Naturalidade: Itabaiana- PB
Data de nascimento: 26 de maio de 1930 / Falecimento: 14 de dezembro de 2006.
Atividades artístico-culturais: Acordeonista, violonista, guitarrista, pianista, percussionista, maestro, arranjador, compositor, orquestrador e cantor brasileiro.
Discografia:
Terra Esperança – Kuarup – CD / Sivuca sinfônico – Biscoito Fino – CD (2006).
O poeta do som – DVD (2005)
Sivuca e Quinteto Uirapuru – Kuarup – CD (2004)
Cada um belisca um pouco – Biscoito Fino – CD (2003)
Enfim solo – Kuarup – CD (1997)
Pau doido – Kuarup – CD (1995)
Um pé no asfalto, um pé na buraqueira – Copacabana – LP (1990)
Sivuca e Rildo Hora: Sanfona e realejo – 3M – LP / Let’s vavos-Sivuca e guitars unlimited – RGE/Young – LP (1987)
(1986) Rendez-vous in Rio – Sonet (Suécia) – LP / Chico’s Bar-Sivuca e Toots Thielemans – Young/RGE – LP (1986)
Som Brasil – Sonet (Suécia) – LP (1985)
Forró e frevo 4 – Copacabana – LP / Sivuca e Chiquinho do Acordeon – Barclay – LP (1984)
Forró e frevo 3 – Copacabana – LP / Onça Caetana – Copacabana – LP (1983)
Forró e frevo 2 – Copacabana – LP / Vou vida afora – Copacabana – LP (1982)
Cabelo de milho – Copacabana – LP / Forró e frevo – Copacabana – LP (1980)
Sivuca – Copacabana – LP (1979)
Cabelo de milho – Copacabana – LP (1978)
Sivuca e Rosinha de Valença – RCA – LP (1977)
Live from Village Gate – Vanguard/Copacabana – LP (1975)
Sivuca – Copacabana – LP (1972)
Natural feelings – Buddah Records – LP / Joy – RCA (USA) – LP (1970)
Sivuca – Grammonfon AB Electra (Suécia) – LP (1969)
Sivuca – Interdisc (Suécia) – LP / Golden Bossa nova guitar – RCA – LP (1968)
Rendez-Vous a Rio – Barclay (França) – LP (1965)
Chorinho diferente/Esmagando rosas – Copacabana – 78 / Motivos para dançar nº 2-Sivuca e seu conjunto – Copacabana – LP (1957)
Homenagem à Velha Guarda/Pulando num pé só – Copacabana – 78 / Carabina/Lamento do morro – Copacabana – 78 / Lancha nova/Feijoada – Continental – 78 (1956)
Só esta valsa/Sincopado – Continental – 78 (1953)
Choro baixo/Entardecendo – Continental – 78 (1952)
Carioquinha no Flamengo/Tico-tico no fubá – Continental – 78 / Frevo dos Vassourinhas/Sivuca no baião – Continental – 78 (1951)
Obras/parcerias: A doce canção de Nélida (com Glorinha Gadelha); A história se repete (com Paulinho Tapajós); A noite ainda amanhece no Sertão (com Glorinha Gadelha); Aboio; Acuda patrão, acuda (com Glorinha Gadelha); Adeus, Maria Fulô (com Humberto Teixeira).
Severino Dias de Oliveira, mais conhecido como “Sivuca”, era filho de José Dias de Oliveira e Abdólia Albertina de Oliveira. Diferente de boa parte de músicos que, na sua infância, aprendiam a tocar um instrumento musical com pessoas da família, Sivuca foi um autodidata, na sua casa, nada via ou ouvia relacionado com a música. Seu pai era agricultor e também trabalhava com couro utilizando-o na confecção de selas. Seus irmãos eram sapateiros e ele acredita que, se não tivesse estudado música, fatalmente seria mais um sapateiro na família. Sua vocação foi mais forte do que toda e qualquer tendência.
Ganhou a sanfona de presente do pai em 13 de junho de 1939, num dia de Santo Antônio, aos nove anos. Desde então, até os quatorze anos, Sivuca tocou sanfona animando casamentos e festas pelo interior. Sua carreira profissional começou aos quinze anos, em 1945, no Recife, no Teatro Santa Isabel, ele assistiu ao primeiro concerto sinfônico com a Orquestra Sinfônica do Recife. Este fato abriu portas para um mundo musical que ele desconhecia. Posteriormente, teve a oportunidade de aprender suas primeiras lições de teoria musical com o clarinetista da Sinfônica, Lourival de Oliveira. Sivuca seguiu tocando e fazendo música pelo interior do Nordeste.
Ainda em 1945, aventurou-se no programa de calouros Divertimentos Guararapes, na Rádio Guararapes, com a canção “Tico-tico no fubá” (Zequinha de Abreu e Eurico Barreiros), e “In the mood” (Joe Garland e Andy Razaf). A pessoa responsável pela inscrição e seleção era o maestro Nelson Ferreira (compositor, violinista, pianista e regente pernambucano). Nessa ocasião, as atenções do maestro recaíram sobre o novato, que foi convidado para se apresentar no dia seguinte em programa escrito e apresentado pelo locutor esportivo, cronista e compositor Antônio Maria.
Sivuca – Carreira
Começou como profissional na Rádio Clube de Pernambuco, onde foi Nelson Ferreira quem lhe deu o nome de Sivuca. Na opinião dele, Severino Dias de Oliveira parecia anunciar uma firma comercial de interior e era muito grande para um nome artístico.
Na Rádio Clube de Pernambuco, em 1946, Sivuca conheceu Luiz Gonzaga. O músico gostou muito do que ouviu quando Sivuca tocou a sanfona. Gostou tanto que, uma semana depois, enviou um telegrama oferecendo um contrato de trabalho para a Rádio Nacional. Naquele momento, ele não pôde afastar-se do Recife por ter compromisso assinado com a Rádio Clube.
Em 1948, aprendeu arranjo e composição com o maestro Guerra-Peixe (compositor, arranjador e musicólogo fluminense) que assim o encaminhou na arte de fazer orquestrações. Neste mesmo ano, firma contrato com a Rádio Jornal do Commercio, Recife. Excursionando por Recife, a cantora Carmélia Alves se encantou com o músico, que já integrava o elenco da Rádio Jornal do Comércio, e o convidou para gravar em São Paulo.
No ano de 1950 grava, em parceria com Humberto Teixeira, o seu primeiro disco, pela gravadora Continental que revelou “Adeus Maria fulô”, além de interpretações de “Tico-tico no fubá” e do choro “Carioquinha no flamengo”, de Waldir Azevedo e Bonfiglio de Oliveira.
No fim do ano de 1950, saiu da Tupi. Isso porque aderiu a uma greve de reivindicação salarial. Juntou-se, então, ao grupo Brasília Ritmos, formado por Waldir Azevedo, Trio Fluminense, Vilma Valéria, Norato, Eliseu, Swing, Edison, Jorge e Tião Marinho, no qual ficou por três meses.
Em 1951, acompanhou a cantora Carmélia Alves ao acordeão em “No mundo do baião”, e participou de seu segundo disco, interpretando “Frevo dos vassourinhas número 1” (Matias da Rocha) e o baião “Sivuca no baião” (Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga). Ainda no começo da década, realizou temporadas anuais em São Paulo, estreando na Rádio Record, com a grande Orquestra Record, sob a regência dos maestros Hervê Cordovil e Gabriel Migliori.
Fixa residência no Rio de Janeiro em 1955 e no período de 1955-1958, foi contratado pelos Diários Associados para fazer apresentações na Rádio e na TV Tupi cariocas. Em 1956 gravou pela Copacabana, de sua autoria, o choro “Homenagem à velha guarda”, seu segundo sucesso, e a polca “Pulando num pé só”, de Edvaldo Pessoa. Nesse período, compôs Homenagem à Velha Guarda e, em parceria com Humberto Teixeira, Fogo Pagô. Fez arranjos e trilhas sonoras para os filmes de Roberto Farias: Rico ri à-toa e “No mundo da lua” e participou do LP (long play, disco em vinil) de Altamiro Carrilho, em 1957.
