Naturalidade: João Pessoa – PB, radicado em São Paulo –SP.
Nascimento: 29 de outubro de 1963.
Atividades artístico-culturais: pintor e desenhista.
Sérgio Soares de Lucena iniciou e abandonou, inconclusos, os cursos de bacharelado em física e psicologia, ambos na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa. Em 1982 inicia o estudo de técnicas de desenho e pintura com o pintor Flávio Tavares, estudos que duraram até 1986. E assim Sérgio começa sua trajetória nas artes.
Ainda nos anos 1980, o artista participa e ganha prêmios nos seguintes salões: Salão de Artes Plásticas da Cidade do Recife (Recife, 1982) e o V Salão Nacional de Artes Plásticas (Funarte/MAM, Rio de Janeiro, 1982); em 1986, IX Salão Nacional de Artes Plásticas (Funarte, Centro de Convenções, Recife) e é premiado no XXXIX Salão de Artes Plásticas de Pernambuco (Recife).
Ainda em 1986, Sérgio pinta o painel A Pedra do Reino com Flávio Tavares em homenagem e referência ao escritor paraibano Ariano Suassuna. Em 1987, muda-se para a Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, desenvolvendo sua própria técnica no uso de tinta acrílica, buscando um caminho que mais tarde o levaria à pintura a óleo.
Em entrevistas, Sérgio Lucena sempre lembra de um momento da sua infância que foi marcada pelo sertão paraibano e como essa experiência marcou sua visão de mundo e, consequentemente, sua arte.
Em 1988 o artista regressa para João Pessoa, mesmo ano em que ele pinta o estandarte do bloco carnavalesco Muriçocas do Miramar, o mais popular da cidade. Em 1992 recebe bolsa de um ano para estudar em Berlim, Alemanha, e fazer intercâmbio com artistas alemães, a convite da Deutsch-Brasilianische Kulturelle Vereiningung.
Artista autodidata, ao longo da sua carreira obteve prêmios nos principais salões do país, participou de workshops, intercâmbios e residências em Berlim, Washington DC e Dinamarca, com exposições em galerias e instituições de arte do Brasil e exterior. Em 2012 recebeu o Prêmio Mário Pedrosa, como Artista Contemporâneo de 2011, da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA).
Sérgio atualmente vive e trabalha em São Paulo, e tem um ateliê por lá desde 2003. Em entrevistas, o artista afirma que apesar de seu amor pela Paraíba, a necessidade de ampliar horizontes continua sendo o condutor de sua vida. “Creio que aqui cabe uma observação sobre São Paulo: São Paulo não é o sul. São Paulo é o Brasil e o mundo inteiro, tudo junto. Esta é uma cidade de imigrantes, a maior capital nordestina do país, e aqui podemos ter uma intensa experiência do diverso”, conta para o jornalista Linaldo Guedes.
A última exposição dele em João Pessoa, até o momento foi a mostra “Horizonte Comum” na Usina Cultural Energisa, em 2014, que aborda “aquilo que, no percurso, permanece”. “Aquilo comum a todos os passos que damos em nossas vidas, o que nos impulsiona, a coisa essencial que busca vir à tona, sempre. Este elemento comum à vida de todas as pessoas é o assunto da minha pintura. Tudo sempre foi e é pretexto para a elaboração deste tema: o elemento de comunhão”, frisou o artista para o site WSCOM.
Suas exposições mais recentes foram ambas em 2016, a “Paisagem Tempo” em Belo Horizonte (MG) e “É como o vento” na Galeria Mezanino, em São Paulo (SP). Tendo a primeira uma inspiração daquela parte da infância do artista no sertão paraibano.
Sérgio mantém um site atualizado com toda sua produção, descrevendo sua trajetória artística e detalhando detalhes de suas exposições. Além de conter vídeos e link direto para seu blog para todos aqueles que estiverem interessados em saber mais de seu trabalho.
Fontes:
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa24754/sergio-lucena
http://artesvisuaisparaiba.com.br/artistas/sergio-lucena/