o lirismo de Luna ecoa de modo mais intenso, como se as palavras fossem notas pautadas nas linhas paralelas de cada verso.

Apesar da melodia não se tornar desarmônica e ruidosa em virtude das dissonâncias existentes, há que se destacar a dureza de seus acordes nesta analogia. O amor inválido em suas inumeráveis formas, deixado para trás feito poeiras acumuladas em qualquer canto, os limites dos sonhos, a insaciável e sôfrega entrega às paixões. 

No terceiro e quarto espaço dessa morada exílica, os poemas versam sobre as vivências e o não vivido, os lugares de ausência, o mundo a ser preenchido, os caminhos que levam “Para uma outra manhã de outono”, a busca de si mesma, do corpo que ama iluminado pelo amanhecer, horas e horas ritmadas pelo próprio eu lírico que segue ao encontro do lugar de refúgio. Mais do que uma entrega, oferta ou doação, a abertura de si para o Outro é também completude. É o fazer-se inteira na fruição dos afetos sem o cárcere da posse. O desapego de tudo que já não tem mais valia.

Natália Luna amplifica os sons por toda parte, em uma linguagem nova e acessível,  é uma poeta que se lança ao crivo de outros tantos e seus leitores, sem temer a exposição, o revelar-se por inteira, inclusive o desconhecido de outrora e sempre existente, emergido na tessitura das palavras. Natalia Luna também prestou homenagem aos 110 anos de Augusto dos Anjos, feito pelo Jornal A União, em poema chamado “Sonetos ao pai I e II” de autoria do mesmo.

Fontes:

https://agoraliteraria.home.blog/2020/08/18/intimo-exilio-de-natalia-luna/

https://jornaldaparaiba.com.br/cultura/110-anos-do-eu-poetas-paraibanos-declamam-augusto-dos-anjos

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