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Data de publicação do verbete: 05/10/2016

Parafuso

Um ícone da cultura nordestina, e foi inspiração para muitos músicos da região. O zabumbeiro também atuava como compositor. Gravou 74 canções com “Os 3 do Nordeste”.
Data de publicação: outubro 5, 2016

Naturalidade: João Pessoa – PB

Ano de nascimento: 16 de janeiro de 1940 /  Falecimento: 03 de outubro de  2016.

Atividades artístico – culturais: zabumbeiro e compositor

O músico paraibano Carlos Albuquerque de Melo, conhecido carinhosamente como “Parafuso”, ganhou esse apelido ainda quando trabalhava em uma fábrica de sal. A máquina de produção dos quilos de sal sempre precisava de uns contra-pinos, mas toda vez que ele precisava do acessório, pedia como “parafuso”, daí então os colegas de profissão começaram a chamá-lo de Parafuso.

Ele sabia apenas sabia tocar violão, e foi convidado a participar de um grupo para se apresentar na Central do Brasil. Na atuação,  o artista que não tinha muita intimidade com o instrumento, entrou xaxando com a zabumba de lado, e esse se tornou o grande diferencial da exibição.

Em 1969, Parafuso cantava serestas quando convidou o amigo Zé Pacheco para uma noite de farra. Nesta noite, conheceram o músico baiano Zé Cacau.  Anos depois, por volta de 1972, os três amigos formaram o grupo batizado inicialmente de “Trio Estrela do Norte” e depois “Luar do Sertão”, tendo como sanfoneiro o Zé Pacheco, na voz e triângulo o Zé Cacau e na zabumba o Parafuso.

Como Luar do Sertão, acompanhou os músicos Abdias, Jackson do Pandeiro e Genival Lacerda. O grupo apenas ganhou destaque no cenário musical como “Os 3 do Nordeste”. Parafuso atuava como zambumbeiro desde a sua primeira formação. Zé Pacheco (sanfona), e Zé Cacau (voz e triângulo)

Parafuso sempre gostou de trazer inovações para o grupo. A inclusão dos arranjos com o baixo e a guitarra na gravação das músicas foi uma das ideias dele. Parafuso se agradou do som desses instrumentos nas canções de Roberto Carlos, a introdução de início não atraiu os produtores, mas o sucesso foi evidente.

O zabumbeiro também atuava como compositor, só as canções gravadas pelo “Os 3 do Nordeste” totalizaram 74. A música “Seu nome é Rosa”, contava a história de uma amor a distância, a paixão que morava na Paraíba era chamada de Rosa, pois o músico preferiu não revelar o verdadeiro nome da sua amada.

Em mais de 40 anos de carreira do grupo, o músico participou ativamente dos 30 discos e grandes sucessos como “É Proibido Cochilar”, “Forró de Tamanco” e “Forró do Poeirão”.

Com o grupo musical “Os 3 do Nordeste”, Parafuso participava da segunda turnê internacional. Alguns cidades europeias prestigiavam o talento do músico que fazia questão de demonstrar o típico Forró Pé de Serra Nordestino.

Durante um show na cidade de Colônia, na Alemanha, Parafuso sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e um infarto. Ele passou mal no sábado (1º) e chegou a ser internado em um hospital, mas não resistiu a complicações no quadro clínico e morreu durante a madrugada da segunda, dia 03 de outubro de 2016, aos 76 anos.

O ícone da cultura nordestina, Parafuso foi inspiração para muitos músicos da região. Deixando saudade para o público que acompanhava o seu trabalho. O músico era apaixonado pelo seu instrumento de trabalho, o zabumba. Ele deixou a esposa e 7 filhos.

Fontes:

http://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2016/10/parafuso-fundador-do-grupo-os-3-do-nordeste-morre-aos-76-anos.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_3_do_Nordeste

http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/caderno-3/35-anos-de-alegria-1.197352

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