Pesquisa e texto: Jonas do Nascimento dos Santos
Naturalidade: Esperança-PB
Nascimento: 17 de dezembro de 1931 // Falecimento: 10 de outubro de 2015
Atividade artístico-cultural: roteirista, musicista, letrista, sonoplasta, compositor e ator
Nº de Álbuns Lançados: 750
Salatiel Coelho nasceu em 17 de dezembro de 1931 em Esperança, na Paraíba. Aos 16 anos ele começa a trabalhar em uma rádio em Bodocongó, bairro de Campina Grande. Salatiel leva um tiro na mão que era endereçado a um político, mas se recupera. Com o sonho de ser locutor, Salatiel recebe a oportunidade quando conhece Assis Chateaubriand, mais conhecido como Chatô, que perde sua identidade na região de Campina Grande e assim Salatiel ganha a notificação de anunciar pela rádio. Ao final do trabalho, Salatiel se encontra com Assis e pede um emprego no Rio de Janeiro na Rádio Tupi e recebe a resposta de que Assis queria trabalhar com ele.
Chegando no Rio de Janeiro, Salatiel perde a esperança devido ao seu sotaque extremamente aguçado, porém acaba se destacando em outro setor: A sonoplastia. Salatiel se destaca também internacionalmente,ganhando o Roquete Pinto. Foi justamente este espírito divertido e a paixão por música que o transformaram em uma das pessoas mais importantes da história das telenovelas no país. Tanto que ele aparece em uma pesquisa que deve ser editada e transformada em um livro de dois volumes, escrito pelos jornalistas Guilherme Bryan e Vincent Villari e que retrata os 50 anos da história das trilhas sonoras. O material conta de que modo as canções foram utilizadas na teledramaturgia e como esses discos determinaram sucessos, revelaram compositores e intérpretes, formando gostos e opiniões.
Desde a primeira trilha sonora, lançada em 1965, até hoje foram mais de 750 álbuns no Brasil, incluindo sucessos nacionais e internacionais. Na mesma década, Salatiel lançou o disco “Salatiel Coelho apresenta Temas de Novelas”, com músicas das novelas “O Sorriso de Helena”, “Tereza”, “O Direito de Nascer”, “O Cara Suja”, “Se Mar Contasse”, “Quando o Amor é Mais Forte” e “Alma Cigana”. O sonoplasta experimentou músicas cantadas nas produções como “Os Rebeldes”, com a canção “Não Vem Que Não Tem”, na voz de Wilson Simonal. A partir daí, a identificação do público com personagens e seus temas musicais se firmou com Beto Rockfeller (1968) e para selecionar as músicas e produzir a trilha sonora da teledramaturgia brasileira, foi criado o cargo de diretor musical, que Salatiel ocupou não apenas no Brasil, como também na Itália e em Portugal, onde recebia discos e seleciona quais sucessos seriam reproduzidos nas telenovelas.
Ao todo, Salatiel produziu trilhas para mais de 30 telenovelas, mas ressente-se pelos jabás que passaram a substituir a prática dos diretores musicais, em garimpar quais canções entraram nos discos das tramas. Nos anos 50, Salatiel se mudou para Poços de Caldas, no sul de Minas Gerais, após se apaixonar por uma datilógrafa que trabalhava na rádio Tupi, Salatiel faleceu no dia 10 de outubro de 2015, aos 83 anos de idade.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Salatiel_Coelho
https://www.elencobrasileiro.com/2018/11/salatiel-coelho.html
https://www.discogs.com/pt_BR/artist/2691684-Salatiel-Coelho