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Data de publicação do verbete: 11/03/2025

Romero Cavalcanti

Artista plástico e ilustrador.
Data de publicação: março 11, 2025

Pesquisa e texto: Jonas do Nascimento dos Santos

Naturalidade: Itabaiana – PB                                                    

Atividade artístico-cultural: artista plástico e ilustrador                                  

Exposições:  Coletiva Brazil Designs em Nova York (1987), Coletiva “Em torno do Figurativo” no SESC de Copabana-RJ (1998), “A Ilustração Comentada de Romero Cavalcanti” na Galeria do Instituto de Artes Visuais da UniverCidade (1998), “As formas do desejo” na Galeria Versailles  (2009),  Setembro Fotográfico de João Pessoa (2011)

Publicações em Revistas:  Graphis (Suiça), NovumGerbrauchsgraphik (Alemanha), Print (Estados Unidos) e Arc Design (Brasil)                                      

Site Oficial: https://www.romerocavalcanti.com.br/

Facebook: Romero Cavalcanti

Instagram: @cavalcanti_romero

Nascido em Itabaiana no interior da Paraíba, Romero Cavalcanti  formou-se em técnico de construção de estradas pela Escola Técnica Federal de Pernambuco (1969), antes de transferir-se para o Rio de Janeiro, onde passou pelo cargo de diretor de arte na McCann-Erickson (1972), e tornou-se ilustrador da Revista de Domingo, do Jornal do Brasil. Foi durante as décadas de 1970 e 1980 que ele começou a criar capas para livros e discos, bem como cartazes para peças teatrais. Um trabalho extenso, entre eles está o famoso cartaz da estreia da Ópera do Malandro (1978), de Chico Buarque, representado duas faces de uma época: a ditadura de Getúlio Vargas e a vida boêmia do malandro carioca. A forma como Romero mostra, esses dois lados em uma única face, sugere que o próprio Getúlio seria um malandro. Esse cartaz é um caso raro em que foi possível oferecer uma leitura complementar e não apenas uma visão literal da peça, já que a ópera não trata da ditadura de Getúlio.

Um dos ilustradores mais conceituados do país. No final da década de 1970 criou alguns cartazes para teatro que se tornaram quase tão célebres como os espetáculos que anunciavam. Mais de vinte deles estão na coleção da Biblioteca do Congresso em Washington, EUA. Participou de diversas bienais internacionais de cartazes em países como Finlândia e Polônia. Expôs em coletivas importantes como a Brazil Design, em Nova York; produziu uma série de colagens digitais para animações de produções da TV Globo (entre elas para série televisiva  A Grande Família); criou inúmeras capas de disco, para a SomLivre além de ilustrar  dezenas de livros. 

Romero sempre se revelou um ilustrador versátil, trabalhando diferentes técnicas e estilos, dominando inclusive a técnica do recorte de papel, com  a introdução da tecnologia digital, no anos 1990, Romero adicionou o Photoshop e o Illustrator ao seu repertório de ferramentas, produzindo desenhos vetoriais, que muitas vezes parecem dar continuidade ao seu trabalho de recorte de papel. Além disso, criou um novo estilo próprio através dos recursos de manipulação fotográfica e desenho do Photoshop. As ilustrações de Romero tem independência suficiente para se desprender dos livros: viraram obras autônomas, ou, como disse o artista com bom humor certa vez:  “estão subindo pelas paredes”.

Romero já viveu em outras cidades como João Pessoa, Recife, São Paulo, Rio das Ostras (RJ) e Barcelona (Espanha), com décadas de trajetória artística, entre os campos da arte e do design, Romero tem em seus desenhos um traço preciso e inesgotavelmente inventor de minúcias. Traço de cartunista aplicado a outros tipos de representação. Pintura e desenho são técnicas aditivas, em que o artista coloca algo que não estava lá; e existem as técnicas subtrativas, como a escultura ou recorte, em que ele desbasta uma matriz com estilete até deixá-la só demoradamente reconhecível. Suas imagens impecáveis descascadas de fora para dentro ou de dentro para fora, ficando reduzidas a formas alheias ao corpo humano. Uma caricatura ao contrário, que faz a crítica ou a sátira através da deformação dos traços. Esse processo não comenta a pessoa real, apenas fornece uma imagem para que o artista crie uma ficção plástica. Tirando o excesso e deixando a essência.

Fontes:

https://www.romerocavalcanti.com.br/artista

https://ilustraedesign.blogspot.com/2009/06/romero-cavalcanti.html

https://revistacontinente.com.br/edicoes/118/romero-cavalcanti

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