Laura Moura
Nesta última semana a ativista climática e arquiteta Alice Piva foi nomeada Champions (embaixadora) do Acordo de Escazú. Na luta contra a crise ambiental, a jovem paraibana desenvolve pesquisas na área desde 2018. Com o acordo, ela reforça seus princípios lado a lado com a equipe, na defesa dos direitos de acesso à informação, à participação e à justiça em questões ambientais e à proteção de defensores/as ambientais.
Em vigor desde abril de 2021, o Acordo de Escazú é não só o primeiro tratado ambiental da América Latina e do Caribe, mas também o primeiro do mundo com obrigações específicas de proteção de defensores/as ambientais. No intuito de não só disseminar informações e provocar mais interação do público com as questões ambientais, o projeto é fundamental para governos transparentes e cada vez mais comprometidos com a causa. Ratificado por 15 países, entre eles Argentina, Chile, México e Uruguai, o Brasil ainda não confirmou o Acordo. Com o documento assinado em 2018, o governo federal enviou ao Congresso Nacional em maio de 2023 e até o momento aguarda a sua aprovação.
Além de arquiteta, Alice Piva também é designer multidisciplinar e urbanista com experiência em articulação e coordenação de projetos em organizações da sociedade civil latino-americana nas pautas de clima, cidades, acesso à informação e direitos humanos. Ela atua ainda como articuladora e representante da Greve Pelo Clima no Nordeste, no Brasil e na América Latina (Fridays for Future e Nordeste Pelo Clima). Seus esforços corroboram na elaboração de narrativas possíveis e desejáveis para o futuro através da transição ecológica, com destaque para os sistemas de adaptações de cidades à crise climática.
Atualmente, Alice lidera grupos de pesquisa e ativismo centrados na promoção da democracia ambiental, direito à cidade e transição energética justa no Nordeste do Brasil e na América Latina em parcerias com instituições como a CEPAL/ECLAC, Secretaria de Juventude do Estado da Paraíba, UFPB e grupos de juventude.