A Lei Humberto Teixeira, assinada pelo presidente Juscelino Kubitschek, em 1957, que estabelecia a promoção da música brasileira no exterior, favoreceu a ida de Sivuca para a Europa. Com o passaporte carimbado, embarcou com o grupo “Os Brasileiros”, sob a liderança de Guio de Morais, para uma turnê de três meses na Europa. Ao lado do Trio Iraquitã, de Dimas, de Pernambuco e de Abel Ferreira, o combo divulgaria a MPB no exterior. Eles se apresentaram no Olympia de Paris, no London Palladium e na Exposição Internacional de Bruxelas (1958).
Sivuca viveu em Lisboa, Portugal. Ele ficou na Europa por alguns anos. Gravou seu primeiro LP pela gravadora Valentin de Carvalho, em que produziu e arranjou o primeiro disco de música angolana da Europa, Duo ouro negro. Fez shows na Bélgica, Suíça e Sul da França. Em 1960, foi convidado para trabalhar em Paris. Apresentou-se na Maison Barclay, na capital francesa, e lá permaneceu por quatro anos, apresentando-se em restaurantes e clubes. Em 1962, gravou pela Barclay o LP Rendez-vous a Rio, e recebeu o prêmio de melhor músico do ano, concedido pela imprensa francesa.
De volta ao Brasil, em 1964, foi convidado para ir aos Estados Unidos. Sua intenção era passar seis meses e acabou ficando por lá durante 13 anos. Acompanhou a cantora Carmen Costa como guitarrista em apresentações pelos Estados Unidos. Entre 1965 e 1969, assumiu a direção musical da cantora sul-africana Miriam Makeba. Com ela gravou 3 discos em Nova York e conquistou o sucesso internacional como arranjador instrumentista com “Pata-pata”.
Realizou turnês pela Ásia, África, Europa, América do Sul e do Norte. Inaugurou, nessa época, o segundo canal de televisão da Suécia, onde gravou dois LPs. Chegou a lançar um LP japonês como violonista. Pela primeira vez, visitou a Escandinávia e assim descreveu em seu site oficial suas impressões sobre a gente dali: “Eu lembro bem da minha primeira chegada à terra dos vikings. Achei um povo muito parecido comigo, na cor alva da pele e no gosto pelo acordeão. Fui logo tratado por eles como irmão”.
No ano de 1968, ainda morando em Nova York, voltou duas vezes para temporadas de shows que resultaram em programas de televisão na Finlândia e Noruega, além da gravação de três discos (um solo e dois com Putte Wickman).
Em 1969, desligou-se da banda de Miriam Makeba e, a convite de Oscar Brown Jr. assumiu a direção do musical Joy. Compôs “Mãe áfrica” para esse espetáculo e com ele se apresentou em San Francisco, Chicago e Nova York, onde o show foi gravado ao vivo pela RCA. Quatro anos depois, projetou-se mais uma vez, com seu show de música brasileira, no Village Gate, onde permaneceu em cartaz por 2 meses e gravou o LP Life from the Gate, pela Vanguard.
Durante o ano de 1975 realizou projetos com artistas renomados como Hermeto Pascoal, Airto Moreira, Betty Midler, Paul Simon. Filmou um programa especial para a televisão francesa com o mímico Marcel Marceau e com o ator e cantor Harry Belafonte. Casou-se com a compositora Gloria Gadelha, com quem iniciou uma parceria musical frutífera, com destaque para o forró “Feira de Mangaio”, considerado um clássico do forró e eternizado por Clara Nunes.
Em 1978 lançou o LP Sivuca, no qual interpretou o sambaião “O dia em que El Rey voltou à terra de Santa Cruz”, parceria com Paulinho Tapajós; as Upakangas – ritmo originário da África do Sul – “Mãe áfrica” (em parceria com Paulo Cesar Pinheiro) e a “Barra vai quebrando”; e o arrasta-pé “Samburá de peixe miúdo”, estas duas últimas em parceria com a mulher Glorinha Gadelha. No mesmo ano, obteve grande sucesso com a composição “João e Maria”, um clássico da MPB, em parceria com Chico Buarque. A canção saiu no disco “Meus amigos são um barato”, nas vozes de Nara Leão e Chico, com arranjo de Sivuca.
