Pesquisa e texto: Jonas do Nascimento dos Santos
Naturalidade: João Pessoa – PB
Nascimento: 3 de abril de 1959 // Falecimento: 17 de setembro de 2023
Atividade artístico-cultural: poeta, escritor, crítico musical e cronista
Atividade Profissional: jornalista e radialista
Publicações: Canção do Caos, Simulacro, MPB de A a Z, Canção do Fogo, Canção do Abismo, Florilégio e Forró de Cabo a Rabo
Trajetória Jornalística: Correio da Paraíba, O Norte, A União, O Momento, ContraPonto e a revista A Semana
Trajetória Radialística: FM O Norte, FM Tambaú, Tabajara AM, FM Correio Classe A
Ricardo Anísio foi um poeta, escritor, crítico musical, cronista, jornalista e radialista paraibano natural de João Pessoa, seu interesse pela música, arte e cultura surgiu desde os 15 anos de idade, quando foi apresentado a Geraldo Vandré. Ele nasceu na mesma rua em que moravam familiares seus e o contato o fez despertar para a música. Em seguida ficou amigo de Vital Farias, Zé Ramalho e Cátia de França, o que acentuou ainda mais sua paixão musical. Em 1978 começou a escrever sobre artes no jornal Correio da Paraíba. Como jornalista e crítico musical, trabalhou em diversos jornais e revistas, como nos jornais: Correio da Paraíba, O Norte, A União, O Momento e ContraPonto. Também atuou em emissoras de rádio como a FM O Norte, FM Tambaú, Tabajara AM, FM Correio Classe A.
Ele dedicou quase quatro décadas de sua vida à intensa atuação jornalística na capital paraibana. Entre suas obras editadas, destacam-se: “-Canção do Caos”, onde o autor teve a parceria do artista plástico Flávio Tavares, que fez 20 desenhos, entre as quais o da capa.O livro fora lançado pela Forma Editora, recebendo referências positivas da imprensa crítica, além de ser recomendado por figuras como Haidée Camelo, W.J. Sooha, Neide Medeiros, Luiz Berto, Sérgio de Castro Pinto, Ronaldo Monte e Geraldo Azevedo, que compôs uma canção com um dos poemas de Ricardo Anísio.
Outra obra prima do autor é ‘Simulacro’, livro que conta com 50 poesias que não possuem tema específico, mas reflete um momento importante da vida do autor, que foi o período em que seu pai esteve doente. A capa da publicação foi toda ilustrada pela artista plástica e escritora Mercedes Cavalcanti, artisticamente conhecida como Pepita. Sua publicação “MPB de A a Z” é para os amantes da música popular brasileira um imensurável presente de Ricardo Anísio, a obra é considerada como uma ótima oportunidade para debater sobre ícones e movimentos que marcaram a história do cancioneiro nacional.
Neste livro o autor aborda de forma igualmente democrática, movimentos como o Mangue Beat, e Grupos como Legião Urbana, Trio Nordestino, Paralamas do Sucesso, Antônio Barros & Cecéu entre outros. Não se furta a enfocar artistas polêmicos como Geraldo Vandré. Avalia os gênios malditos como Sérgio Sampaio. Mergulhando nas profundezas da MPB, ressuscita esquecidos no tempo, a exemplo de Roberto Silva, e trás à tona outros como Luiz Tatit e Sérgio Santos.
Em 2023, Ricardo Anísio precisou dar entrada no no Hospital Padre Zé, em João Pessoa, vindo a falecer no dia 17 de setembro daquele ano, aos 64 anos de idade, segundo informações passadas por familiares, ele estava debilitado em decorrência de uma pneumonia recente e uma forte depressão. A Associação Paraibana de Imprensa e o Sindicato dos Jornalistas emitiram notas de pesar pela perda repentina de Ricardo Anísio. Deixando um legado profundo na cultura paraibana e continuará sendo lembrado pelo seu incansável trabalho jornalístico e sua paixão pela música e pela arte.
Fontes:
https://www.marconeferreira.com/2023/09/17/jornalismo-cultural-de-luto-morre-ricardo-anisio/
https://www.otvfoco.com.br/globo-morte-jornalista-amado-64-anos/