Cidade: João Pessoa – PB
Localização. Av. Gouvêia Nóbrega, S/N – Roger.
Contato: (83) 3218-9710.
Em 24 de dezembro de 1922, a Provedoria da Fazenda autorizava a edificação de uma fonte no pequeno bosque de onde fluía o córrego. Por volta de 1831, foram expandidos os limites do sítio, concretizando-se sua construção definitivamente em 1889. Nessa época, o parque apresentava área de 43 hectares, a qual foi desapropriada pelo prefeito Walfredo Guedes Pereira, entre os anos de 1920 e1924. A área foi então batizada com o nome do renomado botânico paraibano da cidade de Pombal na Paraíba, Manuel Arruda Câmara.
O Parque Zoobotânico Arruda Câmara, possui uma área de 26,8 hectares. A reserva é tombada pelo IPHAEP (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba) desde 26 de agosto de 1980.
Coberto por resquício de Mata Atlântica, o parque apresenta animais de diversas espécies, entre os quais elefantes, leões, araras e jacarés, assim como uma infinidade de plantas da flora brasileira. Eles podem ser observados pelas grades de proteção ou bem de perto, como no aviário, onde é possível caminhar em meio aos pássaros.
Popularmente chamado Bica, em virtude de uma fonte natural de água potável em seu centro. O Parque Arruda Câmara é um oásis no meio da cidade, pois se constitui em um verdadeiro santuário ecológico encravado no centro da capital paraibana. Todo ano a área recebe cerca de 110 mil pessoas, entre turistas e cidadãos locais.
Dentro das atividades desenvolvidas no Parque Arruda Câmara destaca-se a Sala Verde Paula Frassinete. Um programa pedagógico coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, e que tem como objetivo incentivar a implantação de espaços de informação e formação ambiental, disponibilizando e democratizando o acesso à informação.
Com acesso livre aos visitantes, nesse espaço é possível consultar e copiar mais de 600 títulos impressos, livros digitais e artigos científicos dos mais variados assuntos, como tecnologias sociais e ambientais, permacultura, educação ambiental, Políticas Públicas Ambientais e ainda consulta sobre os mais diversos biomas.
A Sala Verde ainda oferece leitura de cordéis, internet, consulta em bases de dados, exposição permanente da Xiloteca Fleurisa Toscano e a Coleção de Sementes, além de abrigar o Projeto Eco cine.
Destaque também para o “Projeto Eco cine”. A proposta é usar curtas, médias e longas metragens com a temática socioambiental em ações nas escolas públicas, e com o público em geral. O acervo do projeto conta com 33 filmes, além da Coleção do Circuito Tela.
O passeio de pedalinho, no lago, de quadrículos e uma área remanescente de Mata Atlântica são outras atrações do lugar.
Curiosidade do Parque Arruda Câmara:
Conta à lenda indígena sobre o parque, que trata do amor entre dois jovens de duas tribos rivais: a índia Aipó, filha de um cacique potiguara e o valente guerreiro Tambiá, da Tribo Cariri. A inimizade entre os dois povos impedia o casamento. Feito prisioneiro, Tambiá recebeu como “esposa da morte” a filha do inimigo. Executado na floresta, ele teve a última mensagem de sua amada: durante cinquenta luas, Aipé chorou sobre a tumba do amado.
Sobre tal lenda, no livro O que o vento não levou lê-se a seguinte narrativa:
O primeiro manancial d’água de João Pessoa foi à fonte da Igreja de São Francisco; depois a famosa “Bica”, no parque Arruda Câmara, no bairro de Tambiá, que significa “olho d’água”. A lenda conta, que uma índia tabajara por nome Lapré, chorando a morte do amado que ali havia sido enterrado fez nascer uma fonte d’água de excelente qualidade, na qual ela enxugava suas lágrimas oriundas da saudade com seus imensos cabelos. Do seu pranto originou-se a fonte do sítio, a partir daí intitulada “Fonte Tambiá”.
Visitação:
Diariamente das 08 às 17 horas, e as visitas podem ser feitas em charretes puxadas por pôneis, que fazem o maior sucesso, ou numa espécie de ônibus guiado por um trator.
Fontes:
http://www.joaopessoa.pb.gov.br/parque-arruda-camara-tem-novo-horario-de-funcionamento/