No ano de 1980 lançou o disco “Cabelo de milho”, no qual interpretou, entre outras, a faixa-título, em parceria com Paulinho Tapajós; “Cantador latino”, com Paulo Cesar Pinheiro; “No tempo dos quintais”, que contou com a participação especial do cantor Fagner; além de “Se te pego na mentira”, em parceria com Glorinha Gadelha.
Em 1984, o arranjador e produtor Rune Öfwerman apresentou Sivuca a Griec e Hans Cristian Andersen. Idealizou e produziu, pela gravadora Sonet, o projeto Rendez-vous in Rio, composto pelo disco Som Brasil, por um segundo da cantora sueca Sylvia Vrethammar e por Chico’s bar, do brasileiro com o gaitista belga Toots Thielemans. Este projeto culminou com a gravação de um clipe, ao vivo, no Chico’s Bar, Rio de Janeiro, pela TV sueca.
Nos anos seguintes ele foi convidado, pelo produtor Rune e Sylvia, para uma série de temporadas pela Escandinávia. No mesmo ano, juntou-se a Chiquinho do Acordeon no disco Sivuca e Chiquinho, que contou com a participação especial do maestro Radamés Gnattali.
Gravou as composições “Pé de moleque”, de Radamés; “O eterno jovem Bach”, de Altamiro Carrilho; “Valsa verde”, de Capiba; “Aquariana” do próprio Sivuca e “Rabo de fita”, parceria de Sivuca e Chiquinho do Acordeon.
Em 1985 colocou três discos nas prateleiras suecas: Som Brasil, Rendez-vous in Rio e Chico””s bar – Sivuca e Toots Thielemans, os três pela gravadora Sonet. No final da década de 80, lançou com o gaitista Rildo Hora o LP Sanfona e realejo, que obteve boa receptividade por parte da crítica especializada.
Após a morte da cantora Nara Leão, em 1989, Sivuca e Paulinho Tapajós compuseram, em sua homenagem, “Canção que se imaginara”, registrada no primeiro no CD “Enfim solo”, lançado em 1997 e no qual interpreta composições de Pixinguinha, Luperce Miranda e Johann Sebastian Bach.
Em 1990, lançou o LP Um pé no asfalto, um pé na buraqueira, com a participação especial de Rildo Hora e de Glorinha Gadelha interpretando, entre outras, “Bom e bonito”, de Osvaldinho do Acordeon; “Forró da gente”, de Cecéu; “Guararema”, em parceria com Glorinha Gadelha, e “Quem disse que o forró acabou?”. Em abril de 1994, foi ao ar na TV Cultura, o programa Ensaio com Sivuca e o convidado Dominguinhos. No dia 30 de dezembro, participou do show em homenagem à posse do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ao seu lado se apresentam Hermeto Pascoal, Osvaldinho, Borghetinho e Waldonys.
Continuou realizando apresentações no Brasil e no exterior, participando de festivais e recebendo a reverência internacional por seu trabalho instrumental. No carnaval de 1999, a Unidos de Vila Isabel homenageou a cidade de João Pessoa, capital da Paraíba. Entre os destaques da agremiação estavam Elba Ramalho, Sivuca e Herbert Viana. Em 2000 apresentou-se no Teatro Municipal do Rio de Janeiro junto com a Orquestra Petrobras Pró Música e o arranjador Wagner Tiso.
Em janeiro de 2001, em São Luís (Maranhão), na série de shows em homenagem ao compositor Antônio Vieira, principal fonte de inspiração de novos músicos maranhenses, subiu ao palco junto com Zeca Baleiro, Rita Ribeiro e Elza Soares. No ano seguinte, participou de shows em comemoração aos 25 anos de fundação da gravadora Kuarup, com apresentações no Canecão, no Rio de Janeiro, e no Teatro da UFF, em Niterói.
Em 2004, Sivuca gravou três discos: Cada um belisca um pouco (Biscoito Fino), com Dominguinhos e Oswaldinho; Sivuca & quinteto uirapuru (Kuarup) e Sivuca sinfônico, que permaneceu inédito até 2006, em que empunhou a sanfona e se uniu à Orquestra Sinfônica de Recife para registrar composições populares com arranjos eruditos.
