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No Dia do Trabalhador, conheça a história de quem vive do artesanato

Gustavo D.

Hoje, 1° de maio, é celebrado o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, data criada para homenagear os trabalhadores que no dia 1 de maio de 1886 realizaram manifestações nas ruas de Chicago, nos Estados Unidos, lutando pela melhoria das condições em que trabalhavam, como diminuição da jornada de trabalho de 13 para 8 horas, aumento dos salários e pelo direito à descanso semanal e férias. Contudo, a luta não ficou concentrada em Chicago, já que o dia também foi marcado por uma greve geral dos operários em todo o território americano. Atualmente, cerca de 80 países comemoram no primeiro dia do mês toda a luta e resistência dos operários.

O feriado foi instaurado em 1924 no Brasil, durante o governo de Artur Bernardes, embora tenha ganhado uma maior importância a partir da presidência de Getúlio Vargas, quando ele passou a usar a data como forma de anunciar as novas medidas voltadas ao público trabalhador, como a criação do salário mínimo em 1940.

Outra forma de trabalho que também busca se mobilizar é o artesanato. Em uma era industrial, o artesão é desvalorizado por realizar trabalho manual, fora a ideia preconceituosa de que a arte não é uma forma digna de trabalho. Na Paraíba, os trabalhadores do artesanato são muito importantes, tanto para a economia quanto para a cultura. Pessoas de todo o estado confeccionam obras artísticas como roupas, bolsas e esculturas utilizando as próprias mãos como forma de produção, confeccionando produtos de diversos materiais como barro, palha, tecido, madeira, entre outros. 

O Mercado de Artesanato Paraibano (MAP), localizado em João Pessoa, é conhecido por ser o maior espaço de comercialização para artesãos no estado. Considerado um dos grandes pontos turísticos da cidade, o prédio contém mais de 120 lojas voltadas ao artesanato local.

Uma dessas lojas é a Butique Ivania Barreto, responsável por produzir peças de decoração utilizando couro bovino e caprino. Sua fundadora é a cearense Ivania Motta Só Barreto, que vive na capital paraibana há mais de 20 anos.  Segundo ela, seu trabalho com o couro  começou de uma maneira orgânica e instintiva, construindo suas técnicas de produção ao longo do tempo. Começou a expor suas obras em feiras e lojistas de atacado, tendo migrado para o MAP há cerca de quinze anos, onde se divide entre o trabalho na loja e no seu atelier, local que realiza a confecção das suas obras. Além das peças de decoração, Ivania produz itens como bolsas, carteiras e joias.

Ivania Motta e algumas de suas obras de artesanato. Foto: Arquivo Pessoal.

Para Ivania, o artesanato é extremamente importante, já que é uma forma de expressão de um povo e de sua região, e que, além de gerar renda e sustentabilidade, também é uma fonte de honra e autoestima.

‘‘É um orgulho fazer o que eu faço’’, afirma.

Além das peças produzidas por Ivânia, a butique revende obras e peças de vestuário de outros artistas. A comercialização dos produtos acontece através da loja física, no MAP, ou pelas redes sociais, via Instagram e Whatsapp, realizando entregas para todo o Brasil. O contato pode ser feito a partir da página no Instagram da butique, @butiqueivaniabarreto.

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