Laura Moura com assessoria
Com o intuito de visibilizar a leitura e sua importância no estado, a Academia Paraibana de Letras (APL) lançou, nesta última terça-feira (22), o projeto “O Livro Falado”. Tal como uma porta aberta para o conhecimento e a formação de cidadãos críticos, o programa determinou a dez acadêmicos a tarefa de escolher obras literárias para apresentação em sala de aula de escolas estaduais e municipais de João Pessoa. Com obras majoritariamente paraibanas, seu propósito é instigar a educação e fortalecer a cultura regional.
Além de promover o acesso igualitário à cultura, o projeto está alinhado ao Estatuto da Pessoa com Deficiência e à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que destacam o direito à educação inclusiva e à participação cultural de forma ampla.
“Ao tornar a literatura acessível, a iniciativa não só estimula a leitura, como também fortalece a inclusão social, oferecendo recursos importantes para o desenvolvimento dos jovens”, disse a professora Janaína Camilo, coordenadora do projeto. Assim, todos os vídeos têm legenda e audiodescrição para compreensão completa.
Os vídeos gravados estão sendo distribuídos às escolas municipais e estaduais, incluindo aquelas já atendidas pelo projeto “A Arte de Educar: uma viagem pelo universo da Literatura Paraibana”. A ação pretende expandir o impacto, alcançando um número cada vez maior de estudantes e garantindo que o acesso à literatura paraibana seja uma realidade para todos. “Para os jovens, a leitura é crucial, pois estimula a criatividade, aprimora o vocabulário e desenvolve habilidades de interpretação”, disse o presidente da APL, Severino Ramalho Leite.
O projeto “O Livro Falado” pode ser encontrado no Youtube da Academia Paraibana de Letras de forma fácil e acessível. Colabore com esse projeto através da divulgação com amigos e familiares.
Parcerias
O projeto foi realizado pela Academia Paraibana de Letras e financiado por uma emenda parlamentar do vereador, Fernando Milanez Neto, e gerido pela Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope). Homenageia o Deputado Fernando Paulo Carrilho Milanez, que teve uma atuação brilhante na Assembleia Legislativa do Estado nos anos de 1980.
As gravações aconteceram, em sua maioria, no emblemático Jardim de Academos, parte do complexo histórico da Academia Paraibana de Letras (APL), um cenário cuidadosamente escolhido para destacar a importância do projeto. Para ambientar as gravações, foram construídos bancos em formato de livros abertos e posicionados no local, onde os sócios da APL, atuaram como narradores voluntários. Também foram gravados vídeos no Auditório Celso Furtado, no memorial Augusto dos Anjos e na Sala de Convivium, todos os ambientes na APL.
Os acadêmicos e os livros apresentados
Os vídeos foram gravados pelos acadêmicos: Astenio Fernandes apresentou o livro “Os sertões”, de Euclides da Cunha; Damião Cavalcanti falou sobre o livro “Meus verdes anos”, de José Lins do Rego; José Mário Branco comentou o livro “Eu e Outros Arrecifes”, escrito por Luiz Augusto Crispim; José Nunes falou sobre “Retrato de memória”, de Gonzaga Rodrigues; Maria das Graças Paiva Santiago falou sobre o escritor José Lins do Rego como cronista, ensaísta e crítico literário; Milton Marques Júnior abordou o livro “Eu e outras poesias”, de Augusto dos Anjos; Neide Medeiros falou sobre o livro “Guriatã – um cordel para menino”, escrito por Marcus Accioly; Rui Leitão apresentou “Carcará”, de Ivan Bichara; Tarcísio Pereira escolheu o cordel “O cachorro do mortos”, do poeta popular Leandro Gomes de Barros, e Thélio Farias optou pelo livro “Eita gota! Uma viagem paraibana”, de autoria de Efigênio Moura.
APL – Academia Paraibana de Letras
A Academia Paraibana de Letras tem como presidente Severino Ramalho Leite, como vice-presidente Sales Gaudêncio, diretor administrativo Hélder Moura, diretor financeiro Rui Leitão e diretor de comunicação José Nunes da Costa.
O projeto “O Livro Falado” foi coordenado pela Professora Drª Janaína Camilo, pela secretária da APL Tânia Maria da Silva e pelo formando em Letras Clássicas Jonathan Faustino de Jesus. A produção e direção é do jornalista José Vieira Neto e a arte gráfica e finalização de Alexandre Magno.