Na Semana Santa, o almoço de domingo de Páscoa é repleto de comidas tradicionais. Todos os anos, o que não pode faltar na mesa do nordestino, o peixe no prato principal e as comidas de coco; mas outra receita muito querida é o bredo. Em geral cozida no leite de coco, a folhagem é considerada uma das comidas típicas.
É raro o cultivo, a venda e consequentemente, o consumo do bredo em outra época do ano. O bredo se desenvolve facilmente em todos os tipos de terrenos e cresce independente de cultivo, a ponto de ser caracterizado como uma planta invasora. Ele é tão frequente que, no Sertão, mesmo depois de uma seca, basta chover que ele nasce. Também fazem o molho de bredo com peixe.
A palavra “bredo” é de origem grega: “blíton”; os romanos o latinizaram para “blitum” e os portugueses passaram a chamá-lo de “bredo”. Como se vê, ele é originário da Europa e o espinafre, da Ásia. O bredo, primo pobre do espinafre, é também da família das amarantáceas e atualmente encontrado em muitos estados brasileiros como uma planta subespontânea, colhido até em construções velhas, às margens das estradas ou nos pátios das fazendas.
As folhas de bredo são riquíssimas em cálcio, fósforo e ferro e possuem elevado teor de vitamina A, além de apreciável quantidade de vitaminas C e B; cem gramas de bredo nos fornecem 42 calorias.
Fontes:
http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/4212676/DamiãoRamosCavalcanti/