Nome completo: Severino Pereira da Silva
Naturalidade: Baía da Traição, João Pessoa – PB
Atividades artístico-culturais: artista plástico
Contato: (83) 98834-5099
Nascido Severino Pereira da Silva, índio potiguara da Aldeia Tracoeiras, em
Baía da Traição, 84 Km ao Norte de João Pessoa optou pela carreira de artista plástico,
adotando como nome artístico, a nomenclatura abreviada de seu nome: Séver, com o
intuito de trazer mais agilidade e compreensão ao se pronunciar. Ele se autodefine como
“paisagista e pintor de figuras indígenas”.
Com sangue de artista primitivo nas veias, Séver saiu de casa ainda adolescente.
Rumo ao Rio de Janeiro, dividiu o tempo entre trabalhos variados, embora o que mais
lhe atraísse fosse o de pintar quadros e vendê-los, inicialmente nas feiras, depois a
amigos e, posteriormente, organizando pequenas exposições. Fez várias.
Os preços populares de suas artes eram o principal atrativo. Os temas variavam de paisagens à
figuras indígenas em grupos ou individuais, aguçavam a curiosidade dos compradores.
Por se um exímio pintor e por levar a sério o que faz, carrega consigo o material
que lhe permite pintar em qualquer praça, de qualquer lugar e qualquer país. Seu ateliê
original ainda está montado na aldeia Tracoeiras, a oito quilômetros do centro de Baía
da Traição, no Litoral Norte do Estado. É uma instalação simples, onde o artista
também guarda teclado, maracá, flauta rústica e pandeiro, instrumentos que, de uma
hora para outra, o transformam em músico e crooner de uma banda que anima os bailes
das redondezas.
Hiperrealista em algumas artes, ele demonstra essas qualidades no óleo sobre
telas “Canhões do Forte”, retratando, em primeiro plano, as canhonetas quinhentistas do
Forte do Tambá e, ao fundo, a enseada de Baía da Traição. “São obras que parecem
fotografias”, opina Wagner Zedinson, um norueguês entusiasmado com as pinturas de
Séver, que visitou Baía da Traição no início deste ano. Em a Madonna Potyguara, o
artista procura uma semelhança entre a índia que segura no colo um curumim, com os
inúmeros quadros que mostram a Virgem Maria com o Menino Jesus no mesmo ângulo.
Foram trabalhos assim que o credenciaram a receber o primeiro prêmio do Concurso
Internacional de Filatelia e Arte, no Rio de Janeiro, realizado recentemente.
Fontes: