Pesquisa e texto: Jonas do Nascimento dos Santos
Naturalidade: João Pessoa-PB
Nascimento: 19 de outubro de 1923 // Falecimento: 1 de agosto de 1975
Atividade artístico-cultural: Escritor e crítico literário
Atividade Profissional: Professor
Formação Acadêmica: Bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife (1946)
Publicações: Antagonismo e Paisagem (1962), Caxias (1964), O Alexandrino Olavo Bilac (1965), Atualidade de Epitácio (1965), A Modelação (1966), Os Seres (1968), Tempo de Vingança (1970), A Vítima Geral (1975), O Romance Nordestino & outros ensaios (1980), Estudos Críticos I; Zé Américo — Freyre — Zé Lins — Graciliano (1980), Estudos Críticos II; Cony — Pompéia — Figueiredo — Proença — Zé Condé — Moacir C. Lopes — Montello (1980)
Premiações: Prêmio “Carlos Laet” da Academia Brasileira de Letras; Prêmio “Serviço Nacional do Teatro”; Prêmio de romance “José Lins do Rego”, do Instituto Nacional do Livro; Prêmios “Manuel Antônio de Almeida” da Secretaria de Educação e Cultura da Guanabara e de Ficção da Fundação Cultural do Distrito Federal
Virgínius Figueiredo da Gama e Melo foi um escritor e professor paraibano, considerado um dos principais críticos literários do estado em seu tempo. Ao longo de sua carreira, publicou seus textos em jornais de Pernambuco, da Paraíba, do Rio de Janeiro e São Paulo. Foi um dos primeiros professores da Universidade Federal da Paraíba. Sua produção literária foi relativamente curta, porém chegou a ser premiado pela Fundação Cultural do Distrito Federal em 1972 por seu romance “A Vítima Geral”. Nascido em João Pessoa, era filho único de Pedro Celso da Gama e Melo e de Severina Figueiredo da Gama e Melo. Há controvérsias sobre o ano exato de seu nascimento: enquanto sua certidão de nascimento, carteira de identidade e outros documentos registram o ano de 1922, em correspondência com Gilberto Amado ele afirma ter nascido em 1923.
Como a maior parte dos intelectuais da época, Virgínius foi aluno da Faculdade de Direito do Recife, onde bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais no ano de 1946. Depois de algum tempo trabalhando em Campina Grande para seu tio Argemiro de Figueiredo, volta a Recife em 1952 onde inicia sua carreira jornalística. Nesse período, escrevendo comentários políticos e crítica literária, colabora com os jornais Jornal do Commercio, no Diário da Noite e no Correio da Manhã. No final da década de 1950, dividindo sua atividade entre Recife e João Pessoa, passa a publicar em jornais de todo o país, a exemplo do Diário de Pernambuco, O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil, Jornal de Letras e Diário de Notícias, além de ser colunista dos jornais paraibanos O Norte, A União e o Correio da Paraíba.
Em 1962, por intermédio do reitor Mário Moacyr Porto, torna-se professor titular e fundador da cadeira de Teoria da Literatura da Universidade Federal da Paraíba. Nessa função, orientou e influenciou toda uma geração de intelectuais paraibanos, tornando-se conhecido por sua independência crítica e afeição à boemia. Além de suas aulas, formalmente ministradas no prédio da FAFI (Faculdade de Filosofia da UFPB), era visto cotidianamente na Sorveteria Canadá e na Churrascaria Bambu, estabelecimentos próximos à universidade onde continuava falando sobre literatura, política, história, artes e amenidades, sempre rodeado de amigos, artistas e intelectuais.
Virgínius veio falecer no dia 1 de agosto de 1975, aos 51 anos de idade, em 2017, recebeu homenagem póstuma da Assembleia Legislativa da Paraíba, com o tema geral “Tributo ao Menestrel”, na ocasião fora lembrado pela sua consagrada crítica, exposição de suas obras e documentário fotográfico.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Virg%C3%ADnius_da_Gama_e_Melo
https://www.carlosromero.com.br/2022/10/cem-anos-de-virginius-da-gama-e-melo.html