Naturalidade: Corumbá – Mato Grosso do Sul / Radicado em João Pessoa- PB
Nascimento: 16 de julho de 1996
Atividades artístico-culturais: Fotógrafo documental, cantor, escritor-poeta e artista visual
Instagram: https://www.instagram.com/_rhuda/
Youtube (Participação no IV Festival de Música da Paraíba):
https://www.youtube.com/watch?v=rsQcZ0C8w0w&t=1853s
Rhuda é artista, performer e intérprete paraibano, utiliza recursos poéticos, performáticos e sonoros em suas apresentações, denominada de neotrovadorista intimista e urbano. Além disso, sua arte também leva a influência do afro-futurismo e as tradições neo-ameríndias, também procura diferentes formas sobre como fazer a velha música, sem que perca a essência de suas forças analógicas, táteis e orgânicas. Ele é natural de Corumbá – MS e reside em João Pessoa – PB desde os quatro anos de idade.
O artista relata que cresceu no bairro do Miramar, entre a periferia e a classe média-baixa, com isso passou a se envolver com a arte no final de sua adolescência e no início da fase adulta, sendo autodidata aprendeu e passou a se dedicar a fotografia, projetos plásticos-visuais e a música. Ele comenta: “A fotografia foi a porta de entrada para um mundo onde a abstração distraía a posição da dor. Beiro a melancolia diversas vezes em meu dia e a arte me traz a fuga, desde o êxtase pela ‘finitude’ da obra até a euforia da aurora dos aplausos”.
O seu modo de fotografar remete ao cenário urbano tendo como base o foco em personagens reais, tratando-se de uma indução de correntes do real para o mundo virtual. No qual estas fotografias referem-se à realidade dos bairros da grande João Pessoa. Já a sua relação com a música é tida como uma ascensão artística por trazer mais oportunidades do que as outras áreas.
“A música é a roupagem mais fácil de se atingir a população, por milhões de motivos, que vão desde a questão da sonoridade até a comercial, é o que me traz mais renda e oportunidades de ascensão artística, por isso aposto nela como a arte de exposição/exportação maior daquilo que apresento, claro que com muita paixão por aquilo que faço. Me realizo com a música mais do que as outras artes que faço, pois creio que é onde acabo me expressando melhor, desde a composição dos primeiros acordes até o fechamento das letras que também são poemas. Cantar para mim é uma terapia, é no palco onde eu posso gritar e me realizar, tirando as destrezas do peito e colocando para fora o turbilhão de mensagens”, conta o artista.
Em suas produções ele ressalta que na fotografia assume a postura de visibilizar pessoas que são invisibilizadas socialmente. Já nas artes plásticas através das cores ele consegue se expressar melhor, por não haver tensão entre o seu processo criativo e a preocupação com prazos. Na música, retrata as bandeiras que carrega e as expõe por meio de sua voz, lembrando também que aprendeu a cantar com sua mãe e que o seu primeiro contato foi através de um instrumento que ganhou de seus pais aos 15 anos. Por fim, a literatura é o campo de expressão no qual ele não consegue falar através da música, escrevendo sobre diversos temas que não consegue expressar musicalmente.
“Todas essas abordagens representam para mim o que sou, essa inquietude e a demanda de não me envolver em uma coisa apenas, para cada ponto uma abstração e para cada forma comunicativa uma história, todas elas têm o caráter ambicioso de mostrar ao mundo mais de mim e daquilo que criei como persona”, informa o escritor.
Participou do IV Festival de Música da Paraíba com a canção “Quiçá ou Manifesto Afroindígena”, ele descreve-a como um grito referente às subestimações que envolveram sua cor e dor. Relatando vivências de racismo, exclusão, sendo a música um hino para quem precisa ouvi-la e se curar de tudo isso. Para ele, a visibilidade do evento possui grande relevância por passar a sua mensagem e por poder encontrar pessoas, criando vínculos de amizade e trabalho
O multiartista dedica-se como cantor, compositor, fotógrafo documental, escritor-poeta e artista plástico. Também vem atuando em alguns projetos artísticos, com parcerias na música e nas artes da cena. Além disso, vem finalizando o seu livro intitulado ‘Não Categorizada Ode’ que contém 60 poemas, com memórias, sentimentos entre amor e ódio e diversos assuntos.
Jaqueline Rodrigues
Fontes:
Entrevista com Rhuda realizada por Jaqueline Rodrigues.
Imagens: Reprodução/Instagram – @Rhuda
Créditos/Fotografia: M. Airumã