Pesquisa e texto: Samuel Cintra
Naturalidade: Sítio Saco da Mãe d’Água, localizado no atual município de Mãe d’Água – Paraíba
Nascimento: 1835 // Falecimento: 1° de março de 1891
Atividades artístico-culturais: Poeta repentista e cantador de viola
Reconhecimento: É considerado por muitos estudiosos como o maior cantador do século XIX no Brasil.
Francisco Romano da Silveira Caluete foi um dos maiores nomes da Cantoria de Viola, como poeta repentista fez história. Ele nasceu no sítio Saco da Mãe d’Água, no ano de 1835, segundo o inventário de partilha do seu pai, quando citava com idade de sete anos. Sua mãe, Joaquina Maria do Espírito Santo, era uma nativa Sucuru, com ancestralidade africana.
Romano trabalhou como agricultor, não teve formação acadêmica, sua arte foi baseada na oralidade e no cotidiano sertanejo do sertão.
Seu nome está associado a um duelo que teve com o artista Inácio da Catingueira, outro cantador da época. A batalha teria durado oito dias no mercado de Patos (PB), em 1874, sendo um marco da cultura da cantoria.
O artista faleceu em 1º de março de 1891, com cerca de 56 anos, vítima de um ataque súbito enquanto trabalhava no roçado.
Deixou seu legado entre seus filhos, o destaque poético competiu a José Romano da Silveira Caluete (Romaninho) que nasceu em 1874 e faleceu em 1913. O seu parente que ainda está vivo, encontra-se o bisneto de Romano, o poeta Edísio Soares Pequeno.
Romano Caluete bebeu das águas do Rio Pajeú e se tornou uma figura mística na arte da oralidade nordestina, sendo inspiração e referência para gerações posteriores de poetas e cantadores.
Fontes:
http://revistas.usp.br/linhadagua/article/view/169972/171076
https://maedagua.pb.gov.br/cidadao/noticias/curiosidades-da-historia-a671.html