Município: Natuba – PB
Distância de João Pessoa: 125 Km
Vias de acesso: BR 230, PB 032 ou BR 101
A Pedra do Bico é composta por um conjunto de grandes pedras de granito amontoadas, formando grutas, abrigos naturais e grandes abismos, a 770 metros acima do nível do mar. Elas tomam conta de 10 hectares da Fazenda Santo Antônio, propriedade da família da bióloga Patrícia Coutinho há mais de cem anos.
O lugar tem esse nome por causa da aparência de uma das pedras esculpida em forma de bico de pássaro. Mas também é possível encontrar outras, como a Pedra do Navio que é muito procurada por turistas que praticam rapel, pois está apta a receber esse tipo de modalidade. Do ponto mais alto das rochas é possível ver o distrito de Pirauá e suas turbinas eólicas, a Barragem de Acauã e o Rio Paraíba, além de algumas cidades e povoados.
A Pedra é o principal atrativo natural dos estados da Paraíba e Pernambuco: Serra do Pirauá, distrito de Macaparana (PE) e também de Natuba (PB). Uma curiosidade do local é que a divisa entre os estados fica exatamente no meio da rua principal.
Outras atrações que podem ser vistas no local é a Fenda do Bico. No espaço entre essas pedras as mulheres solteiras que desejam casar devem passar três vezes por elas. O milagre fica por conta do Santo Antônio, padroeiro do lugar. No local há uma pequena capela próxima a imagem do Santo.
A Pedra do Bico atrai todos os anos cerca de 20 mil pessoas na alta temporada, que ocorre no mês de junho, quando são realizadas as atividades religiosas nas cidades do entorno. O público chega em romarias para pagar promessas ou pedir graças a Santo Antônio. A grande festa em homenagem ao santo católico acontece todos os anos no dia 13 de junho.
A história contada na comunidade contabiliza que as práticas religiosas, no entanto, são anteriores à ocupação da família de Patrícia Coutinho nessas terras. O movimento católico teria se iniciado na segunda metade do século XIX, aproximadamente entre 1880 e 1890, nas margens do Rio Paraíba, numa região hoje chamada de Melancia, que fica próximo ao local e pode ser visto ao escalar a Pedra do Navio.
Segundo contam os moradores mais antigos, um colonizador subiu as serras da margem direita do rio durante uma viagem de exploração. Após caminhar por horas ele se perdeu. Desesperado e com sede intercedeu ao santo para que lhe indicasse uma fonte de água e o caminho de volta. Ao retomar a caminhada, encontrou a hoje chamada Pedra do Bico. Numa fenda arredondada no alto da rocha fez um altar com a imagem do santo. Daquele dia em diante, o colonizador prometeu voltar ao local todos os anos no dia 1º de junho para buscar a imagem e rezar a trezena em sua casa. Somente no 13º dia ele voltava em procissão ao santuário.
O espaço é aberto o ano todo para visitação de quem admira a vegetação da caatinga e esportes radicais. A entrada custa R$5 por pessoa. Para chegar até lá é preciso percorrer 8 km de estrada de terra.
O local também é ponto de pesquisas de ufólogos e historiadores, pois na região existem gravuras indígenas nas pedras e várias lendas contadas pelos moradores. Uma delas é a das botijas, os cofres contendo moedas de ouro e prata enterradas pelos cangaceiros que cruzavam o Nordeste no início do século XX. O aparecimento da imagem de Santo Antônio e constantes visitas de óvnis também estão entre as histórias contadas pelos moradores.
Em consequência do grande número de visitações, da falta de manutenção e de apoio por parte de órgãos públicos, o Santuário de Santo Antônio e o conjunto da Pedra do Bico estão com sua infraestrutura prejudicada. Mesmo assim, o espaço continua sendo visitado constantemente.
Fontes:
http://www.serradopiraua.com/pedra-do-bico
http://coisasdetimbaubape.blogspot.com.br/2016/06/festa-da-pedra-do-bico-sera-nos-dias-11.html
http://escaladape.blogspot.com.br/2014/09/escalada-em-macaparana-pedra-do-bico.html
http://www2.uol.com.br/JC/_1998/0911/rg0811a.htm
http://culthotel.com.br/wp-content/uploads/2012/08/turismoReligioso.pdf