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Dia do Livro Infantil: a importância de desenvolver a leitura para as crianças

Gustavo D.

Livros… A simples abertura de uma página pode ser considerada para muitas pessoas a expansão de um universo e uma forma de escapismo da realidade em que vivem. Mas o valor desse conjunto de folhas de papel não é apenas lúdico e pode trazer grandes benefícios, como auxiliar na concentração, raciocínio, criatividade e compreensão das pessoas, principalmente caso a leitura seja desenvolvida desde a infância. Logo, torna-se importante para as crianças terem contato com os livros desde cedo.

O livro infantil foi criado com o objetivo de tornar acessível a leitura para os menores. Essas obras possuem um viés mais lúdico e fantasioso e, geralmente, contêm uma lição valiosa, para que os pequenos levem como aprendizado para as suas vidas. Além disso, possuem uma linguagem menos rebuscada e utilizam bastante de recursos visuais para enriquecer o texto e facilitar a compreensão do público leitor. Algumas das obras clássicas consideradas como “infantis’’ são as fábulas ou os contos de fadas, por exemplo.

Buscando valorizar o trabalho realizado em diversos livros infantis e dos autores por trás deles, amanhã é celebrado o Dia Internacional do Livro Infantil, marcado como o dia e mês de nascimento do autor dinamarquês Hans Christian Andersen, considerado como o primeiro autor moderno dos contos de fadas. No Brasil, a data também é comemorada no dia 18 de abril, Dia Nacional do Livro Infantil, que marca o nascimento do primeiro escritor brasileiro que escrevia para crianças: Monteiro Lobato, conhecido principalmente pela sua obra ‘‘O Sítio do Picapau Amarelo’’, que reúne a vida de crianças em uma fazenda com elementos fantasiosos do folclore brasileiro.

Dentro da Paraíba, vários escritores se dedicam a produzir suas obras para crianças, como é o caso de Neide Medeiros Santos. Apesar de nascer no Rio Grande do Norte, Neide veio morar em João Pessoa quando criança e já garantiu seu espaço na Academia Feminina de Letras e Artes da Paraíba (Aflap).  Desde sua primeira infância esteve em contato com livros, quando uma contadora de histórias apresentou folhetos de cordel como ‘‘A princesa da pedra fina’’, ‘’O pavão misterioso’’ e ‘’João de Calais’’.  Quando aprendeu a ler, logo descobriu Monteiro Lobato.

‘‘Me deliciava com as travessuras de Emília. Queria ser ela’’, conta a autora. 

As obras de Neide buscam trazer para a realidade das crianças o trabalho e a história de grandes escritores da Paraíba, como no livro ‘‘Era uma vez um menino chamado Augusto’’, que usa da poesia para contar sobre a vida de Augusto dos Anjos. Outras obras de destaque suas são as participações na Coleção Primeira Leitura, que traz biografias de personalidades paraibanas. Escreveu quatro roteiros para a coleção, como a obra ‘‘Epitácio Pessoa em Quadrinhos’’, que transforma a história do professor Epitácio Pessoa em uma história em quadrinhos.  

Livro ‘‘Era uma vez um menino chamado Augusto’’, da autora Neide Santos. Foto: Arquivo Pessoal.

Neide acredita que a literatura infantil é muito importante para a formação do leitor, e uma área que a encanta até hoje. ‘‘Hoje não sei viver sem literatura’’, afirma.

Editora ‘‘A União’’ traz livros infantis à Paraíba

Vinculada à Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), a Editora A União também implementa entre suas publicações os livros infantis. Segundo Alexandre Macedo, gerente executivo da editora, a linha dos livros infantis é significativa por se referir a um público específico que também é leitor, e assim ajudar a fomentar a leitura. Além disso, afirma que é importante diversificar o catálogo da editora, e dar visibilidade aos autores infantis existentes na Paraíba e a produções locais que considera muito boas.

Algumas obras infantis editoradas pela Editora A União são ‘‘Dedo mindinho, seu vizinho, maior de todos, fura bolo e cata piolho’’, de Messina Palmeira e ‘‘Um amigão chamado Dino’’, de Cris Furtado. A primeira história, lançada em outubro de 2020, retrata a educação infantil a partir dos dedos das mãos, e tem o objetivo de auxiliar no processo de alfabetização de crianças. Já a obra de Cris Furtado, lançada no ano passado, conta a história de uma criança que mora em Sousa e conhece um dinossauro chamado Dino em uma das suas visitas ao Vale dos Dinossauros. O livro, que mistura realidade com fantasia, busca trazer os infantes por um passeio pela geografia e história do vale e da cidade em geral.

Livro ‘‘Um amigão chamado Dino.’’, de Cris Furtado, um dos livros editoradas pelo A União. Foto: Reprodução/Instagram

Para comemorar o Dia Nacional do Livro Infantil, a editora irá lançar uma reedição do livro ‘‘O rato que roeu o rei’’ do poeta André Ricardo Aguiar, história desenvolvida por André a partir do trava-língua popular. 

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