Estão no repertório: “Rapsódia gonzaguiana” (uma seleção de clássicos de Luiz Gonzaga), “Concerto sinfônico para Asa Branca” (adaptação para sanfona e orquestra do Hino de Gonzagão e Humberto Teixeira), “Feira de mangaio”, “Aquariana” (peça feita por ele para Glorinha, única inédita em disco), “Moto-perpétuo” (transcrição para sanfona da peça de Paganini), “Quando me lembro” (de Luperce Miranda), e “João e Maria”. Em 2004, nos festejos juninos organizados pela Prefeitura do Recife, Sivuca foi o homenageado da festa.
A saúde de Sivuca foi piorando e o câncer nas glândulas salivares que vinha tratando desde 1968, há trinta e dois anos, e atingiu seu pulmão em novembro de 2005. Incansável, não parou, e assinou todos os arranjos para o disco “Terra Esperança”. O disco Sivuca sinfônico foi lançado pela gravadora carioca Biscoito Fino. Mais um de seus grandes sonhos, unir música popular e erudita pela sua sanfona, que estava realizado.
A saúde do músico voltou a piorar e em 14 de dezembro de 2006, depois de mais de um ano em tratamento de um câncer de laringe, Sivuca, aos 76 anos, falece em decorrência de uma insuficiência respiratória causada por edema pulmonar, em João Pessoa, capital da Paraíba. Compareceram em seu enterro mais de 2 mil pessoas.
Muitas partituras de Sivuca foram doadas por sua viúva, Glória Gadelha ao acervo da Fundação Joaquim Nabuco, do Recife. A doação a uma instituição pernambucana deveu-se a uma dívida de gratidão que o próprio Sivuca dizia ter com o Recife em sua formação musical. A produção musical de Sivuca é extensa, reflete a sua genialidade musical.
Uma pesquisa coordenada por sua filha, a socióloga Flávia de Oliveira Barreto, traça os passos de Sivuca pelo Nordeste. Fávia destaca “O aceso aos acervos pessoais dos amigos e parceiros de Sivuca será fundamental para o levantamento da vida e obra do sanfoneiro. São muitos discos, canções, arranjos e participações feitas pelo meu pai e que ainda não foram devidamente catalogados num banco de dados único. O nosso desafio é reunir toda a sua obra”, afirma. A pesquisa conta com o patrocínio inicial do Banco do Nordeste, através da Lei de Incentivo à cultura do Governo Federal, e o apoio do Governo do Estado de Pernambuco.
Sivuca é considerado no Brasil e no mundo um dos mais importantes músicos do século XX. São muitas as contribuições do multi-instrumentista para o enriquecimento da música brasileira e mundial. O artista revelou a universalidade da música nordestina. Foi tocando balaio que ele conquistou Mirim Makeba, a cantora militante do movimento negro dos Estados Unidos na década de 1970, com quem fez shows na América, África e Europa.
Através da música Sivuca provou que é possível quebrar barreiras e preconceitos. É tanto que na Noruega ele foi o precursor de um novo estilo musical que mistura forró do Nordeste com canções típicas daquele país.
Outra contribuição de Sivuca foi transformar a “Música Popular Nordestina” em peças para orquestras para todo o mundo; diminuindo a distância entre o que chama de popular e erudito. Ele levou a sanfona, tradicionalmente ligada ao forró para a família dos instrumentos sinfônicos.
E recebeu reconhecimento internacional por seus trabalhos que incluem dentre outros ritmos, choros, frevos, forrós, baião, música clássica, blues e jazz. Esse é um feito histórico. Flávia Oliveira enfatiza “Sivuca levou a sanfona para a sinfonia”.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sivuca
http://www.dicionariompb.com.br/sivuca
http://www.sivuca.com.br/main.html#/inicio
http://culturanordestina.blogspot.com.br/2008/07/sivuca-biografia.html
http://musica.uol.com.br/ultnot/2006/12/15/ult89u7342.jhtm
http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,AA1388607-7085,00.html