Naturalidade: Zabelê – PB
Nascimento: 14/03/1980
Atividades artístico-culturais: cantora, compositora, musicista e atriz.
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Prêmio Mulher Forte Anaíde Beiriz
Elisandra Romeria da Silva, de nome artístico Sandra Belê, é cantora, compositora, musicista e atriz, nasceu em 14 de março de 1980, em Zabelê – PB, cariri ocidental paraibano. A filha única da rendeira paraibana Maria Ivete Neves e do Sanfoneiro também paraibano Pedro Gerônimo, de nome artístico Pedro Mucuri, iniciou sua carreira artística em 1999, aos 19 anos, quando formou a banda Millenium, uma banda local que circulou por Zabelê e cidades circunvizinhas fazendo shows, cantando sucessos da época.
“Nasci em Zabelê, uma cidade do interior da Paraíba. Lá vivi minha infância, minha adolescência e começo da minha fase adulta. Tudo que Zabelê me deu eu guardei na imaginação. As cantigas do Reisado, a voz do aboiador, o som do carro de boi, os banhos de açude, o som da sanfona do meu pai, e o entrelaçar de linhas da minha mãe. Hoje carrego minha cidade, não só no meu nome, mas nas minhas palavras, na minha lembrança e nas cantigas que canto pelo mundo afora”, enfatiza sobre sua relação com a terra natal que a acompanha até mesmo em seu nome artístico.
A artista formada em Arte e Mídia pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), ressalta a importância do apoio de seus pais e a influência de seu pai enquanto artista, “Meus pais sempre apoiaram as minhas decisões. Meu pai foi meu grande influenciador para seguir na arte, era sanfoneiro, então eu cresci vendo ele tocar sanfona, o acompanhava a tudo quanto era baile que ele fosse tocar”.
Sandra Belê gravou seu primeiro CD em 2005, O nordeste valente. Como atriz, seu primeiro trabalho foi o monólogo Maria do Barro, “Falei das belezas do cariri ocidental paraibano. Foi bem bonito! Só apresentei uma vez, depois vieram outros trabalhos”.
“Em mais de 20 anos, foram muitos trabalhos marcantes. Todos os meus discos foram muito marcantes para mim. Montar shows novos também é muito marcante. Já montei show novo para São João, para carnaval, para novembro negro e para dia internacional da mulher. São sempre muito marcantes. ”
Sandra Belê atuou de 2002 a 2015 como ativista cultural na Associação Cultural de Zabelê – Ascuza (sendo presidente de 2002 a 2006 e de 2009 a 2011) e no Coletivo Atissar, “Realizávamos muitas ações. Foi a fase em que mais aprendi na minha vida”.
Cita inspirações como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Sivuca, Marinês, Elis Regina e Ney Matogrosso. E se orgulha, elegendo como marcos em sua carreira ter dividido o palco com Dominguinhos, Chico César e Elba Ramalho. É reconhecida regionalmente por artistas e críticos musicais como um dos grandes nomes femininos do Nordeste e do Forró.
A cantora traz em seu currículo a participação como atriz e cantora da minissérie exibida pela Rede Globo, A Pedra do Reino; o recebimento do Troféu Gonzagão(2015), o “Oscar” da música nordestina, a apresentação recepcionou o Presidente do Banco Mundial em sua visita ao Brasil, “Foi incrível porque reforça que o caminho que a gente está trilhando e foi escolhido de coração aberto é o certo”.
Recebeu o prêmio Mulher Forte Anaíde Beiriz(2004) “Quando fui presidente da Ascuza , por ser uma mulher à frente de uma instituição da sociedade civil”. A realização dos shows-homenagens a Zé do Norte e João do Vale pelo Projeto Sete Notas (SESC-PB); o encerramento da Semana José Lins do Rego em que cantou com Dominguinhos junto da Orquestra Sinfônica de João Pessoa (OSJPB); e a participação (2011 a 2017 e 2019), como apresentadora do programa junino “Arraial Itararé” da TV Itararé, filiada da TV Cultura na Paraíba.
Seu mais novo trabalho, seu quinto disco “Cantos de Cá” é um disco somente com composições paraibanas, que será lançado em agosto 2020.
Fonte: Entrevista com Sandra Belê por Israela Ramos