Naturalidade: Campina Grande – PB
Atividades artístico-culturais: poeta, pintora e restauradora
Atividade Profissional: arquiteta
Maria da Piedade Farias é natural de Campina Grande-PB, nasceu no ano de 1954 e reside atualmente em João Pessoa-PB. Cursou Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal da Paraíba e especializou-se em Restauração de Bens Culturais pela Universidade Federal de Minas Gerais. Entre seus dons, ela gosta de escrever e pintar, sendo integrante do Coletivo Cultural Anayde Beiriz. Piedade publica seus poemas em revistas e coletâneas, sendo autora do livro “Arco-Íris de Alfenim”.
Entre 1984 e 1987 trabalhou na restauração do Convento de Santo Antônio/Igreja de São Francisco (Fundação Nacional Pró-Memória), tendo feito estágio em 1986, junto aos trabalhos de restauração da Igreja da Sé, em Salvador, entre outros projetos da área.
Piedade foi aclamada como sócia efetiva da Academia de Cordel do Vale do Paraíba em 2016 e teve vários folhetos escritos, entre eles “Anayde, a história de uma mulher que foi na vida ultrajada”, e o livro “Estórias de se contar”.
Para Sander Lee, Presidente da Academia de Cordel, a entidade teve muita satisfação em receber Piedade Farias como acadêmica, “pela riqueza de sua produção artística e também pelo que representa na área de restauração e preservação histórica, frentes onde atuam, principalmente em Itabaiana, sede da ACVPB”.
A restauradora Piedade Farias também participou de um projeto chamado ‘Macacos me Mordam’– ao vivo, no dia 08 de Setembro de 2017, na Fundação Espaço Cultural da Paraíba, em João Pessoa, com o entrevistador Pedro Osmar para que a mesma pudesse conversar e debater sobre arte e cultura.
Já passaram pelo projeto idealizado por Pedro Osmar os seguintes nomes: Jessé Jel, Dida Fialho, Escurinho, Milton Dornellas, Paulo Ró, Arthur Pessoa e Jãmarrí Nogueira. O ‘Macacos me Mordam!’ também é um programa (gravado) que vai ao ar às terças-feiras, quinzenalmente, na Rádio Tabajara FM 105.5.
Em 2017, Piedade Farias ministrou, através de uma parceria entre a Funesc e Secretaria de Estado da Cultura (Secult), oficinas sobre noções de preservação em obras de arte, para iniciantes, onde as aulas de capacitação tinham foco em pintura e escultura. Nas oficinas, segundo Piedade, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer as características técnico-construtivas da obra de arte (base de suporte, técnicas de pintura, têmpera, pastel, acrílica, etc.). As aulas também abordaram outros pontos, como suporte e camada pictórica. “Com a oficina, o aluno reconhece as técnicas e também os agentes de degradação da obra da arte”, explicou a restauradora na época.
Meio-dia
As folhas entrelaçadas,
Pintadas com verde denso,
não fazem sombra nos caminhos.
Pra onde foram os passarinhos?
Não se escuta nenhum estalo
de galhos soltos ao vento
e lagartixas em sobressalto.
Faz mormaço.
Só o coro das cigarras
corta o silêncio pesado.
Sandra da Costa Vasconcelos
Fontes:
https://beraderos.blogspot.com/2023/04/piedade-farias.html
https://antigo.paraiba.pb.gov.br/index-18481.html
https://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/23662