Naturalidade: Paraíba
Nascimento: 31 de agosto de 1813//Falecimento: 08 de abril de 1982
Atividade profissional: político
Silvino Elvídio Carneiro da Cunha, primeiro e único Barão de Abiahy, foi um político brasileiro, chegando a assumir cargos como presidente da Província da Paraíba, presidente da Província do Rio Grande do Norte, presidente da Província de Alagoas e presidente da Província do Maranhão.
Filho de Manuel Florentino Carneiro da Cunha, formou-se na Faculdade de Direito de Olinda em 1853, sendo deputado provincial durante várias legislaturas na Paraíba.
Também foi inspetor da Alfândega da Paraíba, do Amazonas e do Maranhão. Além de delegado de Polícia, promotor público e secretário do governo, foi também diretor da instituição pública e procurador fiscal da Fazenda na Paraíba. Era membro do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco.
Registre-se que Silvino Elvídio Carneiro da Cunha, o Barão, habitava com a sua numerosa família no início da Rua das Trincheiras, em esquio sobrado que ainda se vê em velha fotografia, que foi publicada no livro: Cidade de João Pessoa, a Memória do Tempo.
Nesse palacete, todas as quintas-feiras, os salões se abriam para seu proprietário recepcionar amigos e correligionários, “ocasião em que por vezes dançava-se animadamente”, segundo Balila Palmeira, poetisa e escritora, que escreveu uma interessante plaqueta sobre o ilustre paraibano.
Ele casou-se duas vezes: a primeira com a prima Adelina Augusta Cavalcanti Carneiro da Cunha em 1850 de quem teve 9 filhos e falecendo esta, consorciou-se com a sua cunhada, Leonarda Merandolina Carneiro da Cunha, união que lhe deu mais 5 filhos.
A única Baronesa do Abiahy foi Leonarda Merandolina, posto que Silvino Elvídio somente recebeu a Carta de Barão em 8 de agosto de 1888, apenas um ano e três meses antes, portanto, do final do Império, quando a sua primeira esposa já havia morrido há anos. Tinha anteriormente o título de Comendador da Imperial Ordem da Rosa.
Bacharelou-se pela Faculdade de Direito de Olinda, em 1853. Destacou-se, também, como um dos grandes chefes do Partido Conservador na Paraíba. Seus restos mortais se encontram na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em João Pessoa-PB.
O Título de Barão de Abiahy foi conferido por decreto imperial em 18 de janeiro de 1882 e faz referência à localidade paraibana de Abiaí, posteriormente batizada como Pitimbu.
Era membro do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco, vindo a falecer em 8 de abril de 1892, aos sessenta anos, sete meses e oito dias. Morreu a bordo do Vapor, chamado Olinda, nas costas de Pernambuco, quando retornava do Rio de Janeiro, onde fora em busca de melhora para a sua saúde abalada.
Sandra da Costa Vasconcelos
Fontes:
https://www.uece.br/eventos/gthpanpuh/anais/trabalhos_completos/298-44960-26042017-122513.pdf