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Data de publicação do verbete: 27/11/2022

Ricardo Lohrd

Ator.
Data de publicação: novembro 27, 2022

Naturalidade: João Pessoa – PB

Nascimento: 07 de dezembro de 1991

Atividade artístico-cultural: Ator 

Formação: Graduado em Letras, com especialidade em Literatura Clássica Brasileira. Segundo Tenente do Exército Brasileiro. Graduando em Psicologia pela UFPB.

Instagram: @ricardolohrd  

Ricardo Lohrd é natural de João Pessoa. Nascido em 07 de dezembro de 1991. Sua primeira formação foi em Letras Português, com especialização em Literatura Clássica Brasileira, também é formado como Segundo Tenente da Cavalaria do Exército Brasileiro pelo Ministério da Defesa. Atualmente estuda Psicologia na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Atua também nas artes cênicas, paixão esta que começou a partir de sua Tia Regina, que era atriz e sempre o levou aos teatros, para assistir os espetáculos; sua tia até hoje é atuante na arte. Seu conhecimento também se deu por trás das cortinas com toda trupe cênica em decorrência de sua da atuação de sua familiar.  

Aos oito anos foi convidado para atuar em uma peça infantil na sua escola, a peça era sobre o Boi Mangangá, focado no folclore maranhense. Aos dez anos conheceu um professor de informática e também ator, Jucinaldo Pereira, hoje mestrando em Teatro na UFPB, atua na fotografia teatral e como roteirista; durante uma peça da paixão de Cristo em seu bairro, este que a partir da sempre o influenciou na carreira artística. Convidou-o a ir para estudar no Cenec no Giesel para estudar mais efetivo as artes teatrais, com isso, entrou para o espetáculo “Sonhos de uma noite de verão” de Shakespeare, realizado pela escola, depois disso fez várias adaptações da Paixão de Cristo, a exemplo da Paixão de Cristo em Texto e Poesia com textos de Ariano Suassuna. 

Já fora da escola, foi convidado para mais um espetáculo pelo mesmo professor para realizar a peça “O alto das cédulas de barro”, que conta a história de Vitalino, neste texto ele fez o personagem de Vitalino jovem. Após isso montou o infantil “Pequenino grão de areia” de João Falcão, participando de festivais rodando todo o nordeste. Posterior ao término da peça infantil, Ricardo afastou-se do teatro porque precisou entrar no exército e não possuía mais tempo para se dedicar às artes cénicas. Mesmo assim, auxiliava seu professor no auto de natal em Bananeiras por anos. Em outrora participou de outras peças como “Deus do nado”, nova remontagem do “Pequenino grão de areia”, “Paixão de Cristo”. Tentou fazer testes para cinemas, chegou a passar, mas nunca se deu bem com a câmera.  

No meio de uma Paixão de Cristo, foi chamado por um diretor já conhecido por Ricardo, foi quando ele mudou o seu estilo de atuação e começou a contracenar com Jucinaldo e atuaram em Arlequim com direção de Roberto Cartaxo, onde aprendeu sobre sua liberdade teatral. Assim, ele entrou no roteiro Paraibano, no espetáculo escrito por Tarcisio Pereira em 1991, chamado “Um dia serei Suzana, a história de um cabaré”, uma peça de requinte político, sexismo e quebra de normatividades, assumindo um papel feminino. 

Posteriormente, aos 25 anos, recebeu o convite de Tony para fazer parte da companhia Argonautas, onde se encontra até hoje. Ali entrou para o espetáculo “Tennessee Me” do escritor Tennessee Williams, em três atos. Foi nessa obra que veio seu maior desafio, sair das peças infantis e do teatro de rua, para adentrar no teatro realista, verossímil. 

Hoje Ricardo é psicólogo, professor, gestor de pessoas em uma empresa multinacional e também ator, gerenciando todas essas múltiplas tarefas, mas deixando rastros de arte em seu caminhar, em qualquer das áreas que esteja atuante. Isso só foi possível a partir de como o teatro o auxiliou quanto ao pensamento crítico, disciplinador e formador de caráter, bem antes do exército.

Durante a Pandemia do Covid19 foi impactado quanto ao espetáculo “Tennessee Me”, pois quando começaram a rodar com a obra, a pandemia chegou impossibilitando a continuação. Posteriormente, retornou, mesmo sem os espaços, o público e a força que não tinha antes, mas prossegue nesse teatro de resistência na tentativa de fazer a arte prosperar num país que pouco valoriza a cultura. 

Euclides Nunes

Fonte:

Entrevista com Ricardo por Euclides Nunes