Naturalidade: João Pessoa – PB
Nascimento: 31 de maio de 1957
Formação: Graduação em Estatística (1977) pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Atividades artístico-culturais: Violonista, cantor, compositor e mestre.
Contatos: (83) 9 9382-7494 / (83) 9 8617-2930 / (83) 9 8617-2930
E-mail: nelio_torres@bol.com.br / neliobtorres@gmail.com
Facebook: https://www.facebook.com/neliobtorres
Site: http://www.neliotorres.com.br
Discografia: Tambaú (1990); Em Busca da Infância Encantada (2000); Canto Novo (2001); Jardim das Canções (2003); Boi dos Cajueiros (2007); Girassóis e Borboletas (2009); Zumbidos (2013).
Nélio Torres conviveu desde cedo com a música. Ainda criança escutava o seu avô tocar realejo e o seu tio Petrônio, o violão. Os sons causavam uma grande admiração no garoto por essa arte, sobretudo pela influência nordestina.
O vereador Mário Torres, pai do artista, realizou um trabalho muito positivo e emocionante para a família, em especial para Nélio, nos finais dos anos 1950 e 1960, quando presidente do Carnaval de João Pessoa.
A experiência paterna teve um forte impacto na vida de Nélio. “Meu pai me deixou um legado. Foi ele quem conseguiu apaziguar os ânimos e unir as manifestações do Carnaval do Estado. Meu avô, nas décadas de 1930 e 1940, tocava em Alhandra e Mata Redonda, portanto, meu contato não foi apenas com a música, mas com a cultura popular no sentido mais amplo”, contou.
De 1977 a 1979 morou em Catolé do Rocha, e entre os anos de 1979 e 1987 viveu em Olinda. Na cidade, cursou o Conservatório Pernambucano de Música, tendo como professores José Gomes e Henrique Annes. Durante esse período, o artista participou do I Festival Latino Americano de Cultura (FLAAC), em Brasília, e do I Encontro da Cultura e Juventude, na Barra do Jucu, em Vila Velha.
De 1987 a 2007, Nélio Torres morou no Rio de Janeiro, onde fez o curso básico de Música na Escola Villa Lobos. Os anos em que viveu na cidade fluminense foram os de sua maior produção artística. Em 1990, lançou seu primeiro disco intitulado “Tambaú”. No ano 2000 gravou o CD “Em Busca da Infância Encantada”, no SESC Tijuca, no Rio de Janeiro, com a participação especial de Bia Bedran.
O artista participou dos programas Canta Conto e Daniel Azulay, dos projetos Palco Sobre Rodas e Parques e Jardins, da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, através dos quais pode divulgar seus trabalhos e sua musicalidade.
No ano de 2001 lançou o CD “Canto Novo”, com a participação especial de Chiquinha do Acordeon, no Rio de Janeiro. Em 2002, compôs e cantou ao vivo as músicas da peça “O Casamento Suspeitoso”, de Ariano Suassuna. Com direção geral de Niette de Lima, o espetáculo viveu uma temporada de sucesso, no Espaço Cultural Santa Rosa de Lima, no bairro de Botafogo.
Em 2003, gravou o seu quarto CD, chamado “Jardim das Canções”, e realizou um grande show no Museu da República, no bairro do Catete, no estado carioca. Nos anos seguintes, esteve na III Bienal do Livro. Fundou o Boi dos Cajueiros, um grupo musical que realizou diversas apresentações na região de Maricá, no Rio de Janeiro. O músico também participou do IV Encontro dos Violeiros em Ribeirão Preto.
Em 2007, Nélio Torres voltou à sua terra natal, João Pessoa, onde realizou durante vários meses o evento “De Todas as Tribos”, na praça Antenor Navarro, no bairro do Varadouro. O artista apresentou um show de musicalidade nordestina e teatralidade folclórica. Fundou, ainda, a Associação Cultural Balaio Nordeste. Na mesma época lançou o disco “Boi dos Cajueiros”.
No ano de 2008, o paraibano participou do IV Encontro Mestres do Mundo, e do III Seminário Nacional das Culturas Populares, em Juazeiro do Norte e Crato. Produziu, dirigiu e lançou o vídeo “Xucuru-Cariri”, de Palmeira dos Índios, em Alagoas, no evento Cinema, Música e Poesia, no Casarão 34, juntamente com “Carne da Palavra”, de Pedro Osmar, com intervenções poéticas e musicais.
No ano de 2009 lançou o CD “Girassóis e Borboletas”. No dia 17 de abril de 2010, Nélio Torres e os índios Xucuru-Cariri e Cariri-Xocó realizaram uma apresentação no auditório da Estação Ciência Cabo Branco, em João Pessoa, em comemoração à semana do índio. Em 2013 gravou o disco “Zumbidos”.
Em 2015, Nélio recebeu da Academia Paraibana de Letras Jurídicas, o Título de Honra ao Mérito, entregue pela escritora Ana Isabel de Souza M. Andrade, representante da União Brasileira de Escritores da Paraíba. Daquele ano até 2016 trabalhou como mestre e coordenador do Cavalo Marinho da Paraíba, um folguedo da cultura popular local.
Nélio Torres é um músico e um cidadão engajado, que sente orgulho de suas origens nordestinas e de sua territorialidade brasileira. O cantor e compositor zela pela preservação das manifestações culturais que representam o seu povo e sua terra.
Fontes:
http://www.neliotorres.com.br/reportagens.asp
http://cantoresdonordeste.blogspot.com.br/2011/07/cn_2921.html