Pesquisa e texto: Jonas do Nascimento dos Santos
Naturalidade: Tracunhaém-PE // radicado na Paraíba
Nascimento: 1932 // Falecimento: 2003
Atividade artístico-cultural: artista plástico (ceramista)
Participação em Exposições: Centro Cultural São Francisco (1975); Sesc São Paulo (1976); UFPB (1978); Galeria Gamela (1981); Galeria Batik (1977); Centro Social Urbano Monsenhor José Coutinho (1980); Funesc (1983); Rio Design Center (1984); Salão Nacional do Ceará (1984); XII Fenart (2008 – ocupou Sala Especial como integrante da mostra Panorama da Cerâmica Artística); Usina Cultural Energisa (2009 – homenagem póstuma)
Antonio Pascoal Regis, o Tota, nasceu em 1932 na cidade pernambucana de Tracunhaém, mas mudou-se para João Pessoa na Paraíba no ano de 1972, donde viveu até sua morte em 2003. Oriundo da mais pura tradição dos oleiros de Tracunhaém, Tota dedicou-se à cerâmica desde cedo. Trabalhou em olarias da cidade de Itabaiana-PB, e foi operário da Indústria Santo Antônio, de artefatos de cerâmica, em São Paulo.Tota não representa apenas um artista a mais na constelação paraibana. É para todos nós o mais significativo exemplo de que a arte não se estabelece por força do poder de gostos padronizados; pelo contrário, a verdadeira expressão se revela pela competência.
Tota dedicou uma vida inteira ao universo do barro. Dos tempos em que produzia utilitários em Tracunhaém, na Zona da Mata de Pernambuco – onde metade da população vive de transformar barro ‘em santo ou em panela – até emprestar sua experiência à indústria paulista de cerâmica, tudo o que Tota fez na vida, o fez com o barro. Assim, criou família e ganhou notoriedade quando, em 1972, além de exímio oleiro de panelas e potes, se descobriu ‘artista! E para comprovar a pureza e singularidade da obra de Tota, conta-se que um crítico de arte carioca propositalmente confundiu um grupo de especialistas em concorrido encontro no Rio de Janeiro, apresentando-lhes uma das cerâmicas do artista como sendo de autoria de Picasso, tal a surpreendente identidade visual das peças de ambos os artistas.
Desfeito o mal entendido, todos se espantaram ao saber que o verdadeiro autor era um artista popular da longínqua Paraíba e, mais ainda, que ele jamais ouvira falar de Pablo Picasso. São marcantes suas cabeças e suas figuras humanas em estilo expressionista. Tota usava torno de oleiro de pé e outras técnicas de modelagem, decorava com esmaltes de tons variados, e queimava suas peças em rústico forno a lenha. Realizou várias exposições e deixou um acervo significativo de obras em museus e coleções particulares.
Entre suas exibições artísticas individuais ou coletivas estão o Centro Cultural São Francisco (1975); Sesc São Paulo (1976); UFPB (1978); Galeria Gamela (1981); Galeria Batik (1977); Centro Social Urbano Monsenhor José Coutinho (1980); Funesc (1983); Rio Design Center (1984); Salão Nacional do Ceará (1984); XII Fenart (2008 – ocupou Sala Especial como integrante da mostra Panorama da Cerâmica Artística); Usina Cultural Energisa (2009 – homenagem póstuma).
Fontes:
https://www.galeriapontes.com.br/project/tota-8/
https://artepopularbrasil.blogspot.com/2011/05/tota.html
https://www.catalogodasartes.com.br/artista/Tota%20de%20Tracunhaem%20%281932-2003%29/