Naturalidade: Mamanguape – PB
Nascimento: 25 de janeiro de 1903
Falecimento: 08 de agosto de 1981 em Caiçara – PB
Atividades artístico-culturais: Poeta e repentista.
Romano Elias da Paz, nascido aos 25 de janeiro de 1903 em Mamanguape, foi um paraibano nômade, errante, sem fronteiras e sem partidos. Com mais de meio século dedicado à poesia popular.
Sob o luar sertanejo telúrico do Nordeste, cantando para os coiteros de Lampião e o de Antônio Silvino. Adaptou-se às estórias irreais e de assombração. Quantas vezes não foi atendido por rezadeiras para curarem as suas “carnes que trilhavam” e seus pés “desmentidos”. Fez promessas e observou milagres, como o da sua primeira cantoria no Rio Grande do Norte, que lhe rendeu 3 mil réis.
Também foi o terror, a palmatória dos cantadores. Em 1925, reinava no Ceará o famoso cantador Azulão, chibata dos poetas nordestinos. Romano foi desafiá-lo lá. Em duas noites de cantoria, Azulão reconheceu o valor de seu antagonista: Emborcou a Viola! Esta é uma pequena amostra de Romano. Já velho, cansado, mais dinâmico, ainda percorreu algumas feiras do Nordeste, vendendo alguns folhetinhos. Foi aquele Romano indomável que todo cantador respeitava. Aquele que escreveu centenas de estórias de cordel e distribuiu aos milhões em todo o Brasil!
Romano Elias da Paz faleceu no dia 08 de agosto de 1981 em Caiçara na Paraíba, mas está sepultado na cidade de Pirpirituba, um município da região geográfica imediata de Guarabira do estado mesmo estado.
Confira um trecho do cordel “Heroísmo, amor de infância Paulino e Helena”:
Pedro Vicente morava
pertinho dum fazendeiro,
de grande propriedade,
escravatura e dinehrio
orgulhoso e usurário,
brusco, malvado e grosseiro.
Chamava-se o fazendeiro
senhor Jacinto Cabral,
tinha o posto de Tenente
de guarda nacional;
sua esposa Medalena:
Orgulhosa, desleal…
Fonte:
Folheto: Heroísmo, Amor de Infância Paulino e Helena.
Pesquisador: José Paulo Ribeiro, e-mail: zepaulocordel@gmail.com.