A Cenário Cia de Dança, em parceria com o Departamento de Dança da Universidade Federal da Paraíba, a Casa de Cultura Cia da Terra e a Fazendo Arte, apresenta o 2º Curta Dança, 19h dos dias 23 2 30 de outubro, na Casa de Cultura Cia da Terra. Os ingressos custam 20 reais e estão à venda no local da apresentações.
Nesta edição serão apresentados 4 espetáculos. No dia dia 23 de outubro será apresentado ‘Es passos entre mundo’ – de Kilma Farias com intervenções visuais de Guilherme Schulze – e ‘Quarenta ou 4 e dez’ – de Bárbara Santos com participação do músico João Nicodemos. No dia 30 será a vez de ‘Cordões’ – com Carolina Laranjeira -, ‘Quarenta ou 4 e dez’ e ‘Prometa-me dançar – com Mika Gabrielli.
Es passos entre mundos – Estudo com base no Estado Não Ordinário de Consciência (ENOC) e nas articulações entre corpo e memória, trazido pela Ayahuasca. Sob o efeito espiritual do chá, apresenta-se um duplo espaço, composto pelo espaço físico, material, palpável, e o espaço da visão ou, para utilizar a nomenclatura comum, as diversas religiões e grupos brasileiros que fazem o uso do chá: a miração. Neste estado a bailarina propõe uma narrativa pela dança e um poder se estabelece: o de estar presente, via corpo e percepções, em dois mundos. Produção de dança em diálogo com o grupo de pesquisa Sacratum (Mestrado em Ciências das Religiões) e o grupo de pesquisa NepCênico (Departamento de Artes Cênicas).
Movente: Kilma Farias
Interferências visuais: Guilherme Schulze
Orientação: Guilherme Schulze e Suelma Moraes
Apoio e participação: Cila Cavalcante e Mariana Oliveira
Quarenta ou 4 e dez – Este solo é ma composição aberta à improvisação que se desenvolve a partir da questão ‘o que me movo quando me movo dançando?’. A memória, juntamente com os estudos da percepção e ação, atua como dispositivo para a criação. Repetição, exaustão, controle motor e as imagens são elementos resultantes desse dispositivo, desencadeando uma dramaturgia em torno do universo feminino que vai sendo construída junto ao fazer.
Trata-se de uma investigação disparada nos estudos iniciais do mestrado no PPGDança/UFBA em 2010, que se propôs a investigar como um dançarino faz escolhas e como se percebe implicando na ação enquanto dança. Em 2014 este solo integrou uma etapa do projeto de extensão ‘Improvisatório PB/PE: estudos interdisciplinares para a improvisação em dança’ e contou com a participação do músico João Nicodemos, que cria uma ambiência sonora em tempo real.
Concepção e interpretação: Bárbara Santos
Músico: João Nicodemos
Assistência artística: Gabriela Santana
Prometa-me dançar – Nasce a partir de estudos relacionados às danças brasileiras. Iniciou-se um processo de investigação corporal com o intuito de perceber a ancestralidade nas ações físicas e psíquicas do corpo contemporâneo, desenvolvendo um trabalho coreográfico que entrelace o sagrado e o profano, o real e o imaginário, o eu e o nosso. Também se pretendeu revelar a herança cultural por meio de símbolos e histórias familiares, o que auxiliou na composição e na compreensão da ‘identidade brasileira’ em questão.
Concepção e interpretação: Michelle Gabrielli
Direção artística: Laís Luah
Trilha Sonora: Erick de Almeida e Alexandre Negri
Desenho de Luz: Ali Cagliani
Figurino: Tainá Macedo
Costureira: Vera Silva
Cordões – É o resultado de uma investigação em dança impulsionada pela experiência do encontro entre a dançarina Carolina Laranjeira, a manifestação tradicional do Cavalo Marinho, original da Zona da Mata Norte de Pernambuco, e artistas colaboradores. A partir da materialidade corporal, musical e visual da manifestação foram produzidos novos materiais. Trupés, tombos e pisadas – movimentações característica do Cavalo Marinho – condensam-se, reduzem-se e transformam-se, gerando vibrações, estados e movimentos. A palavra cordões, que significa ligação, encadeamento e entrelaçamento, sugere o que se vê em cena, um percurso permeado por pulsação e fluidez. Configurado como uma trama que lança imagens e sensações num jogo de sentidos abertos.